centro universitário senac curso de mestrado, moda, cultura e arte ...
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favoreceram a criação <strong>de</strong> um grupo que possuía condições financeiras para comprar<br />
roupas que antes eram usadas apenas pelos nobres. Diante <strong>de</strong>ssa crescente<br />
igualda<strong>de</strong> entre as classes sociais, os nobres - irritados - começaram a produzir<br />
mudanças rápidas na vestimenta, pois a roupa era (e ainda é) um espelho que<br />
refletia o status social. Assim, o sistema da <strong>moda</strong> surge no final da Ida<strong>de</strong> Média.<br />
Anteriormente, só se referia ao vestuário como indumentária e as variações ocorriam<br />
em um ritmo lento, não existia o efêmero. Aspectos como proteção, adorno,<br />
hierarquia e pudor eram então levados em conta.<br />
Ao longo do século XIX, a industrialização da produção <strong>de</strong> roupas e tecidos<br />
espalhou-se pelo mundo. A indústria têxtil estabeleceu-se <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva nos<br />
Estados Unidos, França e, posteriormente, na Alemanha e no Japão. Neste período,<br />
a <strong>moda</strong> masculina abandona os elementos <strong>de</strong>corativos e o excesso <strong>de</strong> adornos<br />
(marcantes nos séculos anteriores) e a <strong>moda</strong> feminina apresenta um caráter que vai<br />
além do tom <strong>de</strong> fantasia instaurado pela aristocracia, multiplicando-se em formas,<br />
cores e textura.<br />
De acordo com Hollan<strong>de</strong>r:<br />
33<br />
(...) as modificações dos trajes masculinos aconteciam lentamente e suas<br />
alterações passavam <strong>de</strong>spercebidas nas roupas, resultando na confecção<br />
em proporções maiores, on<strong>de</strong> os alfaiates passaram a registrar medidas<br />
individuais. (...) Para cada cliente, os alfaiates mantinham uma única fita<br />
métrica com seu nome inscrito nela, marcada com indicações <strong>de</strong>notando o<br />
comprimento <strong>de</strong> seu antebraço, o diâmetro <strong>de</strong> seu pescoço, a largura <strong>de</strong><br />
seus ombros ou o que quer fosse necessário para o feitio da roupa. O traje<br />
do cliente era cortado <strong>de</strong> modo apropriado, alterando-se um padrão muito<br />
para coincidir com as indicações da fita individual (1996, p.133).<br />
Em 1820 foi inventada a fita dividida em centímetros que, sendo impessoal e<br />
universal, podia servir na confecção <strong>de</strong> roupas para todos, permitindo, assim, uma<br />
comparação <strong>de</strong> medidas. Esta comparação gerou mo<strong>de</strong>lagens que se padronizaram<br />
<strong>de</strong>ntro da seletiva, aperfeiçoando-se <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r qualquer pessoa <strong>de</strong>ntro do<br />
tipo físico <strong>de</strong>finido pelo estilo neoclássico, exaltando a figura masculina, com<br />
alterações somente no comprimento das peças. As reproduções eram mais rápidas<br />
e eram feitas sem distinção, tornando-se mais complexas. Com peças <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />
masculino similar, foi possível estudar-se comparações das medidas com base no<br />
tórax. Ainda <strong>de</strong> acordo com Hollan<strong>de</strong>r: