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Comece fazendo o que é necessário, <strong>de</strong>pois o que<br />
é possível, e <strong>de</strong> repente, você estará fazendo o<br />
impossível.<br />
São Francisco <strong>de</strong> Assis.<br />
O homem é um ser único quanto à capacida<strong>de</strong> ilimitada <strong>de</strong> exprimir sua<br />
consciência em relação aos seus dons. Ele po<strong>de</strong> “ser” como e o quê quiser ser e tem<br />
consciência disto, po<strong>de</strong>ndo tanto manter como mudar este seu estado <strong>de</strong> “ser”. Ele<br />
usa seu corpo e sua mente na investigação da natureza e é nesse sentido que se<br />
difere dos animais.<br />
Tomemos como exemplo o beija-flor. O menor da espécie pesa 1,5 gramas e<br />
o maior 13 gramas e é auto-suficiente para voar a 100 quilômetros por hora.<br />
Alimenta-se das flores quando, em um incrível movimento frenético <strong>de</strong> bater asas,<br />
golpeia o ar e, parado, enfia o bico <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>las e tira o néctar e os carboidratos.<br />
Alimenta-se também dos insetos, dos quais obtém os sais minerais e proteínas. Se<br />
não encontrar em seu habitat clima e vegetação favoráveis à sua sobrevivência,<br />
corre o risco <strong>de</strong> entrar em extinção.<br />
É neste sentido que Bronowski afirma.<br />
(...) entre a multidão <strong>de</strong> animais que ao nosso redor brinca, voa, escava e<br />
nada, o homem é o único que não está inserido em seu habitat. Sua<br />
imaginação, sua razão, sua sutileza emocional e robustez, representam<br />
condições fundamentais que lhe permitem transformar o meio antes <strong>de</strong><br />
aceitá-lo como tal. E a série <strong>de</strong> invenções através das quais, <strong>de</strong> tempos em<br />
tempos, restitui seu habitat. Este fator é típico da evolução não mais<br />
biológica, mas, sim, <strong>cultura</strong>l (1992, p.20).<br />
Com a evolução da espécie,o homem firmou os pés no solo, posicionou-se<br />
ereto sobre sua coluna cervical, assumiu compromissos, tornando-se capaz <strong>de</strong> caçar<br />
e preparar seus alimentos, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver métodos que o protegessem e que lhe<br />
oferecessem mais conforto. Quer seja por comodismo ou por ignorância, esqueceuse<br />
da sua condição <strong>de</strong> primata e da sua essência zoológica <strong>de</strong> quando andou <strong>de</strong><br />
quatro, já que conseguiu atingir o apogeu da evolução. Conquistando direitos e<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida (o que ocorre mais facilmente <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> padrões préestabelecidos<br />
<strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> física e mental), passou a exibir as condições pelas<br />
quais po<strong>de</strong> ser classificado: são ou <strong>de</strong>ficiente.