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• Aumentar as receitas do Estado. As receitas das alfândegas vinham registando<br />
uma tendência decrescente a partir de 1992. Em 1994, a tendência foi mais<br />
acentuada quando um grande volume de importações foi isento do pagamento de<br />
direitos de importação no âmbito de uma variedade de programas especiais. Além<br />
disso, os direitos alfandegários extremamente elevados encorajaram a evasão<br />
fiscal.<br />
• Facilitar o comércio legítimo, combatendo a corrupção e o contrabando:<br />
• As indústrias nacionais, o açúcar e o tabaco em particular, queixaram-se<br />
repetidas vezes de que não conseguiam competir com os contrabandistas<br />
no mercado nacional.<br />
• A sociedade civil criticou o governo pela falta de transparência nas<br />
operações aduaneiras, pela má gestão e, acima de tudo, pela falta de<br />
dedicação no combate à corrupção.<br />
• Grupos de contrabandistas estavam firmemente entrincheirados na<br />
sociedade moçambicana e muitos eram de opinião que sem uma mudança<br />
drástica na direcção das alfândegas, seria difícil desbaratá-los.<br />
• Criar uma administração das alfândegas moderna, eficaz e digna de confiança,<br />
capaz de sustentar e aprofundar as melhorias conseguidas durante o programa da<br />
reforma através da mobilização de técnicos externos e do envolvimento de<br />
empresas estrangeiras na gestão de partes cruciais do processo da reforma.<br />
Foi criada uma Unidade Técnica de Restruturação das Alfândegas (UTRA) para gerir o<br />
processo da reforma. Embora o sector privado não estivesse directamente representado, a<br />
sua participação foi garantida através da coordenação com o Conselho Superior Técnico<br />
das Alfândegas, que tem um grande número de representantes do sector privado. O plano<br />
previa que a UTRA gerisse os aspectos chave das políticas do trabalho em curso<br />
realizado pela administração das alfândegas, incluindo a coordenação da restruturação<br />
das alfândegas, nomeadamente todas as questões relacionadas com a reforma do sector e<br />
a elaboração da legislação aduaneira, incluindo o Código Tarifário e os procedimentos<br />
alfandegários.<br />
A UTRA convidou empresas internacionais para apresentarem as suas propostas de<br />
implementação da reforma das alfândegas para:<br />
• assumirem a gestão completa das alfândegas, incluindo a formação<br />
• nomearem funcionários chave das alfândegas para realizarem as funções<br />
contratadas em conformidade com a lei do trabalho local<br />
• supervisarem as importações e outras operações do comércio externo sujeitas à<br />
legislação aduaneira, assim como evitar a fraude e a evasão fiscal e os<br />
regulamentos de controlo da moeda estrangeira<br />
• manterem o património das alfândegas em bom estado e prepararem um<br />
inventário do património<br />
• adquirirem e cuidarem da manutenção do equipamento atribuído ao projecto da<br />
reforma, incluindo viaturas e o software e hardware de processamento de dados.<br />
RELATÓRIO FINAL 41