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dois compositores discutidos, as 6 Peças para piano, Série II (1946) de Santoro e as três<br />

Miniaturas n. 1 para piano (1947) de Guerra-Peixe, estabelecer<strong>em</strong>os uma tentativa de<br />

compreender como se traduz<strong>em</strong> os discursos aqui reproduzidos nas respectivas obras e,<br />

consequent<strong>em</strong>ente, perceber <strong>em</strong> que estágio ca<strong>da</strong> um dos dois compositores se<br />

encontrava no fim <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1940, pouco antes de abandonar<strong>em</strong> a técnica dodecafônica.<br />

Análises<br />

As análises foram realiza<strong>da</strong>s nortea<strong>da</strong>s pelos princípios expostos <strong>em</strong> Allen Forte<br />

(1972) sobre a Teoria dos Conjuntos, além de haver<strong>em</strong> referências aos depoimentos dos<br />

próprios compositores, seja através de sua correspondência ou através de suas publicações.<br />

Textura e ritmo<br />

Ao compararmos a utilização <strong>da</strong> técnica de doze sons pelos compositores nas 6<br />

Peças para piano de Santoro com as três Miniaturas n. 1 para piano de Guerra-Peixe,<br />

deparamo-nos com duas abor<strong>da</strong>gens bastante distintas de utilização <strong>da</strong> textura e do ritmo.<br />

Santoro, ao abolir a indicação de compassos nessa coleção de peças (exceto na n. 6),<br />

sugere-nos uma livre utilização <strong>da</strong> métrica, o que se confirma na assimetria de t<strong>em</strong>pos e de<br />

distribuição <strong>da</strong>s figuras rítmicas. Já Guerra-Peixe, ao contrário, adere ao metro, não s<strong>em</strong><br />

fazer pequenas alterações neste. Estas alterações, porém, <strong>em</strong> nenhum momento colocam<br />

<strong>em</strong> risco a pulsação básica <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de t<strong>em</strong>po. Na segun<strong>da</strong> Miniatura as alterações<br />

consist<strong>em</strong> <strong>em</strong> mu<strong>da</strong>nças de compasso 4/4 para 2/4 s<strong>em</strong> prejuízo <strong>da</strong> figura representativa <strong>da</strong><br />

uni<strong>da</strong>de de t<strong>em</strong>po, não ocorrendo modulações métricas. Na terceira Miniatura, t<strong>em</strong>os um<br />

compasso composto (6/8) que, tão somente, se altera para 12/8 e 9/8, também s<strong>em</strong><br />

ocorrência de modulação métrica. Ain<strong>da</strong>, as figuras nas três Miniaturas, corroboram para<br />

uma confirmação <strong>da</strong> métrica proposta pela indicação de compasso, caso contrário ao<br />

observado nas peças de Santoro, <strong>em</strong> que a livre organização <strong>da</strong>s figuras busca impor uma<br />

métrica <strong>completa</strong>mente desprendi<strong>da</strong>, com exceção <strong>da</strong> já menciona<strong>da</strong> n. 6.<br />

A primeira <strong>da</strong>s três Miniaturas n. 1 para piano de Guerra-Peixe d<strong>em</strong>onstra como a<br />

repetição regular e simétrica de um evento rítmico nos dois primeiros compassos concorre<br />

para a sensação clara de uma métrica simples, como nos mostra o Ex<strong>em</strong>plo 2:<br />

opus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

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