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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ALVARENGA; MAZZOTTI<br />
sendo preferível <strong>em</strong> um escalonamento de valores e quais linhas de raciocínio estão<br />
envolvi<strong>da</strong>s nos discursos dos sujeitos acerca do objeto.<br />
A polivalência foi uma prática adota<strong>da</strong> na déca<strong>da</strong> de 1960, e institucionaliza<strong>da</strong> na<br />
déca<strong>da</strong> seguinte, por se adequar às ações educativas <strong>da</strong>quele momento social, histórico e<br />
político. Está extinta por Lei. No entanto, permanece e permeia o ensino <strong>da</strong>s linguagens<br />
artísticas nas escolas regulares. Pelo menos, mesmo com as licenciaturas específicas<br />
instituí<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> linguag<strong>em</strong> artística, ain<strong>da</strong> é uma d<strong>em</strong>an<strong>da</strong> dos concursos públicos que<br />
insist<strong>em</strong> na contratação de professor de Arte, muitas vezes s<strong>em</strong> especificar a linguag<strong>em</strong><br />
artística requeri<strong>da</strong>. É objeto de debate nos grupos sociais envolvidos na profissão. Os<br />
professores de música diz<strong>em</strong> que a polivalência no ensino de Arte, de alguma maneira,<br />
prejudica ou opõe-se à presença <strong>da</strong> música na escola. Então, por que este grupo não<br />
consegue estabelecer outra ação? Seria a causa, a ausência de concursos promovidos<br />
especificamente para a área? Seria devido aos professores de música ter<strong>em</strong> pouca carga<br />
horária nas escolas ou ser<strong>em</strong> quantitativamente poucos <strong>em</strong> relação a to<strong>da</strong> categoria de<br />
professores? Existiria, na prática escolar, algo que reforce esta maneira de atuar? A<br />
polivalência no ensino de Arte fun<strong>da</strong>-se <strong>em</strong> uma concepção de integração <strong>da</strong>s linguagens<br />
artísticas. Esta é uma maneira de fazer e, inclusive, uma possibili<strong>da</strong>de de leitura dos PCNs<br />
para o ensino de Arte (PENNA, 2010).<br />
Os modos de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas determinam suas interpretações do mundo, a<br />
maneira como o apreend<strong>em</strong>, b<strong>em</strong> como suas representações. São as experiências que<br />
forjam as atitudes e as falas dos sujeitos, que constro<strong>em</strong>, de modo partilhado, suas opiniões,<br />
conceitos e teorias a respeito de um <strong>da</strong>do objeto social (JODELET, 2001). De maneira<br />
análoga, ocorre com as práticas profissionais, pois seus modos de fazer, de trabalhar, são os<br />
referentes. Com isso, suas concepções decorr<strong>em</strong> do lugar social <strong>em</strong> que se encontram, no<br />
qual o trabalho é a fonte mais relevante.<br />
Tom<strong>em</strong>os como ex<strong>em</strong>plo duas situações. Para os professores (<strong>em</strong> grande parte<br />
mulheres) formados para atuar nas séries inicias, com formação nos cursos normais, e<br />
responsáveis por ministrar conteúdos <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as áreas do conhecimento, o ensino de<br />
música deve ter uma concepção diversa <strong>da</strong>quela <strong>em</strong> que o professor, licenciado <strong>em</strong> música<br />
ou <strong>em</strong> Educação Artística com habilitação específica, e que, provavelmente, educou-se <strong>em</strong><br />
escola especializa<strong>da</strong> de música e na universi<strong>da</strong>de, por meio de um ensino técnico<br />
profissionalizante, adquirindo alguma habili<strong>da</strong>de no manejo de instrumentos musicais.<br />
Embora ambos os grupos atu<strong>em</strong> na escola e possam concor<strong>da</strong>r que o ensino de música seja<br />
relevante, encontramos diferentes compreensões a respeito de sua utilização e finali<strong>da</strong>de,<br />
além <strong>da</strong>s maneiras de ensinar.<br />
opus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59