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Des pas sur la neige: aspectos técnico-composicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Fig. 20: Co<strong>da</strong> (comp. 34-36).<br />

Considerando as três Seções apresenta<strong>da</strong>s, com suas partes internas e materiais<br />

revisitados e rearticulados a ca<strong>da</strong> repetição, pod<strong>em</strong>os verificar relações de<br />

interdependência entre esses processos e a modelag<strong>em</strong> compositiva <strong>da</strong> forma.<br />

Na Seção 1, Debussy cui<strong>da</strong> para que ca<strong>da</strong> ideia que propõe – ca<strong>da</strong> novo material<br />

selecionado – apresente-se di<strong>da</strong>ticamente isolado, configurando as Partes a b c d e a Co<strong>da</strong>.<br />

Nas Seções 2 e 3, o compositor leva <strong>em</strong> conta a m<strong>em</strong>ória <strong>da</strong> Seção 1 e o consequente não<br />

ineditismo dos materiais para explorar, justamente, outros pontos de vista (de escuta) para<br />

os mesmos objetos propostos, intercambiando processos de fusão e sobreposição dos<br />

principais materiais e ideias de referência. Nesse sentido, pod<strong>em</strong>os pensar que a forma<br />

deste Prelúdio n. 6/I, envolve processos de variações (como <strong>em</strong> um T<strong>em</strong>a com Variações).<br />

No capítulo “T<strong>em</strong>a com Variações” de seu Fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> Composição Musical<br />

Schoenberg argumenta sobre o processo:<br />

O curso dos eventos não deve ser alterado, mesmo que o caráter o seja: o número<br />

e a ord<strong>em</strong> dos segmentos mantêm-se idênticos. Às vezes, a fórmula de compasso é<br />

mu<strong>da</strong><strong>da</strong>, o an<strong>da</strong>mento alterado (...). Mas, <strong>em</strong> geral, são preserva<strong>da</strong>s as proporções, as<br />

relações estruturais <strong>da</strong>s partes e os principais el<strong>em</strong>entos (Schoenberg 1996: 203).<br />

Apesar de se tratar de observação referente à música tonal – sendo que o<br />

contexto <strong>da</strong> peça de Debussy é pós-tonal –, v<strong>em</strong>os que no Prelúdio n . 6/I, mesmo havendo<br />

um tratamento mais livre dos eventos, existe um rigoroso respeito ao que Schoenberg<br />

citou como “principais el<strong>em</strong>entos”. E é nesse sentido que a alusão ao modelo de “T<strong>em</strong>a<br />

com Variações” nos parece adequado. Aqui as variações acontec<strong>em</strong> com uma espécie de<br />

compressão gra<strong>da</strong>tiva <strong>da</strong> forma a ca<strong>da</strong> nova Seção, pois nesse contexto, a preservação <strong>da</strong><br />

88 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . opus

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