download da versão impressa completa em pdf - anppom
download da versão impressa completa em pdf - anppom
download da versão impressa completa em pdf - anppom
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ALVARENGA; MAZZOTTI<br />
‘Art. 62. .......................................................................................<br />
Parágrafo único. O ensino <strong>da</strong> música será ministrado por professores com formação<br />
específica na área.’ (NR)”<br />
Razões do veto<br />
“No tocante ao parágrafo único do art. 62, é necessário que se tenha muita clareza sobre o<br />
que significa ‘formação específica na área’. Vale ressaltar que a música é uma prática<br />
social e que no Brasil exist<strong>em</strong> diversos profissionais atuantes nessa área s<strong>em</strong> formação<br />
acadêmica ou oficial <strong>em</strong> música e que são reconhecidos nacionalmente. Esses<br />
profissionais estariam impossibilitados de ministrar tal conteúdo na maneira <strong>em</strong> que<br />
este dispositivo está proposto.<br />
Adicionalmente, esta exigência vai além <strong>da</strong> definição de uma diretriz curricular e estabelece,<br />
s<strong>em</strong> precedentes, uma formação específica para a transferência de um conteúdo.<br />
Note-se que não há qualquer exigência de formação específica para Mat<strong>em</strong>ática, Física,<br />
Biologia etc. N<strong>em</strong> mesmo quando a Lei de Diretrizes e Bases <strong>da</strong> Educação Nacional<br />
define conteúdos mais específicos como os relacionados a diferentes culturas e etnias<br />
(art. 26, § 4º) e de língua estrangeira (art. 26, § 5º), ela estabelece qual seria a formação<br />
mínima <strong>da</strong>queles que passariam a ministrar esses conteúdos.”<br />
O it<strong>em</strong> vetado pelo Presidente <strong>da</strong> República, por indicação do Ministério <strong>da</strong><br />
Educação (MEC) contraria o disposto na legislação educacional brasileira, que requer o<br />
diploma de licenciado <strong>em</strong> cursos de formação de professores. Embora esta decisão não se<br />
sobreponha ao que estabelece a legislação educacional, sugere que para ensinar música nas<br />
escolas regulares não há necessi<strong>da</strong>de de formação <strong>em</strong> cursos de licenciatura. Ao fazer uma<br />
análise do veto, pretend<strong>em</strong>os expor alguns aspectos centrais, ain<strong>da</strong> indefinidos ou mal<br />
compreendidos, acerca <strong>da</strong> profissão do professor e do ensino de Arte no contexto escolar,<br />
que atravessam o debate acerca do ensino de Música, expressos nas razões do veto<br />
presidencial.<br />
As razões ao veto centram-se na compreensão <strong>da</strong> “formação específica na área”,<br />
pois, de acordo, com a mensag<strong>em</strong> o seu significado é indefinido e ambíguo. Além disso,<br />
refere-se ao Artigo 62 <strong>da</strong> Lei nº 9.394/96 de Diretrizes e Bases <strong>da</strong> Educação Nacional, s<strong>em</strong><br />
indicar, com clareza, a articulação entre o referido Artigo e o entendimento que o termo<br />
“formação específica” abrange, se formação musical, pe<strong>da</strong>gógica <strong>em</strong> música ou de outra<br />
categoria. Na justificativa, comenta-se acerca de uma formação “acadêmica” <strong>em</strong> música, ou<br />
seja, formação universitária, não necessariamente a formação pe<strong>da</strong>gógica realiza<strong>da</strong> nos<br />
cursos de licenciatura, o que aumenta a poliss<strong>em</strong>ia. Portanto, é necessário observar a<br />
relação atribuí<strong>da</strong> entre o Artigo 62 e a designação “formação específica na área”. O que<br />
estabelece o Artigo 62?<br />
opus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53