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História da Matemática - Unesp

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53<br />

Período Greco-Romano: vai até 300 d.C.<br />

Nesse período a matemática sofreu influência de outras<br />

culturas: egípcias, mesopotâmias e romanas.<br />

O principal centro ain<strong>da</strong> é Alexandria e os nomes de destaque<br />

são Ptolomeu, Heron, Diofanto e Papus.<br />

Período <strong>da</strong> Decadência: Greco-Romano – vai até 640 d.C.<br />

Os romanos, talvez preocupados com aspectos práticos de uma<br />

forma exagera<strong>da</strong>, desprezavam a filosofia e a ciência pela ciência.<br />

Isso não é suficiente para explicar a decadência, mas não havendo<br />

especulações não haverá inovações. Nesse período era mal usado<br />

tudo o que já conheciam de períodos anteriores.<br />

As As As fontes<br />

fontes<br />

São escassas as fontes de informações sobre as idéias científicas<br />

dos gregos. Alguns dos mais importantes tratados só são conhecidos<br />

pelo titulo, por citações esparsas, ou indiretamente, através de<br />

traduções árabes.<br />

A seguir apresentamos algumas obras que tornaram-se<br />

importantes referências sobre o desenvolvimento <strong>da</strong> matemática<br />

grega.<br />

● <strong>História</strong> <strong>da</strong> Geometria, escrito em 330 a.C., por Eudemo de<br />

Rodes, um discípulo de Aristóteles. Trata-se de uma obra que se<br />

perdeu e que é considera<strong>da</strong> o primeiro livro de <strong>História</strong> <strong>da</strong><br />

<strong>Matemática</strong>.<br />

● Arranjo <strong>da</strong>s matemáticas de Gêmino de Rodes escrito em 70 a.C.<br />

contém <strong>da</strong>dos históricos. Essa obra perdeu-se, mas alguns de seus<br />

trechos são citados por autores de época posterior.<br />

● Regras matemáticas necessárias para o estudo de Platão de Téon<br />

de Esmirna escrito em 140 d,C.<br />

● Coleção <strong>Matemática</strong> de Papus (século III d.C), em oito volumes,<br />

contém muitos informes relativos ao anterior desenvolvimento <strong>da</strong><br />

geometria.<br />

54<br />

● Comentário ao Livro I de Euclides acrescido do Sumário<br />

Eudemiano de Proclo (410-485), um filósofo neoplatônico. Uma<br />

obra que ain<strong>da</strong> existe que contém grandes evidências de o autor ter<br />

usado o livro de Eudemo que nos referimos anteriormente. De tal<br />

modo que acrescentou ao seu Comentário um Sumário ou Extrato<br />

denominado de Sumário Eudemiano. Trata-se de um breve resumo<br />

do desenvolvimento <strong>da</strong> geometria grega, apresentando uma lista dos<br />

primeiros matemáticos, de Tales até Euclides. Um fato interessante é<br />

que Proclo deixou fora <strong>da</strong> lista os filósofos atomistas. Demócrito,<br />

por exemplo, foi um grande matemático não relacionado.<br />

Esses exemplos mostram que as fontes relativas à matemática<br />

grega são: cópias e compilações de obras, às vezes, realiza<strong>da</strong>s vários<br />

séculos antes; traduções de obras gregas para o árabe ou para o<br />

latim, e, finalmente temos ain<strong>da</strong> as referências indiretas..<br />

Faltam para a matemática grega fontes originais como as que<br />

tivemos para o Egito e a Mesopotâmia. Parece contraditório que<br />

uma matemática tão rica, sofistica<strong>da</strong> não seja documenta<strong>da</strong>. O<br />

campo é fértil e é um convite à discussão, mas o que não podemos<br />

esquecer é a grande tradição oral, presente em todos os ramos de<br />

conhecimento na Grécia, além, é claro, dos grandes incêndios que<br />

destruíram, várias vezes, as principais bibliotecas.<br />

Sistemas de Numeração<br />

Para os gregos, números eram os inteiros positivos. As frações<br />

eram muito usa<strong>da</strong>s mas como a razão entre dois inteiros.<br />

O curioso é que nem mesmo os grandes nomes <strong>da</strong> matemática<br />

operaram com os números negativos e o zero.<br />

A crise inicial causa<strong>da</strong> pelo aparecimento dos irracionais foi<br />

supera<strong>da</strong>, considerando esses incomensuráveis como grandezas,<br />

como medi<strong>da</strong> de um segmento. Assim 2 não era, como hoje, um<br />

número irracional, mas a medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> diagonal de um quadrado de<br />

lado 1.<br />

Uma matemática essencialmente geométrica apresentava dois<br />

sistemas de numeração muito distantes <strong>da</strong> pratici<strong>da</strong>de do nosso<br />

posicional de base 10.

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