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R I 5 - Unicuritiba

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Mozart Nogarolli<br />

103<br />

prejuízos para as populações e para agricultura. Todavia, haverá positivamente<br />

maior capacidade de produção em hidrelétricas na região. No Norte,<br />

persistindo a tendência às reduções da precipitação, podem ocorrer<br />

perdas na safra agrícola e, num nível extremo, dar início a processos de<br />

desertificação, principalmente na região de Paranavaí, localizada sobre<br />

arenito Caiuá. Deverá ocorrer intensificação de eventos extremos de chuva,<br />

causando prejuízos principalmente às populações menos favorecidas.<br />

Com a elevação da temperatura pode ocorrer aumento de doenças<br />

transmissíveis tropicais, dengue e malária, por exemplo. Alguns desses<br />

problemas já começam a ser identificados.<br />

Cabe agora a expansão do conhecimento e divulgação de suas<br />

causas e efeitos para toda a sociedade. Atualmente, a mídia tem destacado<br />

essas questões, o que é um ponto inicial. Mesmo que de diferentes<br />

formas (jornalística, oportunista, catastrófica ou documentarista), tem atingido<br />

a todas as classes. Já há pessoas de classes menos favorecidas<br />

com alguma ou total noção do que é aquecimento global. As discussões já<br />

começam a tomar as ruas, porém ainda é pouco, pois quem detém o<br />

poder ainda se mantém de olhos e ouvidos fechados para a questão. Há<br />

que se alterar a cultura economicista sobre o assunto e, pelo conhecimento,<br />

alcançar nova coerência econômico-ecológica para reverter tal fato.<br />

Algumas soluções já foram apontadas para se ter um rigoroso controle<br />

das emissões de CO 2 . O Protocolo de Kyoto que estabeleceu limite<br />

de emissão desse gás parece fadado ao insucesso. Não houve o<br />

engajamento global dos países. Os maiores emissores, Estados Unidos<br />

e Rússia, são reticentes quanto ao Protocolo de Kyoto, entretanto têm<br />

dado passos (curtos) em direção a alternativas menos poluentes, como o<br />

biocombustível. Positivamente, teve-se o comprometimento, em final de<br />

2006, da União Européia com a redução da emissão de 20% de gás<br />

carbônico até 2020 – meta mais arrojada que o proposto pelo Protocolo de<br />

Kyoto.<br />

No Brasil, há necessidade de uma forte atuação governamental<br />

com relação à floresta amazônica. A Amazônia, a maior floresta equatorial<br />

do planeta, vem a cada ano sendo vilipendiada pela derrubada ilegal de<br />

árvores para o comércio de madeiras nobres. O que resta é queimado,<br />

atirando-se à atmosfera toneladas de gás carbônico. O Brasil que já deu<br />

mostra de sua inventividade com o desenvolvimento de fontes de energias<br />

alternativas e menos poluidoras, tais como o álcool e o biodiesel, deve<br />

fazer sua parte desenvolvendo mecanismos de controle do que é feito na<br />

floresta amazônica, evitando a exploração econômica ilegal como atualmente<br />

ocorre.<br />

Percurso: Curitiba em Turismo, n. 6, p. 81-105, 2007.

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