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R I 5 - Unicuritiba

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Clotilde Zai e Nilson César Fraga<br />

O município de Mato Rico tem uma área de 404,455 km 2 e está em<br />

altitude média de 700 metros, localizando-se geograficamente entre as<br />

coordenadas de latitude de 24º42' sul e longitude 52º8' oeste.<br />

1.2 UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA ORAL<br />

É interessante notar que, segundo Azevedo (apud CASSIANO, 1998<br />

p. 154) “[...] a história oral, por meio da história reconstituída, pode contribuir<br />

para a reconstrução de práticas culturais e de grupos que não tem<br />

acesso à escrita”, sendo essa uma forma de pesquisa que valoriza as<br />

culturas locais e identidades, possibilitando registros dos costumes e acompanhamento<br />

da transformação da identidade dos povos.<br />

Analisando os escritos de Cléria (1997), a história oral é construída<br />

com base nos fazeres corriqueiros das pessoas e nos valores simbólicos,<br />

no entendimento analítico da coimunidade, na compreensão dos mitos,<br />

ritos, utopias, ou seja, no imaginário e nas ações.<br />

A Organização Mundial do Turismo (OMT) fez uma inclusão de item<br />

específico sobre “patrimônio humano”, conforme Bayle (apud AZEVEDO,<br />

1998 p. 153), incluindo dados demográficos, condições de vida e hábitos<br />

sociais que vêm reforçar a perspectiva de valorização da oralidade enquanto<br />

pesquisa.<br />

Em seus escritos, A. Pelegrini Filho (1997, p. 93-157) reforça a<br />

idéia de que preservar não é apenas guardar algo tangível, mas a história<br />

contada, as manifestações culturais e os costumes, enfim tudo o que envolve<br />

essas manifestações e culturas deve ser mantido vivo na memória<br />

das gerações futuras.<br />

17<br />

Preservar é gravar depoimentos, sons, músicas populares e eruditas.<br />

Preservar é manter vivos, mesmo que alterados usos e costumes<br />

populares. É fazer, também, levantamentos de qualquer<br />

natureza, de sítios variados. Devemos, então, de qualquer maneira,<br />

garantir a compreensão de nossa memória social preservando<br />

o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos<br />

componentes do “Patrimônio Cultural”.<br />

Para Azevedo (1998, p. 149), “[...] cultura é a força maior, mais<br />

abrangente, geradora de patrimônio, elemento subjacente do turismo. Força<br />

que envolve o pensar, o sentir, o fazer, o viver, enfim.” Representa, portanto,<br />

o código mais profundo que revela a feição singular de um povo, ou<br />

seja, sua identidade. Fazendo uma relação entre cultura e patrimônio apli-<br />

Percurso: Curitiba em Turismo, n. 6, p. 9-41, 2007.

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