R I 5 - Unicuritiba
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C. B. Marques, C. H. S. Santos e J. M. Rocha<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
O turismo hoje é visto como a saída econômica de muitos municípios,<br />
sendo, em muitos casos, fator de incentivo às atividades não agrícolas<br />
em áreas rurais marginalizadas. Essa política de incentivo ao turismo<br />
rural foi motivada pelo de retorno do “homem urbano” ao campo.<br />
Em busca de uma vida mais livre e sem exposição à contaminação<br />
de produtos químicos e aos ruídos e distúrbios presentes nos espaços<br />
urbanos, a partir dos anos de 1980, o ambiente rural passou ser um<br />
atrativo turístico não só para os ambientalistas e amantes da natureza,<br />
mas também para as famílias urbanas. Assim, por essa nova demanda, o<br />
turismo rural pode vir a se tornar um importante promotor do desenvolvimento<br />
local sustentável, propiciando alternativas para melhoria da qualidade<br />
de vida das populações rurais. Tal atividade vem ao encontro da necessidade<br />
de novas alternativas para manutenção do homem dignamente<br />
nos espaços rurais, evitando o surgimento desorganizado de aglomerados<br />
urbanos, desprovidos de equipamentos e serviços, e permitindo a<br />
manutenção da vida segundo os critérios de habitabilidade recomendados<br />
pelo programa das Nações Unidas, o qual leva em consideração o<br />
índice de desenvolvimento humano (IDH) de cada país.<br />
Contudo, a demanda turística pelos espaços rurais acabou por expor<br />
a impossibilidade de um modo geral de os moradores dos espaços rurais<br />
fornecerem serviços e produtos com a qualidade que geralmente o turista<br />
espera. Isso leva à reflexão acerca de que, em termos de mudanças<br />
tecnológicas e proliferação da variedade de produtos, tem-se acentuado o<br />
papel da melhoria contínua do desempenho como um requisito estratégico<br />
e competitivo em muitas organizações.<br />
Percebe-se que o reconhecimento da importância da administração<br />
estratégica por diversos segmentos de mercado vem crescendo na proporção<br />
em que aumenta o nível de competitividade exigido das organizações,<br />
acelerando o ritmo das transformações no ambiente empresarial.<br />
O objetivo deste trabalho, com base na teoria das estratégias de<br />
Henry Mintzberg et. al. (2000), é verificar se as propostas de gestão do<br />
desenvolvimento regional do turismo na rota vinícola do Vale dos Vinhedos<br />
encaixam na concepção. O artigo foi estruturado da seguinte forma: inicialmente<br />
é realizada a fundamentação teórica a respeito das teorias estratégicas<br />
e desenvolvimento regional do turismo; depois se analisa o caso<br />
da rota vinícola do Vale dos Vinhedos como modelo de aplicação para as<br />
estratégias de desenvolvimento de acordo com as escolas formuladas<br />
por Henry Mintzberg et. al. (2000).<br />
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Percurso: Curitiba em Turismo, n. 6, p. 59-79, 2007.