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R I 5 - Unicuritiba

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24 Colônia Ucraniana de Mato Rico, PR ...<br />

Quando as pessoas adoeciam, eram levadas a cavalo até a estrada<br />

de acesso, que ligava Mato Rico a Pitanga, denominada por eles Estrada<br />

Grande. Pitanga era o lugar mais próximo onde tinha hospital e farmácia.<br />

O transporte no início era de carroça e anos depois de jipe. O enfermo<br />

só seria levado para o hospital, se a doença fosse realmente grave; caso<br />

contrário, eram feitos remédios caseiros ensinados pelos padres. Pela<br />

distância dos hospitais e de outras condições médicas, todos os nascimentos<br />

eram pelas mãos de parteiras, e a primeira atendente da comunidade<br />

foi Luiza Parnanguara.<br />

Conta Maria Gomach, que nessa época, havia uma doença com o<br />

nome de crupe (afecção diftérica da laringe, cujas falsas membranas dificultam<br />

a respiração) que atingia crianças e que causou várias mortes na<br />

comunidade. A primeira vacina que veio para essa região foi para prevenir<br />

as crianças dessa doença. As mães levavam seus filhos até a cidade de<br />

Roncador, para serem vacinados.<br />

Acometido de crupe, faleceu um filho recém-nascido do pioneiro<br />

João Sitko, que não tinha como sepultá-lo. Então escolheram o lugar doado<br />

por Valdomiro Bednartchuk onde enterraram a criança. Segundo a religiosidade<br />

das famílias, todo cemitério deve ser abençoado e aspergido<br />

com água benta, por isso Valdomiro chamou um padre para dar a bênção<br />

ao local. Depois desse fato, sepultaram um menino de 14 anos, chamado<br />

Paulo, filho também de João Sitko, e os demais falecidos seguintes da<br />

comunidade.<br />

Outra família pioneira é a de Adriano Kasnok, nascido em Dorizon.<br />

Depois morou em Apucarana e vinha a Mato Rico visitar sua irmã, Maria<br />

Kasnok, esposa de Carlos Bednartchuk, quando encontrou Júlia<br />

Bednartchuk, irmã de Carlos, nascida também em Dorizon, em 6/7/1929.<br />

Adriano e Júlia se casaram anos depois e tiveram cinco filhos: Ana, Teodoro,<br />

Pedro, Irineu e Bernardo, todos nascidos na Colônia.<br />

Segundo depoimento de Júlia Kasnok, ela é doadora do quadro de<br />

Nossa Senhora do Rocio que ganhou do Padre João Coelher e que deu<br />

origem ao nome da primeira escola e capela da comunidade de Colônia.<br />

Outra pioneira de Mato Rico é Maria Bednartchuk, nascida em<br />

Dorizon, em 28/8/1924. Casou-se em 1945 com Valdomiro Gomach<br />

(Ladislau como gostava de ser chamado), nascido em Roncador, em 1º/<br />

9/1920. Moraram alguns anos em Roncador onde tiveram a primeira filha,<br />

Cecília (Cila). Pela dificuldade em permanecer em lugar isolado e de mata<br />

muito fechada, resolveram mudar para Mato Rico, ficando, então, próximos<br />

dos parentes de Maria.<br />

Percurso: Curitiba em Turismo, n. 6, p. 9-41, 2007.

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