R I 5 - Unicuritiba

Mozart Nogarolli
Essa classificação aponta para áreas de tipos climáticos homogêneos,
mas há que se considerar que no âmbito deste estudo se optou por
estabelecer padrões para a escolha das estações, sempre visando ao
objeto principal da pesquisa, ou seja, a evolução climática.
O Cfb é o mais vulnerável, podendo, com a elevação das temperaturas,
passar a ser um clima do tipo Cfa. Para isso, bastaria que a temperatura
média do mês mais quente ultrapassasse 22ºC. Curitiba, Ponta
Grossa e Fernandes Pinheiro são cidades onde bastaria um aumento inferior
a 1ºC na temperatura média do mês mais quente, para que o clima
fosse classificado como Cfa. Persistindo um aumento linear na média
igual ao registrado entre 1970 e 1999, em Curitiba, no final do século XXI o
clima provavelmente será do tipo Cfa, assim como em Fernandes Pinheiro
e Ponta Grossa.
Quanto ao clima tipo Cfa, pode-se afirmar que sofreu maiores alterações
no Sul e no Oeste do Estado. As maiores alterações ocorreram
em Laranjeiras do Sul e Francisco Beltrão, considerando-se a média
porcentual de alteração das variáveis. Nesses municípios, a alteração das
variáveis foi superior a 2%, o que se justificam basicamente pela elevação
nos índices pluviométricos em mais de 150 mm e pela elevação na temperatura
mínima. Ainda sobre o Cfa cabe justificar a evolução negativa
sofrida nas estações de Apucarana, Campo Mourão e Cianorte. Nelas, a
diminuição nos níveis de precipitação causou a redução no índice
porcentual de alteração. A continuidade na redução da precipitação nesses
municípios provocará a mudança no tipo climático para Cwa.
O clima Cwa caracteriza-se por verões quentes e por ter, pelo
menos em um mês, precipitação inferior a 60 mm, no inverno. Comparando-se
aos demais tipos climáticos identificados no Estado, é o que apre-
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Percurso: Curitiba em Turismo, n. 6, p. 81-105, 2007.