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O PROCESSO PARTICIPATIVO NO ENSINO DA ARQUITETURA E URBANISMO:<br />
Eixo de ação para uma prática arquitetônica comprometida com a<br />
sustentabilidade<br />
Cátia Conserva 19<br />
RESUMO<br />
(professora do <strong>IESPLAN</strong>)<br />
Esse artigo trata da construção de um projeto participativo, que aspira ser um dos<br />
eixos de ação para um processo de ensino da Arquitetura e Urbanismo evisaa<br />
formação de arquitetos comprometidos com o desenvolvimento sustentável. Tem<br />
como cenário o <strong>IESPLAN</strong> (Instituto de Educação Superior Planalto), localizado na<br />
Asa Sul, Distrito Federal.<br />
A proposta pretende investigar a construção coletiva do conhecimento sob a ótica da<br />
sustentabilidade, fruto de um consenso de que a formação do arquiteto precisa<br />
transversalizar as questões referentes à melhoria da qualidade de vida humana,<br />
integrada com a natureza, focada nas questões locais e na participação da<br />
comunidade escolar em um processo de gestão democrática.<br />
Outras noções enriquecem o trabalho, dentre elas o pensamento Sistêmico e a<br />
Teoria da Complexidade. A proposta de uma Agenda 21 Local propõe reforçar a<br />
intenção de sintonia com os pressupostos globais da Rio 92, recentemente<br />
renovados durante os trabalhos da Rio mais 20.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.<br />
Peter Drucker<br />
No século XVIII, com a Revolução Industrial, o homem descobriu que poderia utilizar<br />
em sua produção, as fontes de luz solar estocadas no interior da terra, os<br />
combustíveis fósseis. Com essa mudança nas estruturas produtivas, o mundo<br />
passou a encarar um efeito paralelo desagradável, a degradação dos ecossistemas.<br />
Isso porque cada peça extraída da biodiversidade faz mudar o clima do planeta com<br />
consequências graves para a vida.<br />
As mudanças climáticas se referem ao aumento das emissões de gases de efeito<br />
estufa (clorofluorcarbonetos, metano, dióxido de carbono, enxofre) de origem<br />
antropogênica, pela queima de combustíveis, além do desmatamento. Desta forma,<br />
19 Cátia Conserva é arquiteta pela Universidade de Brasília, com Pós Graduação em Saneamento<br />
Ambiental e Construção Sustentável, Consultora por Cooperação Técnica com a Organização dos<br />
Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura – OEI, professora de disciplinas de<br />
desenho e meio ambiente no <strong>IESPLAN</strong> - DF.