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Nesta esteira peculiar, encontraremos outras atitudes de preservação do patrimônio<br />
no Brasil, inclusive o ensino da matéria. Da mesma forma que demonstra a história<br />
da preservação arquitetônica, também no âmbito acadêmico, a experiência nasce<br />
muito cedo em atitudes dispersas, mas amadurece mais tarde e já com abrangência<br />
nacional. Senão, vejamos:<br />
Naquelas Unidades da Federação onde o patrimônio urbano e arquitetônico é mais<br />
tradicional e consistente (RJ, BA, MG e outras), os cursos de Arquitetura &<br />
Urbanismo já trazem disciplinas optativas voltada para a preservação do patrimônio<br />
urbanístico e arquitetônico: UFRJ, UFBA, UFMG e outras.<br />
Apenas em 1999 tornou-se obrigatória uma disciplina de preservação urbanística e<br />
arquitetônica nos cursos de A&U em todo o Brasil. Antes disso, o Ministério da<br />
Educação solicitara oficialmente ao IPHAN, que lançasse as bases para o ensino da<br />
preservação arquitetônica nos cursos superiores de A&U, fornecendo ementa e<br />
demais fundamentos. O IPHAN responde conforme segue 48 :<br />
1. A Comissão inicia seus trabalhos por uma pesquisa em dezenas de cursos de<br />
A&U em todo o território nacional, verificando em quais cursos a matéria já existia<br />
pelo menos como optativa.<br />
2. O IPHAN solicita aos cursos identificados que forneçam suas respectivas<br />
Ementas, Planos de Ensino, Bibliografias e outras informações. Muitos atendem<br />
prontamente.<br />
3. A Comissão faz a análise do material recolhido, e faz um diagnóstico que<br />
resume os dados coletados e lança perspectivas pelo menos no nível de tendências.<br />
4. Dentre tais tendências, identifica-se, por exemplo, os pontos de interseção<br />
entre as diversas Ementas e demais propostas localizadas; ou seja, quais os temas<br />
afetos ao patrimônio são mais ou menos constantes, recorrentes, nos currículos dos<br />
cursos de A&U.<br />
5. No Congresso da ABEA naquele mesmo ano, a Comissão do IPHAN<br />
apresenta suas conclusões e propostas. Conforme segue resumido numa<br />
reinterpretação livre e atualizada das propostas de 1998/99:<br />
Unidade 1- Base conceitual:<br />
A partir dos conceitos de “patrimônio” e de “preservação”, suas respectivas<br />
especificidades e abrangência, apresenta-se a base conceitual do ofício do arquiteto<br />
e do urbanista na lide com o assunto, sempre a partir de uma perspectiva<br />
multidisciplinar. Sem entrar na cronologia do metier propriamente dito (objeto da<br />
48 O autor deste Artigo integra, na época, a Comissão do IPHAN reunida para a finalidade de propor<br />
em suma „como se deve ensinar Patrimônio no Brasil‟, Comissão essa então chefiada por Luis<br />
Antônio Bolcato Custódio. Os resultados foram levados e aprovados na reunião da ABEA em Campo<br />
Grande/MS, 1998.