Trata-se de um constante embate entre o entendimento com o lugar (física ou sensorialmente) e a fuga da homogeneidade, da indiferença, da quietude. Esta linguagem, que fundamenta a obra em especial de Éolo Maia, nas suas diversas fases (tendo cada uma um foco ou influência em especial), o torna um célebre exemplo da arquitetura regionalista brasileira, a seu modo, naturalmente. CONSIDERAÇÕES FINAIS Boa parte dos arquitetos pós-modernos regionalistas são vivos e mantém sua produção arquitetônica pautada no diálogo empírico com o lugar. A relação entre arquitetura e lugar mostra-se, portanto, única em cada caso, ora explicitando valores vernaculares, ora se rendendo à topografia, ora resgatando um método construtivo sem que perca sua linguagem contemporânea. A busca por esta singularidade por parte destes arquitetos, não reflete, necessariamente (muito pelo contrário na maioria dos casos), na negação da plástica moderna, pois esta é com frequencia uma referência para a contemporaneidade. Éolo Maia, que foi um legítimo representante do movimento pós-moderno, encontrou campo fértil na capital mineira para iniciar uma vida profissional baseada no diálogo, no resgate, no entendimento entre plástica e técnica, entre presente e passado, entre edifício e cidade. Ocupou-se da lembrança, do pastiche (por que não?) e, claro, da inovação. Inovou na linguagem como plural, no resgate de técnicas e formas adormecidas, revitalizadas à sua maneira. Usou da liberdade da praça para montar como um quebra-cabeça, os pedaços da arquitetura vizinha, na sua Rainha da Sucata, cujo apelido bem apropriado constroem com diversas cores, materiais e soluções uma proposta que ao mesmo tempo em que difere completamente do seu meio é fruto dele. Pós-moderna, mas não vernacular. Aqui o passado se encontra na menção às igrejas barrocas, pelos bebedouros, no profeta “importado”de Congonhas eem nada mais. ABSTRACT The architectural concepts about the universality of the first half of the last century do appear, shortly after the second post-war in Europe, different approaches by architects intended to promote an empirical relationship with the place, its history and rereading the vernacular once practiced. In Brazil, in a postmodern language and singular, the architect from Minas Gerais called Aeolus Maia is one of many examples of those who used the manifestations of the place, and the old Centro de Apoio Turístico (Tourist Service Centre) by the president Tancredo Neves, informally called the Rainha da Sucata (Queen of Junk), one of its regionalist works of greater expression.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANTES, Otilia B. F. Urbanismo em Fim de Linha. São Paulo:Edusp, 2001. CECÍLIA, Bruno. Éolo Maia – Complexidade e Contradição na Arquitetura Brasileira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. COSTA, Lucio. Arquitetura. 4 a . Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
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