A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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dos mandamentos expressa em ordenanças”, que impunham a separação dos<br />
judeus do mundo dos gentios (Ef 2.14,15). Essas descrições, no entanto, não<br />
aplicam de forma acurada as leis morais do Antigo Testamento, como aquelas<br />
que proíbem o adultério e a opressão dos pobres. Essas leis não prefiguram a<br />
obra redentora de Cristo, nem tampouco a justificação pela fé e nem separam<br />
simbolicamente os judeus dos gentios. No entanto, que as leis pertencentes ao<br />
sacerdócio, ao templo e ao sistema sacrificial cumprem essa função, e devem<br />
ser consideradas como “fora de consideração” por meio da vinda de Cristo é<br />
um aspecto demonstrado pelo autor aos Hebreus (esp. caps 7—10). Por<br />
exemplo, a vinda de Cristo trouxe uma mudança em relação à lei referente ao<br />
sacerdócio (Hb 7.12), e a administração da antiga aliança desvaneceu-se (8.13).<br />
Ao levar à consumação a salvação prefigurada na antiga aliança, a nova aliança<br />
suplanta os detalhes da dispensação da antiga aliança. Já não nos aproximamos<br />
de Deus por meio de sacrifícios de animais, mas agora por meio do sangue<br />
derramado do Salvador; as duas dispensações reconhecem, no entanto, que<br />
“sem derramamento de sangue não há perdão” (Hb 9.22).<br />
Em conexão à suplantação das sombras da antiga aliança, a redenção<br />
trazida pela nova aliança também redefine o povo de Deus. O reino, que no<br />
passado focalizava na nação de Israel, foi tirado dos judeus (Mt 8.11,12; 21.41-<br />
43; 23.37,38) e dado a um corpo internacional: a igreja de Jesus Cristo. O<br />
Novo Testamento descreve a igreja como a reconstrução de Israel (At 15.15-<br />
20), a “comunidade de Israel” (Ef 2.12), “filhos de Abraão” e “descendência<br />
de Abraão” (GI 3.7,29) e “o Israel de Deus” (6.16). O que Deus estava<br />
fazendo com a nação de Israel não era nada mais que um tipo apontando<br />
adiante para a igreja internacional de Cristo. Os detalhes da antiga ordem já<br />
passaram, e deram lugar ao verdadeiro Reino de Deus estabelecido pelo<br />
Messias, no qual tanto judeus quanto gentios se tornaram “co-herdeiros e coparticipantes”,<br />
com direitos iguais (Ef 2.11-20; 3.3-6).<br />
É importante, para a interpretação bíblica ter em mente a análise acima,<br />
porque algumas estipulações da antiga aliança foram decretadas com o<br />
propósito de distinguir Israel, como o povo de Deus, das outras nações do<br />
mundo pagão. Essas estipulações não eram essencialmente morais em função<br />
(ou seja, proibindo o que era essencialmente contra a justiça de Deus), mas<br />
antes simbólicas. Isso explica o fato de que se permitiu aos gentios fazer as<br />
coisas que tinham sido proibidas aos judeus (e.g., Dt 14.21). Por conseguinte,<br />
de acordo com a redefinição do povo de Deus na nova aliança, alguns<br />
aspectos da antiga aliança foram alterados. 1) A nova aliança não exige<br />
lealdade política a Israel (Fp 3.20) ou a defesa do Reino de Deus com a espada<br />
(Jo 18.36; 2Co 10.4). 2) A terra de Canaã prefigurava o Reino de Deus (Hb<br />
11.8-10; Ef 1.14; lPe 1.4), que é cumprido em Cristo (Gl 3.16; v. Gn 13.15);<br />
esse cumprimento ressaltou provisões inaplicáveis da antiga aliança<br />
relacionadas à terra (como a divisão por famílias, localização de cidades de<br />
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