A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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mãos as chaves da entrada para as suas bênçãos, 16.18,19), o reino Messiânico<br />
presente ainda não pode ser igualado com a igreja (v. At 28.23); o escopo<br />
daquele reino, ao contrário do escopo da igreja, é o mundo inteiro, incluindo<br />
os praticantes da iniqüidade (13.38,41).<br />
Mas como esse último aspecto pode ser assim? De que maneira os<br />
incrédulos que rejeitam o Salvador e vivem de forma ímpia sobre a terra<br />
podem mesmo assim estar sob o domínio do Messias? Podemos aliviar a<br />
complexidade dessa questão ao lembrar alguns aspectos relevantes. Em<br />
primeiro lugar, podemos distinguir entre o estado objetivo da situação e o<br />
reconhecimento subjetivo dessa mesma situação (e.g., entre ter tuberculose e<br />
admitir o fato pessoalmente). Em segundo lugar, há uma diferença entre<br />
governar por direito e reinar de fato, como se torna evidente em qualquer nação<br />
quando há uma revolução contra a autoridade instituída. Por conseguinte, os<br />
incrédulos muitas vezes rejeitam subjetivamente o reconhecimento do reino<br />
de Jesus Cristo sobre as suas vidas, mas objetivamente e por direito esse<br />
governo pertence a ele e, pois para isso é que ele foi designado pelo Pai (Lc<br />
22.29; 1Co 15.27,28), sua ressurreição e ascensão certificaram isso (Mt 28.7,18;<br />
At 17.30,31; Rm 1.4; Fp 2.9-11; Hb 1.3,8,9; 2.7-9). Além disso, como o<br />
evangelho, que é uma fragrância tanto para a morte quanto para a vida (2Co<br />
2.14-16), o reino do Messias atualmente quebra o poder do pecado e da<br />
rebeldia de duas maneiras diferentes: uma por meio da bênção redentora (Jo 3.3;<br />
Rm 14.17; Cl 1.13), mas a outra por meio de uma maldição condenatória,<br />
experimentada tanto agora (Mc 9.1; v. 13.1-30; Sl 72.4,12-14; At 12.21-23; Ap<br />
18; 19.15,16) quanto mais tarde em sua fúria completa (Mt 13.41,42,49,50;<br />
25.31-34,41,46; 2Ts 1.4-9). Por conseqüência, incrédulos que repudiam o<br />
domínio do Messias estão, mesmo assim, debaixo do governo dele em forma<br />
de ira e de maldição.<br />
Finalmente, não deveríamos esquecer do aspecto referente ao<br />
crescimento do reino messiânico presente e consumado. Ele vai se tornar<br />
grande gradativamente e transformar todas as coisas (Mt 13.31-33). Isto é, o<br />
reino objetivo do Messias por direito, incluindo o juízo sobre os rebeldes, será<br />
de fato reconhecido mais e mais à medida que espalha a bênção redentora.<br />
Embora na presente era o trigo vá existir sempre na presença do joio (Mt<br />
13.36-43), 17 paulatinamente tornar-se-á evidente que este mundo é o campo<br />
17 A tentativa pluralista de encontrar base bíblica, por mais escassa que seja, para suas doutrinas políticas<br />
parece desesperadora quando chega à parábola do joio e do trigo. Analisar o texto dessa lição escatológica<br />
não revela a menor sugestão de que pertença à natureza ou função do governo civil, tampouco tem<br />
influência sobre esses assuntos por implicação lógica. O tipo de castigo de que a parábola fala não é<br />
temporal, mas antes é o juízo da condenação eterna (o joio é amarrado em feixes para ser queimado, Mt<br />
13.30). Além disso, os julgamentos temporais do magistrado civil não têm nada a ver com o<br />
discernimento do coração humano para separar os não-regenerados (“os filhos do Maligno”, v. 38) dos<br />
regenerados (“os filhos do Reino”), mas com o castigo de transgressores da lei e proteção dos que são<br />
obedientes à lei. Ao restringir a separação prematura do trigo do joio, Jesus não estava condenando os<br />
julgamentos morais e a vingança divina exercidos por meio do magistrado civil, pois aí Paulo estaria em<br />
oposição a Jesus (v. Rm 12.19; 13.4). Certamente nem os pluralistas protegeriam todo e qualquer<br />
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