A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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colocado paralelamente a “tornei-me como se estivesse sujeito à Lei” no<br />
versículo 20. Paulo afirma isso mesmo que somente alguns dos regulamentos<br />
“da lei” impunham uma diferença entre estilos de vida judaico e gentio (e.g.,<br />
Dt 14.21); na maioria dos casos as estipulações da lei eram obrigatórias tanto<br />
para judeus quanto para gentios (v. Rm 1.32; 2.14,15; 3.19). A alteração na<br />
conduta de Paulo era permitida, porque não estava sujeito ao código<br />
cerimonial em primeiro lugar, deixando-o, assim, livre para seguir ou ignorar<br />
as suas orientações que simbolizavam a separação dos judeus, de acordo com<br />
os princípios determinantes de que deveria tornar-se todas as coisas para todas<br />
as pessoas a fim de ganhar alguns para Cristo. Seria absurdo pensar que Paulo<br />
tinha a intenção de ensinar que tinha permissão para transgredir a lei moral de<br />
Deus (ao furtar, violentar, blasfemar etc.) entre os gentios, ao passo que estava<br />
proibido de fazer isso entre os judeus, para que assim os dois grupos fossem<br />
atraídos para o cristianismo! A única “lei” que distinguia judeus de gentios,<br />
mas sem incluir princípios morais, era o que chamamos hoje de lei cerimonial.<br />
Somente à luz disso esse texto tem sentido. Quando ministrava entre os<br />
judeus, Paulo se conformava a algumas determinações cerimoniais que tinham<br />
sido elaboradas (e.g., ritos e votos de purificação, v. At 18.18; 21.20-26),<br />
embora não fosse obrigatório que seguisse esses regulamentos; mas quando<br />
ministrava entre os gentios, não havia necessidade para fazer isso.<br />
Embora os dois textos que acabamos de discutir não defendam a noção<br />
de que os crentes do Novo Testamento estejam livres das obrigações morais<br />
da lei do Antigo Testamento, não queremos minimizar ou esquecer que a<br />
dispensação e a forma da redenção do reino, que estavam presentes na antiga<br />
aliança, mudaram radicalmente na era da nova aliança. A nova aliança suplanta<br />
a antiga em poder, glória, finalidade e realização. Em resumo, a nova aliança é<br />
uma “aliança superior” (Hb 8.6). Até mesmo aqueles aspectos da lei da antiga<br />
aliança que tipificavam o Reino de Deus e o caminho da redenção (e.g.,<br />
sacerdócio, sacrifício, templo, Terra Prometida, símbolos de separação e<br />
pureza) estavam falando das promessas de Deus, preparando e prefigurando a<br />
salvação e o reino a ser trazidos pelo Messias. Com relação às promessas<br />
pertencentes à redenção, então, podemos falar acertadamente das “melhores<br />
promessas” da nova aliança. Elas diferiam das determinações da antiga aliança<br />
ao serem o cumprimento daquilo para o que a antiga aliança apontava, dando<br />
às duas alianças a mesma intenção e propósito. As diferentes administrações<br />
da promessa de Deus no contexto da aliança existem exatamente em virtude<br />
da natureza histórica do plano redentor.<br />
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