A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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O QUE A PRÓPRIA LEI DIZ?<br />
Aqui há algo extraordinário, algo que os teólogos não podem ignorar se<br />
quiserem entender corretamente a intenção divina em relação à lei do Antigo<br />
Testamento. Paulo sabia pela sua experiência que ele precisava morrer para o<br />
legalismo, para o uso da lei como um meio de mérito próprio ou justificação<br />
diante de Deus. E, exatamente, onde e como Paulo aprendeu essa lição<br />
fundamental? Observe cuidadosamente o que ele diz em Gálatas 2.19: “Pois,<br />
por meio da Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus”. Foi a própria lei<br />
que ensinou Paulo a não buscar a justiça e a aceitação de Deus por meio de<br />
obras da lei! A lei do Antigo Testamento nunca foi legalista em sua natureza e<br />
intenção, embora os judeus a tenham pervertido nesse propósito interesseiro.<br />
Eles simplesmente não perceberam que “o fim da Lei é Cristo, para a<br />
justificação de todo o que crê” (Rm 10.4). Paulo lamentou que “até hoje o<br />
mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança […] até o dia de hoje,<br />
quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações” (2Co 3.14,15).<br />
Paulo claramente classificou e incluiu a aliança mosaica — a aliança da<br />
lei, que tinha edificado um muro entre judeus e gentios e alienado os<br />
incircuncisos da “comunidade de Israel” — como parte integrante do que ele<br />
chamava de “alianças da promessa” (Ef 2.12). Havia muitas alianças (plural) no<br />
Antigo Testamento, mas todas eram administrações de uma promessa<br />
(singular) subjacente de Deus. Os teólogos podem até falar apropriadamente<br />
de “lei” e “graça” como rótulos convenientes para as duas administrações da<br />
aliança (que são, nova aliança e antiga aliança), mas a Bíblia afirma<br />
enfaticamente que as duas são administrações da graça (ou promessa) como o<br />
único caminho para aceitação diante dele. A aliança da lei foi uma manifestação<br />
da promessa de Deus, não de legalismo.<br />
A administração da lei da antiga aliança (ou a própria administração<br />
mosaica) não ofereceu uma forma de salvação nem tampouco ensinou uma<br />
mensagem de justificação que difere daquela encontrada no evangelho da<br />
nova aliança. Ao reconhecer que diante de Deus ninguém podia ser justificado<br />
(Sl 143.2), a antiga aliança prometeu justificação fundamentada no nome: “O<br />
SENHOR é a Nossa Justiça” (Jr 23.6). O testemunho da antiga aliança era que a<br />
justiça tinha de ser imputada, até mesmo ao grande pai dos judeus, Abraão (Gn<br />
15.6; v. Rm 4.3; Gl 3.6). Por conseguinte, a literatura do Antigo Testamento<br />
fornece evidências suficientes de que os santos de Deus eram pessoas de fé (v.<br />
Hb 11). Paulo compreendeu muito claramente que o próprio Antigo<br />
Testamento ensinava que os justos viveriam pela fé (He 2.4; v. Rm 1.17; Gl<br />
3.11). O profeta Isaías proclamou: “Mas no Senhor todos os descendentes de<br />
Israel serão considerados justos e exultarão” (Is 45.25); e mais adiante: “Esta é<br />
a herança dos servos do SENHOR, e esta é a defesa que faço do nome deles,<br />
declara o SENHOR” (54.17).<br />
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