A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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do processo decisório daqueles que dirigem a política. Os teonomistas<br />
igualmente repudiam a dicotomia “sagrado/secular’ da vida que é o resultado<br />
de algumas concepções extra-bíblicas e sistemáticas da autoridade bíblica que<br />
recentemente têm influenciado a comunidade reformada 16 — concepções que<br />
têm sugerido que os padrões morais atuais para a nossa ordem política não<br />
podem ser extraídos do que a Palavra de Deus diz diretamente sobre a<br />
sociedade e o governo civil. Esses pontos de vista acarretam uma restrição<br />
perigosa do escopo da verdade e da autoridade bíblicas que não é<br />
teologicamente permissível (Dt 4.2; SI 119.160; Is 40.8; 45.19; Mt 5.18,19; Jo<br />
17.17).<br />
Nós, teonomistas, admoestamos as pessoas a não se conformarem com<br />
este mundo, mas a serem transformadas pela renovação e reconciliação da<br />
obra de Jesus Cristo para experimentarem a vontade boa, aceitável e perfeita<br />
de Deus nas suas vidas (Rm 12.1,2; 2Co 5.20,21). Nós as desafiamos a serem<br />
libertas da escuridão para virem ao Reino do Filho de Deus, que foi ressurreto<br />
dos mortos para ter a preeminência em todas as coisas (Cl 1.13-18). Precisamos<br />
fazer o que Paulo diz: “Destruímos argumentos e toda pretensão que se<br />
levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento,<br />
para torná-lo obediente a Cristo” (2Co 10.5), em quem “estão escondidos<br />
todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2.3). Por isso,<br />
encorajamos os crentes a serem santos em todas os aspectos da vida (1Pe<br />
1.15) e a fazerem tudo que fazem para a glória de Deus (1Co 10.31). Fazer<br />
isso exige concordância com a palavra escrita de Deus, visto que a nossa fé<br />
não está baseada em sabedoria humana, mas na obra e no ensino do Espírito<br />
Santo de Deus (1Co 2.5,13; v. Nm 15.39; Jr 23.16; 1Ts 2.13). Esse ensino,<br />
registrado de forma infalível em toda a Escritura do Antigo e do Novo<br />
Testamento, é poderoso para nos capacitar para toda a boa obra (2Tm<br />
3.16,17), incluindo o trabalho na vida pública e comunitária.<br />
Por essa razão, os teonomistas estão comprometidos com a<br />
transformação ou reconstrução de todas as áreas da vida, incluindo as<br />
instituições e questões do domínio sociopolítico, em concordância com os<br />
princípios santos da palavra revelada de Deus (teonomia). É para esse alvo<br />
16 Duas ilustrações apropriadas são encontradas 1) no esquema de Dooyeweerdian de dicotomização da<br />
realidade em esferas modais, cada uma tendo suas leis particulares e 2) em Meredith Kline, na sua idéia<br />
de dicotomização da autoridade canônica de vários elementos da Escritura, tanto entre os dois testamentos<br />
quanto dentro deles. No primeiro caso, textos bíblicos explícitos concernentes ao governo civil podem<br />
não proporcionar uma perspectiva cristã do Estado, pois se afirma que a Escritura é aplicada diretamente<br />
somente à esfera modal da “fé” (v. Bob Goudzwaard, A Christian Political Option [Toronto: Wedge,<br />
1972], p. 27). No segundo caso, a autoridade moral de alguns elementos da Escritura é descartada<br />
arbitrariamente com base na separação que o autor faz, sem poder de convicção ou justificação exegética,<br />
de normas de fé e de normas de vida, de normas individuais e de normas comunais, assim como de<br />
princípios de “graça comum” e de princípios de “intrusão escatológica” — implicando a conclusão de que<br />
as orientações bíblicas mais explícitas sobre ética política não podem ser utilizadas hoje (The Structure of<br />
Biblical Authority [Grand Rapids: Eerdmans, 1972]).<br />
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