A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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linguagem que é característica da legislação mosaica, e assim descreve as<br />
transgressões universais da humanidade. 11<br />
A Bíblia ilustra repetidamente que as nações pagãs eram julgadas pelos<br />
mesmos padrões morais da lei mosaica. Amós, Naum e Habacuque<br />
declararam o juízo de Deus sobre as nações dos gentios por violarem padrões<br />
morais encontrados na lei de Moisés — por exemplo, questões mundanas e<br />
específicas como o tráfico de escravos (Am 1.6; Êx 21.16; Dt 24.7), feitiçaria<br />
(Na 3.4; v. Êx 22.18; Lv 19.21) e coisas penhoradas em empréstimos (He 2.6;<br />
v. Êx 22.25-27; Dt 24.6,10-13). João Batista declarou os padrões morais da lei<br />
de Moisés a Herodes com as seguintes palavras: “Não te é permitido viver<br />
com a mulher do teu irmão” (Mc 6.18). Os padrões morais da lei de Moisés<br />
não eram exclusivos de Israel, mesmo que a administração da aliança mosaica<br />
o fosse.<br />
Portanto, duas premissas a respeito da lei de Deus são suficientemente<br />
claras se queremos ser fiéis ao testemunho infalível das Escrituras: 1) A lei de<br />
Deus é boa naquilo que exige, sendo o que é natural para o relacionamento<br />
Criador-criatura. 2) As exigências da lei de Deus são universais na sua natureza<br />
e aplicação, não restritas em validade ao Israel do Antigo Testamento.<br />
Por conseguinte, não seria razoável esperar que a vinda do Messias e a<br />
instituição da nova aliança iriam alterar as exigências morais de Deus como<br />
reveladas na lei. Por que, devemos perguntar, Deus sentiria a necessidade de<br />
mudar as suas exigências perfeitas e santas para a nossa conduta e atitudes?<br />
Mas Cristo veio para expiar as nossas transgressões contra essas exigências<br />
morais (Rm 4.25; 5.8,9; 8.1-3). E a nova aliança foi estabelecida exatamente<br />
para confirmar os nossos corações redimidos em obediência à lei de Deus<br />
(Rm 8.4-10; 2Co 3.6-11). Podemos então pecar porque estamos sob a graça de<br />
Deus? Paulo declarou inequivocamente: “De maneira nenhuma!” Tendo sido<br />
libertos do pecado temos de nos tornar agora “escravos da justiça” (Rm 6.15-<br />
18). A graça de Deus apareceu, e Jesus Cristo se deu a si mesmo para “nos<br />
remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente<br />
seu, dedicado à prática de boas obras” (Tt 2.14; v. Ef 2.8-10).<br />
Embora o Novo Testamento condene todo uso legalista (i.e.,<br />
judaizante) da lei de Deus para estabelecer a justificação ou a santificação<br />
pessoal, e embora o Novo Testamento exulte no fato de que a obra de Cristo<br />
suplantou as prefigurações e rituais legais da antiga aliança, não vemos o Novo<br />
Testamento rejeitando ou criticando em lugar algum as exigências morais da lei<br />
do Antigo Testamento. Elas são apoiadas e elogiadas em todos os lugares. 12<br />
11 The book of Isaiah, NICOT, Grand Rapids: Eerdmans, 1969, v. 2, p. 2.156-8.<br />
12 As antíteses de Mateus 5.21-48 não são uma condenação ex post facto injusta dos fariseus por um<br />
padrão mais elevado que o que eles já conheciam. Estas antíteses provam ser uma série de contrastes<br />
entre a interpretação de Jesus das exigências completas da lei e as interpretações restritivas, exteriores e<br />
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