A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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Cristo, libertou os crentes dessa escravidão e fraqueza espiritual; mas não os<br />
libertou de pecarem contra os princípios morais de Deus.<br />
Quando Paulo fala de não estar “debaixo de lei”, nem mesmo House e<br />
Ice conseguem interpretá-lo coerentemente, como querendo dizer “lei” no<br />
sentido de “regra de vida” (exigências morais), visto que eles mesmos insistem<br />
que os crentes estão debaixo de uma lei nesse sentido, a “lei de Cristo”. 10 Na<br />
interpretação deles, Paulo estaria negando que o crente tenha uma “lei” dessas<br />
(no sentido de regra de vida), e, assim, contradizem a si mesmos. Além disso,<br />
“lei” em Romanos 6.14 não pode se referir à administração ou à dispensação<br />
mosaica em particular, pois, como vimos, “debaixo da lei” é equivalente a<br />
estar sob o domínio do pecado. House e Ice teriam de dizer, então, que todos<br />
os santos que viveram sob a lei de Moisés estavam sob o domínio do pecado<br />
— uma idéia que é absurda e antibíblica. Um último ponto: Está claro para<br />
todas as escolas de interpretação que em Romanos 6.14 Paulo está ensinando<br />
que os crentes não devem ser controlados pelo pecado (cf. v. 1,2,6,11-13,15-<br />
18). Como, então, Paulo entendia o que era pecado? “Eu não saberia o que é<br />
pecado, a não ser por meio da Lei” (7.7). Por conseguinte, ao contrário de<br />
descartar a autoridade da lei, Romanos 6.14 ensina que o crente não deve<br />
transgredir a lei e, assim, pecar. É exatamente a “mentalidade da carne” que<br />
“não se submete à Lei de Deus” (8.7). Mas os cristãos têm a mentalidade do<br />
Espírito, que os conduz e os capacita a cumprirem completamente as<br />
“exigências da Lei” (8.4).<br />
2) Os dispensacionalistas às vezes usam 1 Coríntios 9.19-23 para apoiar<br />
a alegação de que os crentes estão libertos da autoridade moral da lei mosaica,<br />
mas não há nada parecido com essa alegação nesse texto. Quando Paulo fala<br />
de si mesmo como alguém que não estava “debaixo da lei”, mas estava<br />
disposto a agir “como se estivesse sujeito à Lei” por causa dos que estavam<br />
debaixo da lei, ele está claramente se referindo à sua relação com os judeus.<br />
“Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar os judeus” (v. 20). Mas ele<br />
estava exatamente tão disposto a agir “como sem lei” ao lidar com “os que<br />
estão sem Lei” (v. 21), uma referência aos gentios. “Tornei-me tudo para com<br />
todos, para de alguma forma salvar alguns” (v. 22). Então, claramente a lei que<br />
Paulo podia adotar ou ignorar, dependendo se estava entre judeus ou entre<br />
gentios, não podia ser de forma alguma “toda a lei de Moisés”, como alegam<br />
House e Ice. Até mesmo eles reconhecem que muito do que está na lei de<br />
Moisés inclui princípios morais (aprendidos por meio da revelação geral) que<br />
são obrigatórios tanto para gentios quanto para judeus.<br />
Tampouco conseguimos imaginar que Paulo esteja admitindo agir com<br />
duplicidade, segundo um padrão duplo de moralidade (“lei como regra de<br />
vida”, dizem House e Ice). Observe, por exemplo, como “tornei-me judeu” é<br />
10 Dominion theology, p. 85, 179.<br />
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www.monergismo.com<br />
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