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A Posição Reformada Teonomista - Monergismo

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grupo étnico? Felizmente, nem todos os cristãos tomam por certo essa pressuposição,<br />

25 embora muitos o façam irrefletidamente.<br />

O erro dessa pressuposição fica evidente com base no que a Bíblia<br />

ensina sobre os magistrados civis nas nações dos gentios à volta de Israel. Se<br />

Deus esperava deles que aprovassem e fizessem cumprir as prescrições civis<br />

da sua lei, a inferência natural seria que os magistrados no mundo de hoje, não<br />

pertencentes ao Israel do Antigo Testamento, também sejam obrigados a<br />

obedecerem às mesmas prescrições. Como base no nosso estudo anterior do<br />

Salmo 2 já deixamos claro que os magistrados dos gentios e pagãos estavam<br />

moralmente obrigados a se sujeitar ao governo de Deus, mesmo que<br />

estivessem, naquele caso, agindo além das fronteiras de Israel do Antigo<br />

Testamento. Semelhantemente, referindo-se aos reis não pertencentes a Israel,<br />

o escritor do Salmo 119 declara: “Falarei dos teus testemunhos diante de reis<br />

sem ficar envergonhado” (v. 46). Essa afirmação claramente pressupõe a<br />

validade daquela lei para esses reis. Sabemos também, por intermédio das<br />

palavras finais de Davi, que ele estava convencido de que Deus endossa<br />

“quem governa o povo com justiça, quem o governa com o temor de Deus”<br />

(2Sm 23.3; observe-se aí o uso categórico de “o povo”).<br />

A literatura sapiencial do Antigo Testamento, designada para servir de<br />

orientação prática internacionalmente, reforça essa perspectiva de Davi: “Os<br />

reis detestam a prática da maldade, porquanto o trono se firma pela justiça (Pv<br />

16.12). O próprio trono de Israel precisava estar firmado na justiça (Sl 72.1,2),<br />

pois essa característica é o fundamento do trono de Deus (Sl 97.2). Portanto,<br />

todos os governantes eram considerados como pertencentes a Deus (Sl 47.7-<br />

9). Aliás, “em todas as nações” Deus está na assembléia “dos deuses” (juízes,<br />

governantes) e é o juiz entre eles (Sl 82.1,6-8). Espera-se deles que defendam a<br />

causa dos “necessitados e oprimidos” (v. 3,4). “Justiça” aqui não significa<br />

pagamento de benefícios da assistência social ou a redistribuição das riquezas;<br />

antes significa negar-se a “favorecer os ímpios” (v. 2,4). Isso só pode ser<br />

alcançado se os “deuses” fizerem julgamentos baseados na lei de Deus, a lei<br />

do Altíssimo e Grande Juiz de toda a humanidade.<br />

À luz disso, a sabedoria personificada de Deus declara: “Por meu<br />

intermédio os reis governam, e as autoridades exercem a justiça; também por<br />

meu intermédio governam os nobres, todos os juízes da terra” (Pv 8.15,16).<br />

Por conseguinte, a Palavra de Deus ensina que todo governante da terra está<br />

subordinado à autoridade moral de Deus e à santidade do seu trono. Eles<br />

25 “Embora não possamos nos dirigir à sociedade secular nos termos com que Deus se dirigiu a Israel,<br />

nem pressupor um relacionamento de aliança, não obstante, é válido argumentar que o que Deus exigia de<br />

Israel como uma sociedade completamente humana é coerente com o que ele exige de todos os seres<br />

humanos. É possível, portanto, usar Israel como paradigma dos objetivos sociais éticos na nossa<br />

sociedade” (Christopher J. H. Wright, The Use of the Bible in Social Ethics III: The Ethical Relevance of<br />

Israel as a Society, Transf 1 [Oct./Dec. 1984], p. 19).<br />

<strong>Monergismo</strong>.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)<br />

www.monergismo.com<br />

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