A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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Se dermos ouvidos à própria lei, seremos demovidos da idéia de que a<br />
lei de Deus tinha a intenção de ser um caminho para o mérito próprio ou a<br />
autojustificação diante de Deus. A salvação pela graça da nova aliança é o<br />
florescimento, o desenvolvimento e a realização da promessa da graça prevista<br />
e anunciada na antiga aliança. “Pois quantas forem as promessas feitas por<br />
Deus, tantas têm em Cristo o ‘sim’. Por isso, por meio dele, o ‘Amém’ é<br />
pronunciado por nós para a glória de Deus” (2Co 1.20). Na maior aula de<br />
Bíblia de todos os tempos, Cristo, “começando por Moisés e todos os<br />
profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras”<br />
(Lc 24.27). Aliás, “Moisés foi fiel como servo em toda a casa de Deus, dando<br />
testemunho do que haveria de ser dito no futuro” (Hb 3.5). A lei mosaica não<br />
está em antítese com o evangelho de Cristo que foi proclamado<br />
posteriormente — assim como também não contradiz a promessa abraâmica<br />
que fora dada 430 anos antes (Gl 3.15-17). Cristo foi o foco e o alvo da lei de<br />
Moisés ou da antiga aliança (Rm 10.4), assim como o foi da aliança abraâmica<br />
e das promessas de antigamente.<br />
Paulo insiste em que a administração mosaica, a lei, não ab-rogou a<br />
promessa abraâmica, mas foi acrescentada “até que viesse o Descendente a<br />
quem se referia a promessa” (Gl 3.17,19) — isto é, foi acrescentada até a<br />
vinda de Cristo (v. 16). Antes da vinda de Cristo, o objeto da nossa fé, o povo<br />
de Deus estava “sob a custódia da Lei, nela encerrado” (v. 23). Isso significa<br />
que a lei se tornou “o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados<br />
pela fé” (v. 24). Observamos novamente que a teologia paulina vê a aliança<br />
mosaica — a lei — como apontando para Cristo e ela própria ensinando a<br />
mesma mensagem de justificação que o evangelho ou a nova aliança ensina.<br />
O aspecto da lei que mais distinguia a administração mosaica, e fazia<br />
esse papel de apontar adiante para Cristo, e a doutrina da justificação pela fé<br />
eram o que hoje muitas vezes chamamos de lei “cerimonial”, os rituais e<br />
ordenanças redentoras da antiga aliança (e.g., circuncisão, sacerdócio, templo,<br />
sacrifícios: v. Cl 2.11-13; Hebreus 7—10). O tutor ou mestre a que Paulo se<br />
refere em Gálatas 3.24,25 era a administração mosaica, “a lei”, especialmente<br />
na sua prefiguração cerimonial de Cristo. Das cartas de Paulo fica claro o<br />
seguinte: Paulo estava engajado em uma controvérsia teológica com os<br />
judaizantes, que insistiam na circuncisão (Gl 2.3,4; 5.2-4); ele escolheu como<br />
exemplo específico o calendário cerimonial da lei judaica (Gl 4.10); ele<br />
também fala daqueles “princípios elementares do mundo” (Gl 4.3,9) que<br />
Colossenses 2.16,17 descreve mais em detalhes como “sombras do que<br />
haveria de vir”, cuja realidade ou essência é Cristo; finalmente ele descreve a<br />
lei como governando os judeus e ensinando-lhes que a justificação vem por<br />
meio da fé em Cristo (Gl 3.24) — algo que não se consegue por meio de<br />
mandamentos morais como “não furtarás”, mas por meio de ordenanças<br />
sacrificais que vividamente ilustravam o caminho da salvação. Paulo insiste<br />
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