A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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afirmou que “a Lei é espiritual” (Rm 7.14), para que os que vivem “segundo o<br />
Espírito” cumpram de fato a ordenança da lei, ao passo que “a mentalidade da<br />
carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus” (Rm 8.4,7).<br />
Visto que a lei é uma “cópia” do caráter de Deus, a reação da pessoa à lei é a<br />
reação da pessoa ao próprio Deus. Portanto, as prescrições morais da lei<br />
precisam ser vistas como algo positivo.<br />
No entanto, a excelência da lei é manchada se for usada de uma forma<br />
contrária à intenção de Deus. Paulo qualifica sua afirmação categórica a<br />
respeito da excelência da lei ao acrescentar: “se alguém a usa de maneira<br />
adequada”. A lei precisa ser usada de acordo com sua natureza, direção e<br />
intenção. Isso obviamente implica que as pessoas podem fazer mau uso da lei<br />
— podem interpretá-la e usá-la de forma contrária aos propósitos de Deus.<br />
Nesse caso, a lei seria pervertida em algo contrário à sua natureza e intenção,<br />
tornando-a má e ímpia. Esse tipo de uso da boa lei de Deus é condenado<br />
aberta e repetidamente nas páginas do Novo Testamento. Qual seria esse uso<br />
ilícito da lei? Nós o encontramos na atitude dos fariseus e judaizantes que<br />
promoviam o mérito próprio diante de Deus, ao realizarem obras da lei.<br />
Foi o orgulho indescritível e o auto-engano que fez com que os judeus<br />
confiassem na lei e se sentissem seguros de que possuíam na lei “a expressão<br />
do conhecimento e da verdade”, que os tornou mestres autojustificados que<br />
ensinavam aos outros (Rm 2.17-21), quando na verdade aqueles que “se<br />
orgulha[m] da Lei” eram evidentemente culpados de transgressão da lei e<br />
desonram a Deus (v. 23,24). Os fariseus estavam cegos pela obsessão de se<br />
justificar diante das pessoas (Lc 16.15), confiando em si mesmos que eram de<br />
fato justos (Lc 18.9); eles achavam que já não precisavam de um Salvador<br />
assim como uma pessoa sadia não precisa de médico (Mt 9.12,13). Mesmo<br />
assim, Deus conhecia profundamente o coração deles; independentemente das<br />
aparências exteriores de justiça, eram interiormente corrompidos, cheios de<br />
iniqüidade e espiritualmente mortos (Mt 23.27,28). Ao tentarem estabelecer a<br />
sua própria justiça, esses judeus não podiam se submeter à justiça genuína de<br />
Deus (Rm 10.3).<br />
Nos primeiros dias da igreja cristã, surgiu um partido entre os fariseus<br />
que se negou a abandonar esse uso perverso e ilícito da lei de Deus e não<br />
reconheceu a forma em que a realização redentora de Cristo tirara de cena<br />
aquelas porções da lei que prefiguravam sua pessoa e obra. Por conseguinte,<br />
as pessoas dessa linha de pensamento queriam obrigar os gentios a viverem<br />
“como judeus” (Gl 2.14; literalmente, “judaizá-los”). Os judaizantes insistiam<br />
em que os gentios não podiam ser salvos se não fossem circuncidados e se<br />
não cumprissem os aspectos distintivos da aliança da lei de Moisés (At 15.1,5).<br />
A graça precisava ser complementada pelas obras da lei, ou seja, por meio de<br />
submissão autojustificadora às cerimônias judaicas.<br />
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