A Posição Reformada Teonomista - Monergismo
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sociedade inteira a se submeter aos ditames da lei de Deus. Em vez disso, essa<br />
mesma lei instrui o povo de Deus a confiar e utilizar os meios da regeneração,<br />
da reeducação e reforma legal gradual para contribuir para a reforma da ordem<br />
política exterior.<br />
A preocupação cristã pela política obterá poucos resultados se, na<br />
prática, ignorar a necessidade espiritual fundamental do ser humano de ter seu<br />
coração regenerado “por Deus”. Por isso, precisamos fazer do evangelismo,<br />
oração e educação, elementos fundamentais na estratégia cristã para uma<br />
futura mudança política. Ao mesmo tempo em que estamos oferecendo<br />
alimento cristão e reeducação aos novos convertidos (incluindo a educação na<br />
moralidade sociopolítica), precisamos nos engajar também em persuasão<br />
intelectual e nos recursos apologéticos no contato com os não-convertidos,<br />
com o propósito de mudar seu sistema de valores e de promover as vantagens<br />
da perspectiva cristã acerca de questões políticas.<br />
Além disso, os cristãos devem usar todos os meios legais que estão à<br />
disposição em uma dada sociedade para contribuir para a reconstrução do<br />
sistema legal, judicial e político daquela sociedade. Legisladores, juízes e<br />
magistrados cristãos, assim como seus assistentes, devem trabalhar para o<br />
aperfeiçoamento progressivo das leis e dos procedimentos do Estado,<br />
trazendo-os cada vez mais perto dos princípios da lei de Deus para<br />
autoridades políticas. O que é necessário para essa reforma, e a complementa,<br />
é obrigação moral de cada crente para fazer uso de sua voz política, votando<br />
para apoiar aqueles candidatos e medidas que melhoram e se amoldam às<br />
prescrições da lei de Deus. Em tudo isso é evidente que meios pacíficos 35<br />
devem ser usados para se alcançar mudanças políticas por parte dos que estão<br />
comprometidos com a lei de Deus e sua aplicação moderna — e não há<br />
movimentos como a “guerra santa”, a “violência revolucionária” ou a<br />
“abolição da democracia”. 36<br />
35 Essa restrição a meios pacíficos de transformação, ou a uma reforma política (positiva), não trata, em<br />
si, da questão (negativa) da autodefesa contra os assaltos ilegítimos de representantes do Estado (por<br />
exemplo, em uma escola cristã) ou contra um regime político assassino que está além da correção judicial<br />
(por exemplo, a Alemanha de Hitler ou a Uganda de Idi Amim Dadá).<br />
36 Rodney Clapp de forma errônea diz isso a respeito dos teonomistas, Democracy as Heresy, p. 17. É<br />
claro que o sr. Clapp está consciente de que a palavra “democracia” é suscetível a um espectro amplo de<br />
definições e conotações (e.g., desde a instituição do governo direto por parte de cada cidadão sem a<br />
mediação de representantes, passando por um procedimento de governo em que representantes são eleitos<br />
e afastados por decisão popular, até o simples conceito do voto majoritário ou da igualdade social). As<br />
definições de democracia são tão variadas que J. L. Austin certa vez descartou a palavra como<br />
“evidentemente inútil”. Se por um lado há alguns sentidos de “democracia” que os teonomistas (e todos<br />
os cristãos, e até o sr. Clapp) gostariam de evitar, certamente não nos opomos aos “procedimentos<br />
democráticos” como são comumente compreendidos e usados.<br />
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