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MERCADO GLOBAL<br />
O quE A CORéIA pRECISA:<br />
UMA BoA GovernAnçA<br />
CorporAtivA<br />
Embora eu invista em mais de 20 países, o meu interesse e a<br />
minha afeição pela Coréia <strong>do</strong> Sul são muito especiais. Eu primeiro<br />
descobri as oportunidades de investimentos na Coréia quan<strong>do</strong><br />
estava trabalhan<strong>do</strong> como analista cobrin<strong>do</strong> empresas japonesas<br />
no final <strong>do</strong>s anos 1970. Naquela época, quan<strong>do</strong> perguntadas, as<br />
principais empresas japonesas diziam que numa perspectiva<br />
de longo prazo, elas estavam mais preocupadas com a potencial<br />
concorrência das empresas coreanas <strong>do</strong> que das já estabelecidas<br />
empresas americanas ou européias.<br />
por nicholas Bratt *<br />
Como analista, a minha responsabilidade era avaliar a seriedade daquela<br />
ameaça competitiva potencial. Consequentemente, fiz minha<br />
primeira visita à Coréia como analista de investimentos. Talvez eu<br />
tenha si<strong>do</strong> o primeiro analista estrangeiro fazer a tal visita.<br />
O que eu vi naquela primeira visita foi estimulante. Olhan<strong>do</strong> para<br />
trás é difícil descrever o sentimento de entusiasmo que tive. Havia<br />
empresas competitivas globalmente crescen<strong>do</strong> mais de 100%<br />
ao ano e cotadas com índices preço/lucro de apenas um digito.<br />
(exemplo: Samsung Electronics, Hyundai Motor Company, Gold<br />
Star (agora LG Electronics) e Ankuk Fire and Marine (agora Samsung<br />
Fire and Marine).<br />
No espaço de uma geração um país agrícola afligi<strong>do</strong> pela destruição<br />
de uma guerra e da pobreza transformou-se num <strong>do</strong>s work shops<br />
20 REVISTA RI Fevereiro 2009<br />
industriais mais bem sucedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Ao descobrir que o<br />
merca<strong>do</strong> de ações era fecha<strong>do</strong> para estrangeiros eu passei a explorar<br />
a possibilidade de criar um fun<strong>do</strong> de investimentos que possibilitasse<br />
que estrangeiros investissem em ações coreanas pela primeira<br />
vez na história.<br />
Depois de cinco longos anos de negociações, o meu então emprega<strong>do</strong>r,<br />
a tradicional e conhecida firma de investimentos Scudder, Stevens<br />
and Clark, recebeu em janeiro de 1984 um telex <strong>do</strong> Ministério<br />
de Finanças autorizan<strong>do</strong>-a a estabelecer um closed-end fund para<br />
investir na Coréia.<br />
O fun<strong>do</strong> seria lista<strong>do</strong> na New York Stock Exchange e se chamaria<br />
The Korea Fund. Como seria a primeira entidade estrangeira autorizada<br />
a investir na Bolsa de Valores da Coréia, foi exigi<strong>do</strong> que o fun<strong>do</strong>