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OPINIÃO<br />

to brand or<br />

not to brand,<br />

eis a questão!<br />

por Jeaninne Carvalho Mettes*<br />

De certo mo<strong>do</strong>, hoje seria possível traçar um paralelo entre o dile<br />

ma encara<strong>do</strong> por Hamlet, naquele momento de crise existencial,<br />

contemplan<strong>do</strong> o suicídio, e o atual desafio enfrenta<strong>do</strong> por vários<br />

gestores de marcas. Neste momento de insegurança institucional,<br />

empresas ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> começam a perceber que a prática<br />

de branding também pode se tornar uma questão de vida ou morte<br />

para o seu negócio.<br />

De fato, é num momento de crise que surgem as oportunidades, pois<br />

alguns empresários no Brasil e no mun<strong>do</strong> começam a enxergar a cons<br />

trução de marca como um investimento primordial de alavancagem e<br />

potencialização de sua estratégia de negócio. Investem em branding<br />

por acreditarem ter si<strong>do</strong> este um trunfo de poucas marcas que ainda<br />

estão muito bem estabelecidas e consagradas no merca<strong>do</strong>, apesar das<br />

turbulências passadas por seus negócios.<br />

Tal premissa, certamente, leva em consideração o fato de que tais<br />

marcas são o que são e estão onde estão hoje graças ao cuida<strong>do</strong> coti<br />

diano que tiveram, e ainda têm, com a consistência de sua imagem e<br />

reputação no merca<strong>do</strong>. Além disso, têm o compromisso com a entrega<br />

de sua promessa em to<strong>do</strong>s os pontos de contato com os mais diversos<br />

públicos, tanto interna, como externamente.<br />

Percorrer e entender o processo de como grandes marcas inspira<br />

<strong>do</strong>ras foram e são criadas, construídas e geridas, pode ajudar pro<br />

fissionais a perceberem que to brand significa ser e estar, enquanto<br />

not to brand significa não ser e não estar no merca<strong>do</strong> por muito<br />

tempo. Logo, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> que alguns negócios conseguem se<br />

diferenciar e decolar em momentos de crise, marcas que vislum<br />

bram aproveitar o atual momento para inovar e fazer a diferença,<br />

podem evitar a morte ou comoditização.<br />

A marca é a alma <strong>do</strong> negócio, a essência, o to<strong>do</strong> que define e firma<br />

a visão estratégica, o valor racional e emocional que não é possível<br />

transparecer nos seus balanços e relatórios financeiros. E, portan<br />

to, como qualquer outro ativo da empresa, uma vez bem geri<strong>do</strong>,<br />

tem o poder de blindar o negócio, além de aumentar o seu valor de<br />

mo<strong>do</strong> sustentável.<br />

56 REVISTA RI Agosto | Setembro 2008<br />

Nesse momento de insegurança,<br />

as empresas começam a<br />

perceber que a prática de<br />

branding também pode se tornar<br />

uma questão de vida ou morte<br />

para o seu negócio.<br />

É o caso de marcas como GM, Sadia, Bombril, Parmalat e Varig. Es<br />

tas empresas nos mostram que a relação da marca com o consumi<strong>do</strong>r<br />

pode atingir uma força e uma intensidade tamanha, capaz de amorte<br />

cer o impacto, ou até blindar quase que totalmente, as mentes e co<br />

rações <strong>do</strong> público mesmo diante de escândalos financeiros ou fiascos<br />

de governança corporativa.<br />

Sem dúvida, especialmente num momento de tanta esquizofrenia e<br />

insegurança institucional, em que o valor <strong>do</strong> negócio se torna frágil e<br />

suscetível a oscilações e à volatilidade <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, uma marca bem<br />

cuidada e estrategicamente gerida se destaca da multidão como uma<br />

força influencia<strong>do</strong>ra, capaz de fazer toda a diferença. Entretanto,<br />

cabe ressaltar que to<strong>do</strong> esse esforço de marca se torna totalmente em<br />

vão, caso o negócio não esteja sen<strong>do</strong> regi<strong>do</strong> pelos princípios de boas<br />

práticas e transparência no merca<strong>do</strong>.<br />

Para uma marca ter vida longa, o segre<strong>do</strong> é branding, a prática coti<br />

diana de alinhar seu discurso às suas ações (walk the talk), refletin<strong>do</strong><br />

verdadeira, distinta e criativamente sua visão, valores, princípios e<br />

atitude, forman<strong>do</strong> fortes relacionamentos e experiências apaixonan<br />

tes por meio da confiança, cativan<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>res por meio <strong>do</strong> di<br />

álogo e abrin<strong>do</strong> portas a novas oportunidades de negócio por meio<br />

da inovação e ousadia. É esta ferramenta inteligente de gestão que<br />

pode genuinamente construir, agregar e multiplicar valor emocional<br />

e, conseqüentemente, gerar valor econômico ao negócio como um<br />

to<strong>do</strong>, hoje e amanhã.<br />

Portanto, lets brand it!!!<br />

(*) Jeaninne Carvalho Mettes,<br />

sócia-funda<strong>do</strong>ra da Brand Up, consultoria<br />

estratégica de gestão de marcas<br />

(jeaninne@b-up.com.br)

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