17.04.2013 Views

boletim tr/es 2011.080 - Justiça Federal

boletim tr/es 2011.080 - Justiça Federal

boletim tr/es 2011.080 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

condenando a autarquia a pagar as diferenças decorrent<strong>es</strong> da revisão efetuada no benefício do recorrido, no que tange ao<br />

período de 01/02/2000 a 02/07/2002. Alega o INSS que a pr<strong>es</strong>crição quinquenal atingiu as parcelas do período pleiteado, o<br />

que impõe a reforma total da sentença. Em con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong>, o autor alega que interpôs recurso adminis<strong>tr</strong>ativo, o que<br />

suspendeu o prazo pr<strong>es</strong>cricional. Aduz que, como não foi comunicado da decisão final da autarquia, seu prazo pr<strong>es</strong>cricional<br />

não voltou a correr.<br />

A aposentadoria do autor foi concedida em 01/02/2000. A revisão do benefício foi requerida adminis<strong>tr</strong>ativamente em<br />

03/07/2002 (fl. 11). A revisão foi deferida com efeitos re<strong>tr</strong>oativos à data da protocolização do requerimento, ou seja,<br />

03/07/2002. O prazo pr<strong>es</strong>cricional de 05 (cinco) anos começou a correr no dia 01/02/2000. Com a interposição de<br />

requerimento de revisão, em 03/07/2002, o prazo foi suspenso. Ficou suspenso até 14/09/2003, quando o INSS deferiu o<br />

pedido de revisão. Foi suspenso novamente em 14/11/2003 ao ser protocolizado novo pedido, d<strong>es</strong>ta vez requerendo o<br />

pagamento das diferenças do período de 01/02/2000 a 02/07/2002. Este segundo requerimento foi indeferido em<br />

17/12/2003, mas o ofício com o comunicado do indeferimento (Ofício 486/2005) apenas foi emitido em 11/04/2005 (fl. 16).<br />

Do indeferimento, o autor protocolou recurso, em 27/05/2005 (fl. 14) e não consta nos autos qualquer comunicado sobre a<br />

decisão d<strong>es</strong>te recurso adminis<strong>tr</strong>ativo.<br />

Verifica-se que, d<strong>es</strong>de a conc<strong>es</strong>são do benefício até o ajuizamento da ação, o prazo apenas não ficou suspenso en<strong>tr</strong>e<br />

01/02/2000 a 02/07/2002 e en<strong>tr</strong>e 15/09/2003 a 13/11/2003, ou seja, 02 anos e 07 m<strong>es</strong><strong>es</strong>, não ocorrendo a pr<strong>es</strong>crição<br />

quinquenal, como alega a autarquia previdenciária.<br />

Assim, faz jus o autor às diferenças decorrent<strong>es</strong> da revisão efetuada sobre os proventos auferidos no período<br />

compreendido en<strong>tr</strong>e 01/02/2000 e 02/07/2002.<br />

Recurso conhecido e improvido. Sentença mantida.<br />

Custas ex lege. Condenação do recorrente vencido ao pagamento de honorários, que ora fixo em 10 % sobre o valor da<br />

condenação.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os Srs. Juíz<strong>es</strong> da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo, conhecer e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, na forma da ementa<br />

constante dos autos, que passa a integrar o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

ASSINADO ELETRONICAMENTE<br />

Osair Victor de Oliveira Junior<br />

Juiz <strong>Federal</strong> Relator<br />

44 - 0001263-76.2008.4.02.5050/01 (2008.50.50.001263-0/01) (PROCESSO ELETRÔNICO) ROBERTO TAVARES<br />

(ADVOGADO: MARCELO CARVALHINHO VIEIRA.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR:<br />

GUSTAVO CABRAL VIEIRA.).<br />

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO<br />

1ª Turma Recursal - 3. Juiz Relator<br />

PROCESSO: 0001263-76.2008.4.02.5050/01 (2008.50.50.001263-0/01)<br />

E M E N T A<br />

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – CONTRADIÇÃO – EXISTÊNCIA – APOSENTADORIA ESPECIAL –<br />

AGENTE NOCIVO “RUÍDO” – UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – SÚMULA Nº 09 DA TNU –<br />

EMBARGOS CONHECIDOS E PROVIDOS.<br />

1. Trata-se de embargos de declaração opostos em face do acórdão de fls. 204/205, proferido pela Turma Recursal, por<br />

intermédio do qual aduz o autor que houve omissão e con<strong>tr</strong>adição na decisão colegiada. Alega que o fundamento utilizado<br />

na sentença <strong>es</strong>barra nas provas dos autos. Além disso, aduz que o Enunciado nº 09 da Turma Nacional de Uniformização<br />

deve ser utilizado e que a Turma não se manif<strong>es</strong>tou expr<strong>es</strong>samente sobre tal Enunciado. Alega, ainda, que a decisão do<br />

colegiado é con<strong>tr</strong>aditória com a prova dos autos.<br />

2. Os embargos de declaração, nos termos do art. 535 do CPC, se limitam a suprir omissõ<strong>es</strong>, aportar clareza ou retificar<br />

eventuais con<strong>tr</strong>adiçõ<strong>es</strong> existent<strong>es</strong> no bojo da decisão recorrida, nada mais. In casu, pela leitura das argumentaçõ<strong>es</strong> do<br />

embargante, verifica-se que <strong>es</strong>te aponta a existência de omissão e con<strong>tr</strong>adição na decisão proferida por <strong>es</strong>ta Turma.<br />

3. A Turma, por maioria, negou provimento ao recurso interposto pelo autor, mantendo a sentença prolatada pelo Juízo a<br />

quo por seus próprios fundamentos. A sentença (fls. 175/177) deixou claro que a atividade d<strong>es</strong>empenhada pelo autor, a<br />

partir de 06/03/1997, não pode ser enquadrada como <strong>es</strong>pecial, pois o EPI utilizado reduzia a ação nociva do agente “ruído”<br />

para níveis inferior<strong>es</strong> ao limite de tolerância (fator de proteção: 21 dB até junho/1999 e 28 dB a partir de 01/07/1999). O MM.<br />

Juiz Relator, para o qual foi inicialmente dis<strong>tr</strong>ibuído o proc<strong>es</strong>so, deu provimento ao recurso do autor, entendendo que a<br />

simpl<strong>es</strong> informação técnica de que o fator de proteção auricular seria de 21 dB, não era prova cabal de que o nível de ruído<br />

fosse reduzido <strong>es</strong>pecificamente n<strong>es</strong>ta medida. Invocou, assim, a aplicação do Enunciado nº 13 da Turma Recursal do<br />

Espírito Santo e a Súmula nº 09 da Turma Nacional de Uniformização.<br />

4. Durante a s<strong>es</strong>são de julgamento, ocorrida em 17 de dezembro de 2010, <strong>es</strong>ta Turma confirmou a decisão do julgador<br />

monocrático, divergindo do Juiz Relator. Ao assim fazer, incorreu em con<strong>tr</strong>adição com os demais julgamentos que abordam<br />

o m<strong>es</strong>mo assunto no âmbito do colegiado.<br />

5. O entendimento atual d<strong>es</strong>ta Turma Recursal é o de que a mera utilização de equipamento de proteção individual é

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!