17.04.2013 Views

boletim tr/es 2011.080 - Justiça Federal

boletim tr/es 2011.080 - Justiça Federal

boletim tr/es 2011.080 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ealizada em juízo é forma eficaz e eficiente de se comprovar a incapacidade laboral do requerente, pois a produção de<br />

prova pericial, por médico indicado pelo Juízo, é prova hábil e legítima à constatação da veracidade do alegado. Ainda que<br />

pr<strong>es</strong>ent<strong>es</strong> os laudos particular<strong>es</strong> nos autos, a perícia judicial é de ex<strong>tr</strong>ema importância para auxiliar o julgador em seu<br />

convencimento quando os laudos médicos da parte requerente não puderem, eficientemente, comprovar aquilo que <strong>es</strong>tá<br />

sendo motivo de con<strong>tr</strong>ovérsia pelas part<strong>es</strong>.<br />

7. R<strong>es</strong>salta-se ainda que, havendo laudos divergent<strong>es</strong>, não há como considerar os documentos médicos particular<strong>es</strong> do<br />

autor em de<strong>tr</strong>imento da conclusão do perito oficial, a menos que comprovada falha grave no laudo oficial, ou quando os<br />

laudos particular<strong>es</strong> forem suficient<strong>es</strong> à comprovação do alegado, o que não ocorreu na hipót<strong>es</strong>e vertente, excluindo-se,<br />

d<strong>es</strong>se modo, a eventual nec<strong>es</strong>sidade de realização de uma nova perícia ou até m<strong>es</strong>mo a complementação do laudo.<br />

8. Ainda, considerando-se a pouca idade do autor (44 anos) juntamente com o diagnóstico do laudo pericial (capacidade<br />

para o labor), é possível averiguar que o recorrente não faz jus à aposentadoria por invalidez, haja vista não preencher o<br />

requisito nec<strong>es</strong>sário à conc<strong>es</strong>são do benefício em qu<strong>es</strong>tão.<br />

9. Ante o exposto, conheço e NEGO PROVIMENTO ao recurso inominado, de modo a manter incólume a sentença de<br />

primeiro grau, em todos os seus termos.<br />

10. Sem condenação em honorários advocatícios, tendo em vista o fato de o recorrente ser beneficiário de Assistência<br />

Judiciária Gratuita.<br />

ACÓRDÃO<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />

Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo CONHECER DO RECURSO E NEGAR PROVIMENTO AO<br />

MESMO, de forma a manter a sentença, na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do<br />

pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />

AMÉRICO BEDÊ FREIRE JÚNIOR<br />

Relator<br />

62 - 0000687-46.2009.4.02.5051/01 (2009.50.51.000687-4/01) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

(PROCDOR: RENATA PEDRO DE MORAES SENTO-SÉ REIS.) x ABRAZ SARTORIO (ADVOGADO: ADMILSON<br />

TEIXEIRA DA SILVA, ALAN ROVETTA DA SILVA, EMILENE ROVETTA DA SILVA.).<br />

RECURSO DE SENTENÇA N.º 2009.50.51.000687-4/01<br />

RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

RECORRIDO (S): ABRAZ SARTORIO<br />

RELATOR: JUIZ FEDERAL AMÉRICO BEDÊ FREIRE JÚNIOR<br />

EMENTA<br />

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARA AS ATIVIDADES<br />

QUE DEMANDAM ESFORÇO FÍSICO. CONDIÇÕES PESSOAIS INVIABILIZAM A REINSERÇÃO NO MERCADO DE<br />

TRABALHO. INEXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÃO ENTRE OS LAUDOS PERICIAIS. CADA LAUDO BUSCA RETRATAR O<br />

NÍVEL DE INCAPACIDADE NO MOMENTO EXATO DA CONSULTA.<br />

I. Recurso inominado interposto pelo INSS em face de sentença que julgou parcialmente procedente o pedido da inicial, de<br />

modo a condenar a autarquia a r<strong>es</strong>tabelecer o benefício de auxílio-doença, bem como convertê-lo em aposentadoria por<br />

invalidez. Em suas razõ<strong>es</strong>, sustenta que a sentença deve ser reformada e o pedido julgado totalmente improcedente, uma<br />

vez que a incapacidade constatada é apenas parcial. Subsidiariamente, requer seja modificada a sentença na parte em que<br />

determina o r<strong>es</strong>tabelecimento do auxílio-doença. Con<strong>tr</strong>arrazõ<strong>es</strong> às fls. 124/131.<br />

II. Mantenho a sentença por seus próprios fundamentos, com fulcro no art. 46 da Lei 9.099/95.<br />

III. O magis<strong>tr</strong>ado acertadamente considerou que, ap<strong>es</strong>ar de o perito ter concluído que a incapacidade do autor só abrangia<br />

as atividad<strong>es</strong> que exigiam <strong>es</strong>forço físico, as condiçõ<strong>es</strong> p<strong>es</strong>soais – idade avançada, experiência profissional limitada à<br />

atividade braçal, baixo grau de ins<strong>tr</strong>ução e <strong>es</strong>tado de saúde precário – tornavam praticamente impossível o retorno do autor<br />

ao mercado de <strong>tr</strong>abalho. Portanto, entendo que o segurado faz jus ao benefício de aposentadoria por invalidez.<br />

IV. Quanto ao pedido de denegação do r<strong>es</strong>tabelecimento do auxílio-doença, também não assiste razão ao INSS. De fato, o<br />

laudo pericial do juízo (fls. 94/95) at<strong>es</strong>tou que a incapacidade do autor teve início em 01.01.1995. En<strong>tr</strong>etanto, não afirmou<br />

que, d<strong>es</strong>de <strong>es</strong>sa data, a incapacidade era total e definitiva. Isto porque os qu<strong>es</strong>itos de número 09 e 10 visam perquirir<br />

tão-somente qual era o nível da incapacidade ao tempo do exame pericial. Portanto, não há qualquer divergência en<strong>tr</strong>e o<br />

laudo realizado nos autos da ação 2005.50.51.001433-6 e o elaborado n<strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, tendo em vista que cada um del<strong>es</strong><br />

re<strong>tr</strong>atou a incapacidade do autor no exato momento da consulta.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!