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Naum Alves de Souza - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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professor. Durante um ano a história se arrastou<br />

até que, graças à interferência do Paulo Autran,<br />

os advogados fizeram um acordo. Recebemos<br />

uma quantia ridícula. Mas, apesar <strong>de</strong> tudo isso,<br />

Falso Brilhante também foi outro marco para<br />

mim. Com o tempo raiva e mágoa foram per<strong>de</strong>ndo<br />

a niti<strong>de</strong>z. Na minha opinião, Myriam saiu mais<br />

machucada do que eu. Nunca mais trabalhamos<br />

juntos, que pena! Queria ter escrito uma peça<br />

para ela, mas não o fiz. Ela era genial.<br />

Fiquei muito abatido, perdi a confiança, recusei<br />

fazer os cenários e figurinos da primeira produção<br />

<strong>de</strong> Os Saltimbancos, no Canecão do Rio. Fui<br />

até lá, conversei com toda a equipe, aceitei e, <strong>de</strong><br />

volta a São Paulo, telefonei recusando. Gran<strong>de</strong><br />

erro! Deprimido, fui salvo pelo amigo Celso Curi,<br />

que me introduziu ao mundo da dança ao me<br />

indicar a Antônio Carlos Cardoso, então diretor<br />

do Balé da Cida<strong>de</strong> e coreógrafo muito original.<br />

Criei os cenários e figurinos <strong>de</strong> Nosso Tempo, que<br />

estreou no Teatro Municipal. Fiquei comovido ao<br />

ver meu nome na ficha técnica, numa tabuleta<br />

afixada na frente do teatro. Ainda estava longe<br />

o tempo dos banners e dos artistas gráficos <strong>de</strong><br />

hoje. Tudo era resolvido por um simples pintor<br />

como o seu pincel.<br />

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