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Naum Alves de Souza - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial

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96<br />

um consenso sobre um enredo ou adaptação,<br />

resolvemos trabalhar criando esquetes, números<br />

musicais, cada um teve certa liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escolher o que queria mostrar, como se fosse um<br />

espetáculo <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> escola<br />

ou um show <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s ao estilo do antigo<br />

teatro <strong>de</strong> revista. A abertura <strong>de</strong> Miscelânea era<br />

apoteótica. Depois, cenas invariavelmente cômicas,<br />

pois não conseguíamos ser sérios, números<br />

musicais e um final mais apoteótico e coreográfico<br />

do que a abertura. A coreografia, hilária,<br />

era inventada por nós mesmos. Não existia essa<br />

coisa <strong>de</strong> pedir a um profissional que trabalhasse<br />

para nós. Não havia como pagar. E, também, é<br />

verda<strong>de</strong>, queríamos fazer tudo, “imitar” os filmes,<br />

brincar com a ridicularização <strong>de</strong> algo que<br />

tivéssemos visto.<br />

Nossos refletores eram latinhas com lâmpadas<br />

<strong>de</strong>ntro que eventualmente estouravam, esquentavam<br />

<strong>de</strong>mais. Figurinos, nós mesmos fazíamos,<br />

a música era escolhida e gravada <strong>de</strong> discos que<br />

ouvíamos centenas <strong>de</strong> vezes. Como era a operação<br />

do som? Ficávamos segurando o LP, com<br />

a agulha no ponto, e soltávamos no momento<br />

marcado. O espetáculo tinha todos os <strong>de</strong>feitos<br />

possíveis. E bem visíveis. Nossa técnica era precária,<br />

da gente, mas apren<strong>de</strong>mos a tirar partido<br />

dos erros e das precarieda<strong>de</strong>s. Carlos Moreno,

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