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A Teoria da Alienação em Marx e o - Faap

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CAPÍTULO 3<br />

ALIENAÇÃO E O TRABALHO NO REGIME DE ACUMULAÇÃO DA<br />

DOMINÂNCIA FINANCEIRA<br />

A partir dos anos 80, nota-se que capital industrial perde lugar para o capital<br />

financeiro ou fictício. Este capital que domina as relações econômica atuais pode ser<br />

entendido como o capital bancário, a dívi<strong>da</strong> pública e o capital acionário, além do mercado<br />

de derivativos (MARQUES e NAKATAMI, 2009: 31.).<br />

Este capítulo, estruturado <strong>em</strong> três partes, t<strong>em</strong> como objetivo, <strong>em</strong> sua primeira parte<br />

entender a evolução do capital financeiro desde os anos de 1980 e de que maneira ele tomou a<br />

frente <strong>da</strong>s relações capitalistas modernas; posteriormente, serão discuti<strong>da</strong>s as mu<strong>da</strong>nças que<br />

ocorreram no trabalho neste novo contexto capitalista, mostrando a precarização <strong>da</strong>s relações<br />

trabalhistas. Por fim, a teoria de alienação discuti<strong>da</strong> nos capítulos anteriores será aplica<strong>da</strong> a<br />

este novo contexto, mostrando que ela é ain<strong>da</strong> presente, mas de caráter mais complexo.<br />

3.1 A evolução do Capital financeiro<br />

Ao objetivar-se utilizar os estudos <strong>da</strong> teoria <strong>da</strong> alienação <strong>em</strong> K. <strong>Marx</strong> para entender as<br />

mu<strong>da</strong>nças no mercado de trabalho, torna-se fun<strong>da</strong>mental verificar o sentido <strong>da</strong> construção do<br />

regime de dominância do capital financeiro, principalmente a partir dos anos 1980, e seus<br />

impactos no mundo do trabalho.<br />

Segundo MARQUES e NAKATANI:<br />

O capital é antes de tudo uma relação social. Isso significa que o<br />

capital é produto de uma determina<strong>da</strong> formação social e<br />

econômica, isto é, que um específico desenvolvimento <strong>da</strong>s forças<br />

produtivas, b<strong>em</strong> como <strong>da</strong>s relações que se estabelec<strong>em</strong> entre os<br />

homens no processo produtivo que lhe é característico, resulta no<br />

surgimento do capital. Dito de outra maneira, o capital somente<br />

existe como forma dominante <strong>em</strong> uma determina<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de,<br />

não sendo, portanto, uma categoria econômica comum a todos os<br />

modos de produção (MARQUES e NAKATANI, 2009: 9).<br />

Vê-se, portanto, que a partir dos anos 1980, principalmente, a socie<strong>da</strong>de capitalista<br />

vive um momento <strong>em</strong> que a lógica financeira predomina sobre a produtiva. Este processo<br />

decorre do desenvolvimento histórico sofrido por tal socie<strong>da</strong>de até o momento.<br />

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