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A Teoria da Alienação em Marx e o - Faap

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comercial) e por uma nova correlação de forças entre o capital e o<br />

trabalho, desfavorável a este último.<br />

Essa nova relação se expressa no domínio relativo do<br />

capital portador de juros sobre o capital produtivo, o que se<br />

evidencia não só pelo aumento de sua exigência na participação<br />

<strong>da</strong> mais-valia mas também nas inúmeras formas de fazer valer sua<br />

lógica de rentabili<strong>da</strong>de de curto prazo nas <strong>em</strong>presas. (...) Contudo,<br />

para as 500 maiores <strong>em</strong>presas, isso não chegou a ser um<br />

probl<strong>em</strong>a. Depois de um período de baixa, recompuseram seu<br />

nível de rentabili<strong>da</strong>de fazendo um mix entre o lucro <strong>da</strong> companhia<br />

e a rentabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s aplicações, no sist<strong>em</strong>a financeiro, dos lucros<br />

não reinvestidos. Além disso, a liber<strong>da</strong>de de ir e vir alcança<strong>da</strong><br />

pelo capital portador de juros permitiu que os outros capitais<br />

(industrial e comercial) também ganhass<strong>em</strong> mobili<strong>da</strong>de, fazendo<br />

do mundo um objeto de sua ação e intervenção, o que exarcebou a<br />

concorrência capitalista e colocou (...) os trabalhadores <strong>em</strong><br />

concorrência mundial (CHESNAIS apud MARQUES, 2010:03).<br />

A concorrência estabeleci<strong>da</strong> entre os trabalhadores implicou o<br />

aumento brutal <strong>da</strong> exploração, isto é, do trabalho não pago (...)<br />

(MARQUES, 2010:03-04).<br />

Nota- se, portanto, que o capitalista reestrutura a cadeia produtiva de maneira a atender<br />

a d<strong>em</strong>an<strong>da</strong> de retornos a curto prazo do acionista, mantendo, porém, sua parcela de lucro.<br />

Segundo MENDES (2008), <strong>em</strong> sua obra, Dal Rosso mostra que o capital fictício alterou as<br />

relações sociais de trabalho, reduzindo o número de contratos com carteira assina<strong>da</strong>,<br />

aumentando a terceirização e a precarização do trabalho. Entre 1990 e 2006, na região<br />

metropolitana de São Paulo, o trabalho no setor privado com carteira assina<strong>da</strong> caiu 12%<br />

(gráfico 1), enquanto o trabalho s<strong>em</strong> carteira assina<strong>da</strong>, a terceirização e os autônomos, para<br />

este mesmo setor, cresceram 7,5%, 2,9% e 3,2% respectivamente, conforme gráficos 1 e 2:<br />

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