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A Teoria da Alienação em Marx e o - Faap

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CAPÍTULO 1<br />

A GÊNESE CONCEITUAL DA ALIENAÇÃO EM MARX<br />

O capítulo está estruturado <strong>em</strong> duas partes. A primeira parte trata de evidenciar um<br />

panorama histórico <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de <strong>Marx</strong> e os produtos mais gerais de suas idéias, decorrentes<br />

desse desenvolvimento histórico, a fim de esclarecer o contexto de seu pensamento mais<br />

geral. A segun<strong>da</strong> parte apresenta a visão marxista do mundo anterior aos Manuscritos<br />

Econômicos- filosóficos. Nesta parte será possível entender como <strong>Marx</strong> via o Estado presente<br />

à época dividido <strong>em</strong> seus três poderes: o Soberano, o Governamental e o Judiciário.<br />

1.1 Panorama histórico<br />

Para que seja possível entender melhor como MARX elaborou sua teoria sobre a<br />

alienação, é de fun<strong>da</strong>mental importância saber <strong>em</strong> qual contexto o autor aplicava tal teoria.<br />

Para tanto, neste momento, buscar-se-á explicar como, no início de suas obras, <strong>Marx</strong> via a<br />

socie<strong>da</strong>de à sua volta. Serão usa<strong>da</strong>s como ponto de parti<strong>da</strong>s as obras A questão ju<strong>da</strong>ica,<br />

Contribuição a crítica <strong>da</strong> filosofia do direito de Hegel e A ideologia al<strong>em</strong>ã.<br />

Karl <strong>Marx</strong> nasceu <strong>em</strong> 1818 <strong>em</strong> uma família judia (religião que abandonou anos mais<br />

tarde). Na época, existia uma Berlim que estava muito longe de ser, como atualmente, uma<br />

socie<strong>da</strong>de totalmente presente e inseri<strong>da</strong> nos avanços europeus, era, ao contrário, uma<br />

socie<strong>da</strong>de retrógra<strong>da</strong>, preza a valores antiquados e domina<strong>da</strong> por uma socie<strong>da</strong>de burguesa que<br />

não tinha interesse <strong>em</strong> alterar a situação do país e a uma classe subjuga<strong>da</strong> incapaz de reverter<br />

sua situação:<br />

Berlim não era, naquela época, mais do que uma corte e vila<br />

militar, cuja população pequeno-burguesa se vingava com<br />

múrmuros maldosos e mesquinhos do servilismo covarde que<br />

test<strong>em</strong>unhava <strong>em</strong> público às carruagens e cortejos palacianos.<br />

(MEHRING, 1957: 34)<br />

A socie<strong>da</strong>de a que se refere Mehring é a que viveu <strong>Marx</strong> ain<strong>da</strong> criança, <strong>em</strong> meados<br />

dos anos de 1830, sendo que esta socie<strong>da</strong>de estava fort<strong>em</strong>ente influencia<strong>da</strong> pelo pensamento<br />

Hegeliano. Era uma Al<strong>em</strong>anha domina<strong>da</strong> pelas Dietas (parlamentos) provinciais, controlados<br />

principalmente pelos grandes proprietários de terras. Era uma socie<strong>da</strong>de que o próprio <strong>Marx</strong><br />

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