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A Meditação da Plena Atenção - Sociedade Budista do Brasil

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Quan<strong>do</strong> o ar fresco é bombea<strong>do</strong> para dentro e para fora <strong>do</strong>s<br />

pulmões também sentimos a expansão e contração de nossos pulmões,<br />

peito, abdômen e baixo ventre. O movimento de contração e<br />

expansão <strong>do</strong> abdômen, baixo ventre e peito faz parte <strong>do</strong> ritmo<br />

universal. Tu<strong>do</strong> no universo tem o mesmo ritmo de expansão e contração<br />

como nossa respiração e nosso corpo. To<strong>do</strong>s eles estão aparecen<strong>do</strong><br />

e desaparecen<strong>do</strong>. Entretanto, nossa atenção principal é o<br />

fenômeno <strong>do</strong> aparecimento e desaparecimento <strong>da</strong> respiração e <strong>da</strong>s<br />

pequenas partes de nossas mentes e corpos.<br />

Junto com a inspiração experimentamos um pequeno grau de<br />

calma. Esta calma se transforma em tensão se não expirarmos dentro<br />

de alguns momentos. Assim que expiramos a tensão é dissolvi<strong>da</strong>.<br />

Após a expiração experimentamos desconforto se demorarmos a<br />

inspirar ar fresco novamente. Portanto, sempre que os pulmões<br />

estiverem cheios devemos expirar e ca<strong>da</strong> vez que estiverem vazios<br />

devemos inspirar. Quan<strong>do</strong> inspiramos experimentamos certo grau de<br />

calma, o mesmo acontecen<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> expiramos. Desejamos calma e<br />

alívio <strong>da</strong>s tensões e não gostamos <strong>da</strong> tensão e <strong>da</strong> sensação que<br />

resulta <strong>da</strong> falta de ar. Desejamos que a calma dure bastante e a tensão<br />

desapareça o mais depressa possível. Mas nem a tensão se vai<br />

com rapidez e nem a calma permanece tanto quanto gostaríamos e<br />

novamente ficamos agita<strong>do</strong>s ou irrita<strong>do</strong>s porque desejamos que a<br />

calma retome e permaneça e a tensão vá embora rapi<strong>da</strong>mente e não<br />

volte mais. Isto nos mostra como até mesmo uma pequena <strong>do</strong>se de<br />

desejo de permanência, numa situação de impermanência, produz<br />

<strong>do</strong>r e infelici<strong>da</strong>de. Como não há um self para controlar a situação ficamos<br />

ain<strong>da</strong> mais desaponta<strong>do</strong>s. Entretanto, se apenas observarmos<br />

nossa respiração, sem desejar calma e sem se ressentir <strong>da</strong>s tensões<br />

que aparecem tanto na inspiração como na expiração, e experimentarmos<br />

apenas a impermanência, a insatisfatorie<strong>da</strong>de e a não<br />

existência de self de nossa respiração, nossa mente se toma calma e<br />

pacífica.<br />

A mente não permanece o tempo to<strong>do</strong> com a sensação <strong>da</strong><br />

respiração. Ela também se move para os sons, memórias, emoções,<br />

percepções, consciência e formações mentais. Quan<strong>do</strong> experimentamos<br />

esses esta<strong>do</strong>s, devemos nos esquecer <strong>da</strong> sensação <strong>da</strong> respiração<br />

e imediatamente focar nossa atenção nesses esta<strong>do</strong>s, um de<br />

ca<strong>da</strong> vez e não tu<strong>do</strong> ao mesmo tempo. Assim que eles desaparecerem,<br />

permitimos que a nossa mente retorne à respiração que é a<br />

base fun<strong>da</strong>mental, e para onde ela pode retonar <strong>da</strong>s longas ou breves<br />

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