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Séneca. Medeia - Universidade de Coimbra

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Ana Alexandra Alves <strong>de</strong> Sousa<br />

divinda<strong>de</strong> não intervém na esfera do humano, cabe ao<br />

homem optar por uma das duas vias possíveis. Assim,<br />

resultando o uitium <strong>de</strong> uma escolha, <strong>de</strong>le advirá sempre<br />

a punição. O que segue este caminho não po<strong>de</strong> fugir<br />

do castigo merecido, que receberá ainda em vida. Os<br />

estóicos não acreditavam em penas extra-terrenas.<br />

Relativamente à vida após a morte surgem duas<br />

hipóteses: que a morte é uma passagem ou que é o fim<br />

que nos <strong>de</strong>strói 5 . O suicídio só é aceite <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> bem<br />

pon<strong>de</strong>radas as condições em que o sábio vive. Os estóicos<br />

não po<strong>de</strong>m rejeitar a vida nem amá-la excessivamente.<br />

A morte não é bem, nem mal, encontra-se entre os<br />

indiferentes, grupo a que pertence tudo o que não tem<br />

utilida<strong>de</strong>, nem prejudica em si mesmo, mas existe na<br />

or<strong>de</strong>m racional da vida, como a vida, a doença, a saú<strong>de</strong>.<br />

Tanto o homem que segue a via do bem como o que<br />

segue o mal é abrangido pelos indiferentes.<br />

5 Sen. Ep. 75.24; 24.18; De Prov. 6.6.<br />

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