19.04.2013 Views

Séneca. Medeia - Universidade de Coimbra

Séneca. Medeia - Universidade de Coimbra

Séneca. Medeia - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

55<br />

<strong>Me<strong>de</strong>ia</strong><br />

Eu não cheguei sozinha. Se receias suportar uma guerra,<br />

expulsa-nos a ambos do reino. Porque diferencias<br />

dois culpados? É no interesse <strong>de</strong>le, não no meu, que<br />

[Pélias jaz morto.<br />

Acrescenta a isto a fuga, a pilhagem, o meu pai abandonado,<br />

o meu irmão mutilado, em suma, tudo o que este<br />

[marido ainda agora<br />

ensina às novas esposas. A responsabilida<strong>de</strong> não é minha:<br />

quantas vezes me comportei como criminosa, mas<br />

[nunca no meu interesse!<br />

Creonte<br />

Já <strong>de</strong>vias ter partido. Porque é que adias com a tua conversa?<br />

<strong>Me<strong>de</strong>ia</strong><br />

Antes <strong>de</strong> me ir embora, faço-te, suplicante, um apelo<br />

<strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro: que a culpa da mãe não arraste os inocentes filhos.<br />

Creonte<br />

Vai. Abraçá-los-ei contra o meu peito <strong>de</strong> progenitor,<br />

[como um pai.<br />

<strong>Me<strong>de</strong>ia</strong><br />

Pelo auspicioso leito do tálamo real, pelas tuas esperanças<br />

do futuro e pela estabilida<strong>de</strong> dos reinos,<br />

que a volúvel Fortuna altera com as suas mudanças<br />

caprichosas, eu suplico, conce<strong>de</strong> à fugitiva um ligeiro atraso,<br />

275<br />

280<br />

285

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!