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Versão em PDF - Partido Social Democrata

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não é o Estado que cria o <strong>em</strong>prego. A ideia de que pod<strong>em</strong>os colocar todas as pessoas<br />

no Estado, administração central ou Camaras Municipais é uma péssima ideia porque<br />

nesse caso nós não teríamos criação de <strong>em</strong>prego, nas <strong>em</strong>presas que pagass<strong>em</strong> os<br />

impostos necessários para pagar ás pessoas colocadas nessas circunstâncias…<br />

Nós sab<strong>em</strong>os que o <strong>em</strong>prego virá da retoma da economia mas não pod<strong>em</strong>os simplesmente<br />

ficar à espera da retoma da economia, nós estamos a contar que 2013 seja<br />

o ano da recuperação económica e portanto até ao final deste ano, nós assistir<strong>em</strong>os, é<br />

a nossa convicção, à inversão da trajectória negativa, mas até lá t<strong>em</strong>os de ter respostas<br />

sociais para qu<strong>em</strong> está des<strong>em</strong>pregado. Nós t<strong>em</strong>os conseguido, nas alterações que<br />

t<strong>em</strong>os vindo a fazer de acordo com o que estava no m<strong>em</strong>orando de entendimento,<br />

t<strong>em</strong>os procurado concretizar para aqueles casais <strong>em</strong> que estão ambos na situação de<br />

des<strong>em</strong>prego, uma majoração nos subsídios de des<strong>em</strong>prego.<br />

É verdade, encurtámos o que estava previsto e negociado no m<strong>em</strong>orando de<br />

entendimento, o prazo durante o qual é processado o subsidio de des<strong>em</strong>prego, é<br />

verdade sim senhor. É verdade que reduzimos a partir de determinado período o valor<br />

do subsidio de des<strong>em</strong>prego, tal como estava negociado e previsto, mas também é<br />

verdade que conseguimos que a troika compreendesse que era importante estender<br />

esse prazo para situações muito especiais e cobrir maiores riscos sociais quando as<br />

famílias têm ambos os cônjuges na situação de des<strong>em</strong>prego.<br />

É preciso ir mais longe. Apresentámos <strong>em</strong> Bruxelas um programa que visa criar<br />

oportunidades de formação e de estágio profissional a milhares de jovens portugueses.<br />

Empreend<strong>em</strong>os um programa de revitalizar, que apoiando justamente as <strong>em</strong>presas<br />

<strong>em</strong> maiores dificuldades (mas que têm fiabilidade económica), possam, não só conservar<br />

o <strong>em</strong>prego que têm, mas mais rapidamente criar novas oportunidades de mais<br />

<strong>em</strong>prego; e t<strong>em</strong>os um compromisso social de levar mais longe as politicas activas<br />

de <strong>em</strong>prego, não apenas para os jovens mas para aqueles também que, com mais<br />

de 45 anos e fracas qualificações, enfrentam hoje um espectro de um des<strong>em</strong>prego<br />

prolongado. É o que estamos a fazer, apresentámos na sequência do acordo tripartido<br />

uma revisão do sist<strong>em</strong>a de funcionamento dos centros de <strong>em</strong>prego e estamos a trabalhar<br />

activamente na economia para revolucionar, os sist<strong>em</strong>as de aprendizag<strong>em</strong> e<br />

de formação profissional de modo a garantir verdadeiras oportunidades de <strong>em</strong>prego<br />

àqueles que mais precisam.<br />

Até lá é importante recordar na restruturação que foi <strong>em</strong>preendida e ainda está<br />

a ter lugar no sector <strong>em</strong>presarial do Estado, que está sobretudo nos transportes <strong>em</strong><br />

que teve de haver aumentos significativos. Nós, no prazo de um ano, conhec<strong>em</strong>os<br />

aumentos de quase 30% no sector <strong>em</strong>presarial do Estado no sector dos transportes<br />

mas é importante dizer (o ministro da Economia disse-o várias vezes), nós conseguimos<br />

que quase 1 milhão de portugueses mais carenciados tivess<strong>em</strong> acesso a um passe<br />

social que lhes garantia um preço ainda mais baixo do que aquele que existia antes<br />

dos aumentos que foram realizados.<br />

Claro, acabámos com algumas injustiças: porque haveria de ter acesso a um passe<br />

social, alguém que dele beneficia, só por ter mais de uma certa idade e no entanto,<br />

pertencer a um escalão de rendimento muito elevado? Porque deverão os portugueses<br />

com mais dificuldades pagar impostos, para que aqueles que têm mais rendimentos<br />

(só porque têm mais de 65 anos) possam deslocar-se a preços mais favoráveis? Isso<br />

acabou, as prestações sociais desta natureza não têm de ser universais, têm de estar<br />

destinadas para aqueles que mais precisam e é essa a consciência social que nós<br />

t<strong>em</strong>os vindo a utilizar. Qu<strong>em</strong> mais precisa também são aqueles que tinham pensões<br />

mínimas mais degradadas, essas pensões que nos governos que clamavam ter maior<br />

consciência social, ficaram congeladas, foram descongeladas por este governo <strong>em</strong><br />

2012 e portanto os mais carenciados tiveram actualizações das suas pensões. Mas nós<br />

sab<strong>em</strong>os que isso não chega! Mas deix<strong>em</strong>-me dizer, nunca far<strong>em</strong>os d<strong>em</strong>agogia com as<br />

pressões sociais e por essa razão o que posso dizer hoje ao País é que continuar<strong>em</strong>os<br />

a actuar com equidade, de acordo com as nossas possibilidades.<br />

Nós quer<strong>em</strong>os aumentar o leque dessas possibilidades e isso faz-se pondo a nossa<br />

economia a crescer. Se os salários crescer<strong>em</strong> mais do que a produtividade, o País<br />

saberá que é preciso trabalhar mais e melhor, para criar a riqueza necessária para<br />

que possamos apoiar mais aqueles que mais precisam; e é esse o projecto <strong>em</strong> que<br />

nós estamos a trabalhar para Portugal. Esse projecto é ambicioso, nós não estamos a<br />

correr um “sprint”, o que t<strong>em</strong>os a fazer <strong>em</strong> Portugal é uma corrida de fundo, é uma<br />

verdadeira maratona, Faz parte da natureza das coisas que a Oposição tenha mais<br />

pressa e que o Governo tenha menos pressa mas quer se esteja na Oposição quer<br />

se esteja no Governo, qu<strong>em</strong> começa a correr depressa d<strong>em</strong>ais uma maratona, fica<br />

b<strong>em</strong> durante uns minutos, afrente da corrida, mas normalmente não chega ao fim. A<br />

revolução tranquila que faz<strong>em</strong>os <strong>em</strong> Portugal, é uma corrida de fundo, não pod<strong>em</strong>os<br />

começar a correr depressa d<strong>em</strong>ais agora, mas t<strong>em</strong>os de liderar, t<strong>em</strong>os de estar na<br />

dianteira a marcar o passo.<br />

É o que estamos a fazer. Estamos a dizer a Portugal “nós não vamos voltar para<br />

trás, vamos honrar os nossos compromissos e vamos fazer esta agenda de transformação<br />

estrutural que impedirá que Portugal volte a ser o que já foi, nós t<strong>em</strong>os de<br />

deitar esse passado para trás das costas. Nós quer<strong>em</strong>os uma sociedade mais aberta<br />

e mais d<strong>em</strong>ocrática, uma sociedade que exporte mais do que hoje exportamos, <strong>em</strong><br />

que haja mais mobilidade social do que aquela que t<strong>em</strong>os hoje; <strong>em</strong> que se pr<strong>em</strong>eie<br />

melhor e mais o mérito; e <strong>em</strong> que se acolham melhor as boas ideias.<br />

Nós quer<strong>em</strong>os uma sociedade que aposte no conhecimento, nas redes de conhecimento<br />

e na economia verde, porque é aí também que se acrescenta valor, não é<br />

uma obrigação cumprir metas externas, nós faz<strong>em</strong>o-lo com gosto, se conseguirmos<br />

depender menos dos combustíveis fósseis nós estamos a pagar menos ao exterior e<br />

ao mesmo t<strong>em</strong>po estamos a ser mais eficientes e a apostar no desenvolvimento da<br />

nossa ciência, das nossas <strong>em</strong>presas, das nossas próprias capacidades. Ser ambiciosos<br />

nessa economia, essa economia verde é atingir o nosso resultado mais cedo do que<br />

aquilo que estaria previsto.<br />

As transformações na economia<br />

e as questões europeias<br />

XXXIV CONGRESSO NACIONAL<br />

Quer<strong>em</strong>os uma economia também que volte a apostar no chamado lado real da<br />

economia e não meramente na área financeira, por isso falamos na moção de estratégia<br />

numa politica industrial e quer<strong>em</strong>os aproximar-nos de todos aqueles países,<br />

nomeadamente na Europa, que têm uma grande experiencia e bons resultados nessa<br />

matéria, nós não t<strong>em</strong>os nenhum probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> aprender com qu<strong>em</strong> fez melhor que nós,<br />

não nos cai<strong>em</strong> os parentes à lama, não sei se isto ofende os ouvidos assim de algum<br />

analista mais exigente, não nos cai<strong>em</strong> os parentes na lama por querer aprender com<br />

outros Países que fizeram b<strong>em</strong> o seu trabalho de casa e hoje são mais competitivos<br />

e têm melhores condições para crescer, como é o caso da Al<strong>em</strong>anha.<br />

É verdade, nós pensamos que a Al<strong>em</strong>anha fez b<strong>em</strong> o seu trabalho de casa e gostamos<br />

de aprender com a Al<strong>em</strong>anha aquilo que são as boas práticas na área industrial<br />

e na área da formação profissional, como quer<strong>em</strong>os aprender com outros países da<br />

Europa, porque estamos juntos na Europa pelo mesmo projecto europeu.<br />

Também na Europa nós t<strong>em</strong>os uma corrida de fundo, ultimamente t<strong>em</strong>-se dedicado<br />

muito t<strong>em</strong>po a saber se a Europa t<strong>em</strong> futuro ou não, já não é só Portugal ou a<br />

Irlanda ou a Grécia, é se a Europa t<strong>em</strong> futuro ou não. Eu acredito no futuro da Europa<br />

e sei, do que tenho visto, que os líderes europeus têm conseguido estar de acordo<br />

naquilo que é essencial.<br />

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