Versão em PDF - Partido Social Democrata
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t<strong>em</strong>po, para não dizer <strong>em</strong> muitos anos, não ouvimos<br />
dizer que a adesão à greve tinha sido de 30% ou de<br />
60% ou de 70% ou de 25%, o Governo diz que é uma,<br />
os sindicatos diz<strong>em</strong> que é outra.<br />
Acabou essa guerra. Respeitamos a decisão de qu<strong>em</strong><br />
faz greve. Entend<strong>em</strong>os que não é disso que o País precisa,<br />
mas respeitamos os direitos constitucionais dos portugueses,<br />
mas claro respeitamos os direitos daqueles que<br />
optaram por não fazer greve e por lutar por Portugal,<br />
por trabalhar e acrescentar produto no País quando nós<br />
precisamos de aumentar a nossa riqueza. Esses, confesso,<br />
merec<strong>em</strong> também porventura um respeito tão<br />
grande ou maior. Esses não terão ficado desapontados<br />
por não nos t<strong>em</strong>os envolvido numa guerra de números,<br />
mas logo uns quantos articulistas disseram: “O Governo<br />
combate a greve não deixando dar números e portanto<br />
não permitindo fazer o balanço desta greve”.<br />
Eu julgo que Portugal dispensa b<strong>em</strong> essa mediação,<br />
Portugal sabe o que se passou e quer seguir <strong>em</strong> frente<br />
porque sabe o que está <strong>em</strong> causa e nós estamos sintonizados<br />
com esse sentimento de Portugal.<br />
Estamos portanto a cumprir, independent<strong>em</strong>ente daquilo<br />
que podia ser mais interessante para o próprio PSD.<br />
Uma referência especial à Madeira<br />
Quero aqui fazer uma observação muito especial<br />
porque creio que ela é merecida e muito notada, relativamente<br />
ao que se passou na Região Autónoma da<br />
Madeira. Muita gente entendeu que perante o que se<br />
estava a passar na Região Autónoma da Madeira nós<br />
haveríamos de ter um comportamento partidário, não<br />
tiv<strong>em</strong>os. O Doutor Alberto João Jardim que é Presidente<br />
do Governo Regional e Presidente do PSD Madeira e que<br />
aqui está sabe-o. Nós olhámos ao interesse do País e<br />
olhámos também à situação dos portugueses na Madeira.<br />
Não olhámos a privilégios de partido, toda a gente o sabe<br />
e sinto um orgulho particular que o PSD da Madeira esteja<br />
hoje <strong>em</strong>penhado <strong>em</strong> cumprir um programa que é difícil,<br />
que é muito difícil, mas que é indispensável para poder<br />
voltar a colocar a Madeira numa zona de crescimento e<br />
de estabilidade.<br />
Quero por isso, afiançar aos portugueses que não<br />
nos guiando por critérios partidários, não deixámos de<br />
fazer o que era necessário: mostrar solidariedade com os<br />
portugueses da Madeira, com os madeirenses, e apoiar<br />
os esforços que o Governo escolhido pelos eleitores da<br />
Madeira poder cumprir o programa que é um programa<br />
difícil e de grande exigência.<br />
Na altura, não resisto aqui a dizê-lo, o doutor Alberto<br />
João Jardim disse-me o seguinte: “Passos Coelho, você<br />
vai ver, ainda você vai andar aflito para cumprir o m<strong>em</strong>orando<br />
da troika e eu hei-de cumprir este programa<br />
na Madeira”.<br />
Doutor Alberto João Jardim, eu espero que tenha<br />
XXXIV CONGRESSO NACIONAL<br />
razão na segunda parte, isto é, <strong>em</strong> que a Madeira vai<br />
cumprir o seu programa; e que não tenha razão na outra,<br />
quer dizer, que nós também consigamos, como eu sei<br />
que vamos cumprir, o programa <strong>em</strong> todo o País.<br />
Estamos, portanto, <strong>em</strong> condições de dizer a Portugal<br />
que se não estamos ainda naquela posição de nãoreversão<br />
da nossa luta por cumprir com o m<strong>em</strong>orando de<br />
entendimento, estamos, no entanto, muito conscientes<br />
de que estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance<br />
para cumprir. E eu sei que a relação que se passou<br />
a estabelecer entre o País e o nosso Governo, e desde<br />
logo com as obrigações especiais que o PSD t<strong>em</strong>, isto<br />
é, de que se nós falharmos, é o país que falha. De que<br />
essa responsabilidade grande que o PSD t<strong>em</strong>, o PSD não<br />
deixará de dar boa conta dela; e não deixar<strong>em</strong>os o País<br />
com uma mão à frente e outra atrás, s<strong>em</strong> saber o que<br />
lhe vai acontecer. O País sabe que t<strong>em</strong> um Governo que<br />
vai lutar por Portugal, e custe o que custar, nós vamos<br />
cumprir, para que os portugueses possam sair da situação<br />
<strong>em</strong> que estão.<br />
“Mas estamos também a cumprir no nosso<br />
partido e isso é importante dizê-lo!”<br />
Mas estamos também a cumprir no nosso partido e<br />
isso é importante dizê-lo. Quando há dois anos saímos<br />
do Congresso de 2010, saímos, como disse no início, com<br />
o propósito de unir o <strong>Partido</strong> numa imag<strong>em</strong> que ficou<br />
b<strong>em</strong> presente ao longo destes anos, com o envolvimento<br />
directo e ao mais alto nível daqueles que comigo disputaram<br />
essas eleições há dois anos: o Paulo Rangel e o<br />
José Pedro Aguiar Branco.<br />
Nós tiv<strong>em</strong>os também um mandato para rever o nosso<br />
programa e para rever os nossos estatutos e é isso que<br />
vamos cumprir neste Congresso, não num Congresso<br />
antecipado como chegámos a pensar que poderíamos<br />
fazer especificamente para isso. Não faria sentido que<br />
estando Portugal na altura mergulhado numa crise política,<br />
nós convocáss<strong>em</strong>os um Congresso para discutir o<br />
nosso programa e os nossos estatutos.<br />
Fomos, portanto, preparar as eleições legislativas e<br />
o Governo, mas cá estamos a cumprir perante todos os<br />
militantes e simpatizantes com aquilo que foi anunciado<br />
na altura. Recordam-se que o Doutor Aguiar Branco ficou<br />
responsável por essa tarefa imensa que foi a de desencadear<br />
um extr<strong>em</strong>amente amplo debate dentro do partido<br />
e aberto a simpatizantes e a outras personalidades de<br />
fora do PSD para justamente nos permitir fazer hoje a<br />
revisão do nosso programa. Esse trabalho, que eu não<br />
posso deixar de enaltecer, que no Conselho Nacional<br />
que aprovou o texto que agora aqui vos submet<strong>em</strong>os<br />
foi bastante detalhado, e que (de resto) consta de uma<br />
publicação que circulou para que toda a discussão estivesse<br />
acessível a todos os militantes.<br />
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