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Versão em PDF - Partido Social Democrata

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XXXIV CONGRESSO NACIONAL<br />

XXXIV Congresso do <strong>Partido</strong> <strong>Social</strong> D<strong>em</strong>ocrata<br />

O Congresso do PSD, tendo cumprido tudo o que se<br />

esperava das suas linhas programáticas e terminando,<br />

s<strong>em</strong> sombra de dúvida, com um <strong>Partido</strong> mais unido, mais<br />

esclarecido e dotado de organismos e disposições que<br />

o tornam mais apto e mais eficiente para enfrentar os<br />

probl<strong>em</strong>as novos destes t<strong>em</strong>pos novos, foi - pode dizer-se<br />

s<strong>em</strong> exageros, n<strong>em</strong> optimismo exagerado – um sucesso.<br />

A eleição directa do Presidente, tirou ao Congresso<br />

a função de escolha da pessoa que vai dirigir o PSD nos<br />

próximos dois anos, o que “entristeceu” a comunicação<br />

social, s<strong>em</strong>pre sequiosa de confrontos, de acontecimentos<br />

que possam dar grandes títulos ou reportagens. O<br />

“Povo Livre” ouviu uma distinta “pivot” da TV, afirmar<br />

que lhe faltou “a pimenta, o picante…”. Mas o Congresso<br />

mant<strong>em</strong> a missão de escolher o mais importante dos<br />

órgãos do <strong>Partido</strong> entre Congressos – o Conselho Nacional<br />

– b<strong>em</strong> como todos os outros não-dependentes directamente<br />

do Presidente e, acima de tudo, foi um fórum <strong>em</strong><br />

que as grandes questões da actualidade partidária foram<br />

discutidas abertamente, com um olhar já dirigido para a<br />

luta autárquica que se aproxima.<br />

Num momento <strong>em</strong> que o <strong>Partido</strong> lidera a coligação<br />

de Governo e o Presidente é o Primeiro-Ministro, a maior<br />

dedicação do seu t<strong>em</strong>po pertence ao País e assim, para<br />

de alguma forma lhe “aliviar” a carga dos seus deveres<br />

no PSD, Passos Coelho passou parte dessas tarefas ao<br />

Primeiro Vice-Presidente, que fica assim com a missão<br />

de coordenar as actividades correntes do <strong>Partido</strong>, com o<br />

Secretário-Geral José Matos Rosa, nomeado para substituir<br />

interinamente Miguel Relvas e agora confirmado<br />

pelo voto do Congresso, uma nomeação feliz, para qu<strong>em</strong><br />

– ao longo de uma carreira s<strong>em</strong> mácula – junta á sua<br />

grande capacidade técnica e política, a estima e a total<br />

consideração de todos os sociais-d<strong>em</strong>ocratas.<br />

Escolhido para a coordenação, foi o Primeiro Vice-<br />

Presidente da Comissão Política Nacional, Jorge Moreira<br />

da Silva, ainda um jov<strong>em</strong>, mas com uma vasta experiência<br />

política e provas dadas, que lhe vão permitir, da<br />

melhor forma, des<strong>em</strong>penhar as suas funções.<br />

Paula Teixeira da Cruz, também inundada de trabalho<br />

na Justiça, sai da CPN, para melhor se poder dedicara,<br />

s<strong>em</strong> distracções, às profundas reformas que está a fazer<br />

<strong>em</strong> todo o sist<strong>em</strong>a judicial português, uma das áreas<br />

mais sensíveis e difíceis de toda a governação nacional.<br />

O Congresso foi marcado por algumas intervenções<br />

mais mediáticas, como por ex<strong>em</strong>plo, os discursos de<br />

Alberto João Jardim, Berta Cabral (Açores), Luis Filipe<br />

Menezes e Paulo Rangel, que resultaram <strong>em</strong> longos e<br />

entusiásticos aplausos, mas fundamentalmente, pelas<br />

alocuções do Presidente do <strong>Partido</strong> e Primeiro-Ministro,<br />

Pedro Passos Coelho, que fez dois discursos de fundo,<br />

como é da praxe – na abertura e fecho do Congresso; e<br />

ainda duas mais breves intervenções no Sábado.<br />

A abertura do Congresso<br />

“PSD, partido de causas e Portugal s<strong>em</strong>pre<br />

primeiro”<br />

Pouco passava das 21 h. de sexta-feira, quando o<br />

Presidente da Mesa, Fernando Ruas, deu início aos trabalhos,<br />

seguindo-se o Presidente da CPD de Lisboa, que na<br />

sua qualidade de anfitrião, deu as boas-vindas a todos os<br />

presentes, e desejou “um trabalho proveitoso, a b<strong>em</strong> do<br />

nosso <strong>Partido</strong> e também do País”, e disse da sua satisfação<br />

e orgulho <strong>em</strong> ali estar, representando uma Distrital<br />

como a de Lisboa, que t<strong>em</strong> uma evidente importância<br />

pelo que representa no coração e na História do PSD.<br />

Na sala já se encontravam os antigos Presidentes,<br />

Marcelo Rebelo de Sousa e Luis Filipe Menezes e, sentado<br />

na primeira fila, ao lado de Passos Coelho, o Presidente<br />

do CDS-PP, Paulo Portas, especialmente convidado pelo<br />

Presidente e que, com a sua presença, materializou da<br />

melhor forma, s<strong>em</strong> necessidade de palavras, a unidade<br />

e o clima de total entendimento e cooperação, entre os<br />

dois <strong>Partido</strong>s, no exercício do Governo de Portugal.<br />

Paulo Portas falou aos jornalistas à chegada ao<br />

Congresso onde, de forma inédita, se deslocou para a<br />

2<br />

abertura da reunião magna dos sociais-d<strong>em</strong>ocratas, para<br />

assistir ao discurso de abertura do líder social-d<strong>em</strong>ocrata<br />

e Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.<br />

“O Primeiro-Ministro convidou-me para assistir ao<br />

discurso inaugural que ele fará no congresso do PSD e<br />

eu aceitei esse convite; tenho uma relação com o doutor<br />

Pedro Passos Coelho que é de confiança mútua e, portanto,<br />

quer o convite, quer a aceitação são um sinal disso”,<br />

afirmou, concluindo as (únicas) declarações que faria:<br />

“Uma das grandes vantagens de Portugal é ter um<br />

Governo que é sólido, que é maioritário e que é estável”,<br />

declarou Portas.<br />

Foi então a ocasião da primeira grande intervenção<br />

de Pedro Passos Coelho, apresentando a sua proposta de<br />

Estratégia Global, começando por o que chamou “uma<br />

prestação de contas” no balanço da sua liderança do<br />

<strong>Partido</strong> e dos seus nove meses de liderança do Executivo,<br />

sustentando que cumpriu as suas promessas, tanto no<br />

PSD, como no Governo.<br />

Foi, como diria <strong>em</strong> comentário, o ex-Presidente<br />

Marcelo Rebelo de Sousa, um b<strong>em</strong> discurso “virado para<br />

dentro (i.e., para o <strong>Partido</strong>) e que, certamente, na sua<br />

última intervenção - no Domingo – falaria mais “olhando<br />

para fora”, ou seja, para Portugal e o Mundo, na perspectiva<br />

de qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> de governar e guiar o nosso País<br />

nas águas tumultuosas da realidade actual.<br />

O discurso de abertura do Presidente<br />

“Nestes dois anos nós cumprimos”, começou por<br />

afirmar, referindo-se ao seu primeiro mandato como<br />

presidente do PSD. “Nestes nove meses, nós no Governo<br />

t<strong>em</strong>os cumprido com aquilo que promet<strong>em</strong>os”,<br />

acrescentou.<br />

A propósito dos seus dois anos à frente do PSD,<br />

Passos Coelho recordou o apoio dos sociais-d<strong>em</strong>ocratas<br />

à recandidatura de Cavaco Silva a Belém, suscitando<br />

aplausos dos congressistas.<br />

“Cumprimos também, ainda estávamos na oposição,<br />

quando escolh<strong>em</strong>os apoiar Cavaco Silva para renovar o<br />

seu mandato como Presidente da República”, considerou<br />

o presidente do PSD, acrescentando: “Apoiámo-lo porque<br />

sabíamos que seria o melhor Presidente da República<br />

para Portugal”.<br />

Passos Coelho alegou ter colocado “Portugal <strong>em</strong><br />

primeiro lugar”, quando necessário <strong>em</strong> detrimento do<br />

partido: “Não pensámos no PSD quando nos apresentámos<br />

nas eleições a dizer que íamos cumprir um programa<br />

de austeridade. Não foi a pensar no PSD que, antes disso,<br />

criámos condições para que houvesse estabilidade política<br />

<strong>em</strong> Portugal, apesar de não estarmos no Governo.<br />

Não foi no PSD que pensámos quando apoiámos Cavaco<br />

Silva, foi a pensar <strong>em</strong> Portugal e nos portugueses”.<br />

O líder do PSD reconheceu hoje que os portugueses<br />

têm sido “compreensivos” com sacrifícios que lhes têm<br />

saído do “lombo”, e apesar de uma oposição a qu<strong>em</strong><br />

“tudo parece um prego” porque “anda s<strong>em</strong>pre com um<br />

martelo na mão”.<br />

“Aqueles que há um ano diziam que o primeiro trimestre<br />

era atípico e que não refletia toda a informação<br />

são os primeiros agora a anunciar o caos do Orçamento.<br />

Costuma-se dizer que qu<strong>em</strong> anda s<strong>em</strong>pre com um<br />

martelo na mão, tudo lhe parece um prego”, afirmou<br />

Passos Coelho.<br />

No discurso de abertura do Congresso do PSD, <strong>em</strong><br />

Lisboa, o presidente social-d<strong>em</strong>ocrata, reconheceu, com<br />

“muita humildade, mas ao mesmo t<strong>em</strong>po com muito<br />

orgulho”, que “apesar das marteladas”, os portugueses<br />

“têm sido compreensivos e pacientes” e não quer<strong>em</strong><br />

“flexibilizar” n<strong>em</strong> “pedir mais t<strong>em</strong>po”, mas agir como<br />

“gente honrada”.<br />

“Está-nos a sair do lombo, está-nos a sair da pele.<br />

Nós sab<strong>em</strong>os o que t<strong>em</strong> custado <strong>em</strong> Portugal cumprir<br />

estes objetivos e sab<strong>em</strong>os que t<strong>em</strong>os que continuar a ser<br />

exigentes e atentos para não falhar”, declarou.<br />

O líder social-d<strong>em</strong>ocrata e Primeiro-Ministro afirmou<br />

que os portugueses sab<strong>em</strong> que é preciso “lutar todos os<br />

dias para chegar onde é preciso”, e que isso não se faz<br />

falando “<strong>em</strong> flexibilizar, <strong>em</strong> adaptar, <strong>em</strong> ter mais t<strong>em</strong>po,<br />

<strong>em</strong> renegociar, <strong>em</strong> desistir”.<br />

“É porque nós não desistimos, não quer<strong>em</strong>os renegociar,<br />

não quer<strong>em</strong>os fazer essa flexibilização, nós<br />

quer<strong>em</strong>os ser exigentes e intransigentes no cumprimento<br />

das nossas obrigações. É assim que gente honrada faz, é<br />

assim que qu<strong>em</strong> quer o crédito reconhecido pelos outros<br />

t<strong>em</strong> que fazer, é o que os portugueses estão a fazer com<br />

o nosso Governo”, defendeu.<br />

Passos Coelho sublinhou que se pode “facilitar”,<br />

apesar do “reconhecimento externo” de que o Governo<br />

dominou a “situação”, e “ninguém t<strong>em</strong> dúvidas fora<br />

de Portugal de que este Governo está absolutamente<br />

comprometido com aquelas metas”.

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