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Versão em PDF - Partido Social Democrata

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XXXIV CONGRESSO NACIONAL<br />

Ora, nós quer<strong>em</strong>os ser um País aberto à globalização,<br />

atento às oportunidades de vencer no exterior. Seja<br />

dentro da Europa, de que faz<strong>em</strong>os parte, seja noutros<br />

mercados e noutros continentes, então nós t<strong>em</strong>os de<br />

mudar estruturalmente a nossa sociedade. Por isso eu<br />

estou <strong>em</strong> condições, neste Congresso, de afirmar que<br />

também aqui estamos a cumprir, porque mudámos<br />

de atitude. O País sabe, apesar de alguma informação,<br />

que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é tão clara e tão precisa quanto o País<br />

merecia que fosse, nós conseguimos mudar de atitude e<br />

dizer o Estado não protege nenhum sector da economia<br />

e não protege mesmo.<br />

O Estado está a proceder a uma ampla reforma,<br />

dentro de si próprio. Quero recordar que criámos um<br />

Conselho de Finanças Públicas que é verdadeiramente<br />

independente do Governo, não é nomeado pelo Ministro<br />

6<br />

das Finanças. Esse Conselho de Finanças Públicas que<br />

integra dois reputados técnicos marco-economistas<br />

estrangeiros foi proposto pelo Governador do Banco de<br />

Portugal e pelo Presidente do Tribunal de Contas. Foram<br />

essas duas entidades independentes que nomearam<br />

estas individualidades que faz<strong>em</strong> parte do Conselho.<br />

Ele não existe para fazer de conta que as nossas contas<br />

estão b<strong>em</strong>, ele existe para dizer de forma séria e directa<br />

o que tiver de dizer. Não é um boneco nas mãos do<br />

Governo, é uma entidade independente e respeitável.<br />

Fiz<strong>em</strong>os o mesmo para revolucionar tudo o que são<br />

nomeações dentro da administração do Estado. Durante<br />

muitos anos e por opção própria de outro Governo, os<br />

directores-gerais e os lugares dirigentes da administração<br />

do Estado mudavam com os Governos, tinham de<br />

ser de confiança política. Pois b<strong>em</strong>, com este Governo,<br />

nós fomos buscar uma Comissão independente para<br />

fazer a selecção e o recrutamento dos futuros dirigentes<br />

da administração. Quero aqui recordar que a pessoa<br />

que convidámos para presidir a essa comissão, que é o<br />

Professor João Bilhim, não pode ser mais independente<br />

do Governo, como prova a sua própria história. E foi ele<br />

mesmo que propôs todos os nomes que fazer parte dessa<br />

Comissão; desengan<strong>em</strong>-se portanto aqueles que acham,<br />

talvez vendo a sua imag<strong>em</strong> reflectida no espelho, que<br />

far<strong>em</strong>os como no passado. Mudamos a lei para que fique<br />

tudo na mesma. Não, nós mudámos o processo para que<br />

nada fique na mesma. Os representantes que irão fazer<br />

a selecção e recrutamento dos futuros dirigentes são<br />

pessoas independentes do Governo - e nós saber<strong>em</strong>os<br />

que até final de 2013, não com outro Governo, mas<br />

com este, todos os dirigentes da administração central<br />

estarão nomeados <strong>em</strong> função do mérito, por concurso<br />

realizado por uma entidade que não é o Governo, mas<br />

que é independente do Governo.<br />

Fiz<strong>em</strong>os portanto um bom ex<strong>em</strong>plo de mudança<br />

de atitude, mostrámos ao País que, s<strong>em</strong> nenhuma<br />

arrogância conseguimos fazer uma revolução tranquila<br />

<strong>em</strong> Portugal e de facto, exame regular após exame regular,<br />

nós vamos cumprindo todas as metas a que nos<br />

propus<strong>em</strong>os. T<strong>em</strong>os a garantia de que a mudança que<br />

estamos a realizar, da justiça à educação, daquilo que são<br />

as regras da concorrência até à organização do território,<br />

tudo o que envolve a avaliação de mérito e a separação<br />

entre o que é o Estado e os poderes da sociedade, nós<br />

estamos a cumprir e estamos a cumprir porque Portugal<br />

não pode voltar àquilo que era.<br />

Nessa medida, eu estou convencido que nós mostrámos<br />

que somos amigos da tolerância, da abertura, do<br />

verdadeiro diálogo, s<strong>em</strong> nunca por <strong>em</strong> causa os resultados<br />

a que t<strong>em</strong>os de chegar, de mudança estrutural da<br />

sociedade portuguesa.<br />

Nesta última greve que teve lugar na véspera da<br />

realização deste Congresso nós aperceb<strong>em</strong>o-nos de uma<br />

certa desorientação espelhada até na própria comunicação<br />

social, pelo facto de desta vez não termos entrado<br />

numa guerra de números. Pela primeira vez <strong>em</strong> muito

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