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Versão em PDF - Partido Social Democrata

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O PSD e o Governo<br />

Vítor Gaspar nos Estados Unidos<br />

“Vamos cumprir as nossas obrigações,<br />

é a única maneira de ganhar credibilidade<br />

e confiança”<br />

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, foi terça-feira ao Congresso dos Estados<br />

Unidos mostrar os resultados do programa de ajuda externa a Portugal, depois de ter<br />

passado também pela Reserva Federal, Tesouro e Fundo Monetário Internacional (FMI).<br />

Devin Nunes, congressista luso-americano que participou na ida ao Congresso, que<br />

não constava da agenda pública do ministro <strong>em</strong> Washington, disse à agência Lusa que<br />

Vítor Gaspar se avistou com o chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Representantes<br />

e com Jeb Hensarling, congressista republicano influente no comité financeiro,<br />

salientando a estabilidade política <strong>em</strong> torno do programa económico português.<br />

“Do ponto de vista de um observador, é bom que os três principais partidos estejam<br />

todos a apoiar este plano económico”, disse à Lusa Devin Nunes, sobre a mensag<strong>em</strong><br />

deixada pelo ministro das Finanças no Congresso.<br />

Hensarling, republicano do Texas, é m<strong>em</strong>bro do Comité de Serviços Financeiros da<br />

Câmara dos Representantes e um dos nomes mais falados para presidir ao organismo<br />

depois das próximas eleições, <strong>em</strong> Nov<strong>em</strong>bro.<br />

Nunes, que t<strong>em</strong> estado ligado a vários encontros de governantes portugueses<br />

no Congresso, elogia o trabalho recente feito pelas autoridades portuguesas <strong>em</strong><br />

Washington junto do poder legislativo norte-americano, a propósito do programa de<br />

ajuda externa.<br />

“O que <strong>em</strong>baixador [Nuno Brito], o ministro das Finanças e o ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros [Paulo Portas] muito b<strong>em</strong> fizeram é mostrar de maneira convincente<br />

porque é que Portugal é diferente da Grécia. T<strong>em</strong> sido a principal mensag<strong>em</strong> aos<br />

congressistas com qu<strong>em</strong> trabalho para que percebam que há diferenças, grandes<br />

diferenças, entre Portugal e a Grécia”, afirmou.<br />

“Esperamos e quer<strong>em</strong>os que todos os países europeus saiam desta crise de<br />

dívida, tal como quer<strong>em</strong>os nós sair da nossa crise de dívida, mas até agora parece,<br />

pelo que foi apresentado, que Portugal tomou as decisões difíceis”, adiantou Nunes,<br />

republicano da Califórnia.<br />

No seu segundo dia <strong>em</strong> Washington, Vítor Gaspar furtou-se a contactos com a<br />

imprensa.<br />

Reuniu-se durante a manhã com o “staff” do FMI que acompanha o programa de<br />

ajuda a Portugal, depois de na noite de segunda-feira se ter avistado com a direção<br />

do Fundo, segundo disse à Lusa fonte do organismo.<br />

Também estes encontros não foram incluídos na agenda pública do Ministro, na<br />

capital norte-americana.<br />

Antes da partida para Lisboa, reuniu-se ainda com o secretário do Tesouro norteamericano,<br />

Timothy Geithner.<br />

Sobre o encontro de segunda-feira com o presidente da Reserva Federal norteamericana,<br />

Ben Bernanke, Gaspar disse ter sido apenas “uma troca de informações e<br />

análise sobre Portugal e Europa e Estados Unidos”.<br />

O programa público do ministro das Finanças começou num “think tank”, o Insti-<br />

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tuto Peterson de Economia Internacional, onde deu uma palestra intitulada “Portugal:<br />

Ganhando Credibilidade e Competitividade”, explicando as medidas tomadas pelo país<br />

para cumprir o programa de ajuda externa e os resultados alcançados.<br />

Reforçou a mesma mensag<strong>em</strong> de determinação e sinais de sucesso na impl<strong>em</strong>entação<br />

do programa também <strong>em</strong> conferência de imprensa no National Press Club.<br />

Dos seus contactos nos Estados Unidos, disse entender que há “a convicção de<br />

que na Europa, na área do euro, foi possível evitar uma situação que poderia ser uma<br />

situação de grande risco para a economia da área do euro e para a economia mundial”.<br />

Rejeitou pedir “mais t<strong>em</strong>po ou dinheiro” para cumprir o programa de ajustamento,<br />

mas sublinhou que a garantia de ajuda europeia caso falhe o regresso aos mercados<br />

<strong>em</strong> 2013 é um “seguro precioso”.<br />

“Estamos completamente comprometidos a cumprir o programa de ajustamento.<br />

Não vamos pedir mais t<strong>em</strong>po, n<strong>em</strong> mais dinheiro. Vamos cumprir as nossas obrigações<br />

no programa, porque é a única maneira de podermos ganhar credibilidade e confiança,<br />

é a maneira mais eficaz de mudar percepções e expectativas”, disse Vítor Gaspar.<br />

No Instituto Peterson de Economia Internacional, numa palestra intitulada “Portugal,<br />

Ganhando Credibilidade e Competitividade”, o Ministro tinha dito, ante uma audiência<br />

de cerca de meia centena de investigadores, académicos e representantes de instituições<br />

financeiras internacionais, que Portugal pretende aumentar a maturidade de<br />

títulos do Tesouro <strong>em</strong>itidos enquanto prepara um “plano detalhado” para regressar<br />

aos mercados obrigacionistas <strong>em</strong> 2013. Questionado sobre o caminho de regresso<br />

aos mercados de capitais, previsto para Set<strong>em</strong>bro de 2013, Gaspar afirmou que a actual<br />

“impaciência” dos agentes financeiros, reflectida nas taxas de juro nos mercado<br />

secundários, “não afecta o custo de financiamento do país”, que “está efetivamente<br />

protegido” pelo pacote de ajuda internacional.<br />

As taxas de juro nos mercados secundários “não afectam a sustentabilidade do<br />

caminho da dívida de Portugal, ao contrário do que alguns investigadores académicos<br />

defenderam. O programa [de ajuda internacional] dá t<strong>em</strong>po para gerir a transição”,<br />

disse o ministro das Finanças.<br />

O programa, adiantou, só prevê que Portugal <strong>em</strong>ita títulos do Tesouro com maturidade<br />

3 meses, uma “presença muito residual nos mercados”, mas o governo já<br />

fez <strong>em</strong>issão de títulos a 6 e 12 meses, com níveis satisfatórios de participação de<br />

investidores estrangeiros nos leilões e taxas de juro negociadas.<br />

“Tencionamos continuar esse processo de <strong>em</strong>itir títulos do Tesouro com maturidade<br />

de 18 meses, relativamente <strong>em</strong> breve”, disse o ministro das Finanças.<br />

“Não t<strong>em</strong>os ainda o plano muito detalhado do nosso caminho de regresso aos<br />

mercados depois de Set<strong>em</strong>bro de 2013, mas garanto que estamos a trabalhar muito<br />

nisso”, adiantou.<br />

Depois de uma apresentação de 30 minutos <strong>em</strong> “powerpoint” sobre o porquê da<br />

crise, o programa de ajuda internacional e a melhoria da situação financeira do país, o

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