29.04.2013 Views

1864 - 2a. Quinzena de maio

1864 - 2a. Quinzena de maio

1864 - 2a. Quinzena de maio

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

esoltndu do osorutlnio foi favorável nó can-<br />

dldato ministerial, que obteve, porém. 11li<br />

votos sónienlev contra 88; dádofao sou com­<br />

petidor. Vô-so, pois, qac muitos dos qno<br />

ditem apoiar, c tem apoiado ofiecti vãmente<br />

em votações vtominaes a esto governo, não<br />

hesitarão em tomar parte contra elle nessa<br />

conspíraçílozinhn, que bem podia ter-lhe<br />

causado uma <strong>de</strong>rrota, pela maneire pouco<br />

leal com que foi concebido e executado o ata­<br />

que. 0 peior é que elle parece ter lido como<br />

quo o primeiro ensaio <strong>de</strong> uma nova coalisão<br />

que se organisa ; c já se nnnuncflo novas ba­<br />

talhas no terreno das medidas políticas o fi­<br />

nanceiras que se discutam ou vão a discutir-se.<br />

O eilado da fazenda publica hespanhola<br />

reclama vs medidas c(ficazoa e promplas; o o<br />

Sr. Sala ver ria, confirmando a alta reputação<br />

financeira <strong>de</strong> que goza, acaba <strong>de</strong> anbmettor<br />

á approvação do corpo legislativo uma ope­<br />

ração <strong>de</strong> credito, por meio da qual elle so<br />

propõe, não so cobrir ns <strong>de</strong>ficils existentes no<br />

thesouro do reino e do Ultramar, como obter<br />

a somma <strong>de</strong> 150 milhões do realce com quo<br />

atten<strong>de</strong>r ás necessida<strong>de</strong>s Imprevistas que pos­<br />

suo oceorrer.<br />

O ministro da fazenda. nn sua exposição<br />

ás camarat, comera por fixar em 1.300 mi­<br />

lhões os <strong>de</strong>ficils accumulodos stó ao anno<br />

tio 1858 Inclusive, para cuja extineção foi<br />

<strong>de</strong>stinado o produeto da venda <strong>de</strong> certa parte<br />

dc bens naeionaes.<br />

Os <strong>de</strong>ficils dos annos <strong>de</strong> 1839 e posteriores,<br />

inclusive o do anno financeiro correnle, mon­<br />

tão a 879 milhões, e furão oceasionados cm<br />

sua <strong>maio</strong>r parte pela falta <strong>de</strong> sobras do Ultra­<br />

mar nestes tres últimos annos, equivalente a<br />

402 milhões. Forroão também parte <strong>de</strong>lles<br />

os 34 milhões da divida com juros pago á<br />

Inglaterra, o 60 milhões dn gastos da guerra<br />

da África. lia porém o <strong>de</strong>duzir <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>bito<br />

cerca do 170 milhões que a Hespanha tem<br />

ainda que cobrar da in<strong>de</strong>mnisação <strong>de</strong>vida<br />

pelo império <strong>de</strong> Marrocos, e 32 milhões do<br />

reino do Annom.<br />

Assim, necessita o thesouro psra satisfazer<br />

todas as suas obrigações <strong>de</strong> uma somma total<br />

do 1.900 milhões <strong>de</strong> reales: 150 milhões<br />

para o ullrnmar e 1.750 para pagar á caixa<br />

tle .<strong>de</strong>pósitos todos os seus adiantamentos.<br />

A fim <strong>de</strong> alcançar este firo, eis as duas ope­<br />

rações combinadas que o minislerio propõe<br />

ao corpo legislativo:<br />

1.* O thesouro passara ao banco <strong>de</strong> Hes­<br />

panha obrigações do oo moradores do bens<br />

naeionaes por uma somma bastante para co­<br />

brir os 1.30o milhões <strong>de</strong> reales dos <strong>de</strong>ficils<br />

anterioras a 1889, eom na Interesses corres­<br />

pon<strong>de</strong>ntes aos annos que transcorrflo alé á<br />

sua amorlisação.<br />

O banco, polo seu lado, cmíttirá bilhetes<br />

hypolhecarioa (ao portador ou á or<strong>de</strong>m) por<br />

esses 1.300 milhões, e com o prêmio dé 6<br />

ou 5 ao anno. O pagamento do» juros<br />

e a amorlisação dos bilhetes se faráõ por<br />

semestres, para o qua serão reservados 200<br />

milhões nnnuaos. Os bilhetes que venção 6 */•<br />

do juros Sc applicarúõ ou negociarão ao par<br />

e so amoriisaráõ. a prazos fixos. Os que ven­<br />

ção 5 "/o se negociarão o applicnráõ com um<br />

<strong>de</strong>sconto proporcionado á dilToronça entro<br />

um e oulro juro, o serSo amortizavels por<br />

sorteio.<br />

O banco cobrará aa obrigações vencidas e<br />

panará respectivamente os juros c o capitai<br />

dos seus bilhetes. Parn os gastos <strong>de</strong> commissão,<br />

gyro, movimento dc fundos o outros se abo.<br />

nará ao banco 1 •/, sobro o total das obriga­<br />

ções que cobrar.<br />

O thesouro reembolsará ao banco o Im­<br />

porte das obrigações que não fizerem eflec-<br />

tivus no dia do seu vencimento os cc<br />

dores que as subscreverão.<br />

Reservando a equivalente quantia em bi­<br />

lhetes, entregará o banco ao thesouro 500 mi-<br />

Ihõcs cffbctivos, que entrarão na caixa do <strong>de</strong>­<br />

pósitos para atten<strong>de</strong>r ás suas obrigações.<br />

Aos dopositantos da caixa se conce<strong>de</strong>rá a<br />

preferencia, durante om prazo <strong>de</strong>terminado,<br />

pura adquirir bilhetes do banco eui troca <strong>de</strong><br />

recibos da mesma caixa. A esla ao passarão<br />

os' bilhetes que restarem até á sua total ne­<br />

gociação, consignondo-os como garuntia es­<br />

pecial do seus cmpoiihos e som que posso<br />

dar-lhes nenhum oulro dosti.no. A mesmo<br />

caixa perceberá os divi<strong>de</strong>ndos <strong>de</strong> juros o amor -<br />

ligação dos bilhetes nella existentes com ap­<br />

plicação ás suas nttonçõos; o finalmente cila<br />

abrira às negociações dos bilhetes, segundn o<br />

requeira» es obrigações daquelle estabeleci­<br />

mento.<br />

• Depois <strong>de</strong>stas novas alterações o dc elimi­<br />

nada n renda do 10 milhões dp reales como<br />

sobras djas caixas da .Havana, ,o orçamento<br />

das <strong>de</strong>spezas ordinárias sobe a 2.126:998:1/00<br />

reales (cerca <strong>de</strong> 210 mil contos <strong>de</strong> rs.) o o da<br />

receita a 2.133:959:000.<br />

A* lei do orçamento adduzio o Sr. Salaver-<br />

ria alguns artigos que <strong>de</strong>verão figurar como<br />

disposição permanente, em virtu<strong>de</strong> dos quaes<br />

o al i menti ela. O sueco tia al.-ibarn tem a v.m.<br />

lagom sobre o da beterraba du não azedai-,<br />

a» menos nn espaço do 24 horas: limpo-.se<br />

e flitra-se por meio do carvão animal e cozo-<br />

se exactamente como o da beterraba.<br />

Os apparelhos quo Servem para elaborar<br />

o assucar <strong>de</strong> beterraba prcsíão sc igualmente<br />

para o da abobara.<br />

O* melhores terrenos para a cultura da<br />

não se po<strong>de</strong>rá entrar nas carreiras do estado I sbobars são os ligeiros e pouco profundos,<br />

se nlo pelo ultimo porto da respectiva escala, [<br />

subindo nesta <strong>de</strong> gráo om gráo c contando I minam<br />

em cada um pelo menos dois annos <strong>de</strong> ser- j"<br />

viço, Exceplufio sc unicamente ns allos rar- I<br />

gos da administração. Os que tenhão grãos 1<br />

acadêmicos po<strong>de</strong>rão obter um posto superior<br />

ao <strong>de</strong> entrada, mas nunca os pioneiros.<br />

Em quanto se não adopte uma lei comple­<br />

ta que fixo ss carreiras do estado, será certa­<br />

mente Isso já um notável progresso para a<br />

ilespanha.<br />

. A revista quinzenal Lm Agricultura Valeu-<br />

ciana, publica um interessante artigo acerca<br />

do amendoim ou mandobi, a das gran<strong>de</strong>s van­<br />

tagens que se póJe colher da sua cultura, nos<br />

paizes cujo clima lha é favorável. K' bem co­<br />

nhecida no Brasil essa planta, e por Isso omíl-<br />

parlc do referido artigo quo a <strong>de</strong>s-<br />

Correspondcncia sobro novida<strong>de</strong>s<br />

úteis.<br />

Smmam».—Meteorologia—Prêmio scieatifico proposto<br />

por Íx-Verrier—(irneralisaçSo doa postos ni*teorolo-<br />

. aUff . Bolclim<strong>de</strong> Paris—Oueerlarões Ua M. Piazzí—<br />

TermaoU» oT UiMlena—Theorias estruiui', porque,<br />

secundo a anais se c|iiniica, couiéiu, quaud»<br />

see.co, cerca do 9 mf <strong>de</strong> azolu « om estado<br />

normal 8•/••<br />

A'.< plantas <strong>de</strong>.«|>ojadas dos fruetos, e <strong>de</strong>ixa­<br />

das u seco ar bem ao ar livre po<strong>de</strong>m ser das-<br />

tímidas no irado <strong>de</strong> lavoura, qu» ns como <strong>de</strong><br />

prefereijci i a palha dos ceivnes, e tira gran<strong>de</strong><br />

proveito <strong>de</strong>sse nMmonto por conter 2 */• <strong>de</strong><br />

aznle. l<br />

-<br />

A's proce<strong>de</strong>ntes noticias accresoentaivi<br />

saor-i alguma* oUtru* sobro o assucar que se<br />

pó lo exlrahlr da abobara. ,<br />

li.l.í <strong>de</strong>monstrado quo e>la planta ú tão<br />

suchariferu como a beterraba. Do 27 quin­<br />

laes <strong>de</strong> abobara obtém-se um quintal <strong>de</strong> as-<br />

sitoar o T.utio du iitelaro; com a diferença, ,<br />

porém, qua ama extunean dada <strong>de</strong> tenen» 1<br />

produz ires vetes mais alj.di.o.» do que beter­<br />

raba, sem contar com o uiHno anilario-, a inllucn<br />

cia d>> tempo na propagação ile series di»'n- I<br />

ças esd<strong>de</strong>mlcas, uo amlameoto das moléstias<br />

agllrfis, no dos padocimenl.)> chrouho-.no<br />

estado mural dos douites. etc, etc.<br />

O Boletim Meienroinoiea dm Obter rataria<br />

dt Pari* é dm- jornal nascente, mus que<br />

mo.mo assim \a pf »!• auxilio a»s sábio»<br />

•d»'elm< di>ste munuiuoiito sriuntifico doa una*<br />

soa dias.<br />

Mcncnmaremos em r< sumo o que o referido<br />

Bnhtim apresenta d is ufiservaçÒ '» moteuio-<br />

logicás feitas om Ksçoçia sob s dlrecçãti <strong>de</strong><br />

M. Pbr/xi, (liir.nilo os lin<strong>de</strong>s do Novembro e<br />

Dezeuibru últimos. O dlrect»r dq obsi-rva-<br />

forio do Edimhiirio ilix que Me durou' nu<br />

Escócia lueiio» d-' 40 lias iulerruptos aquelle<br />

perindoilis tcmp.raluras lãi)putavel oexavp-<br />

i:lon;iiiin>ote elcVjdus, que se <strong>de</strong>u no flm do<br />

1863} começou u 14 <strong>de</strong> Novembro, e terminou<br />

a 24 do Dezembro seguinte. Apezar dos frios<br />

que houve antes e <strong>de</strong>pois aVsia quarentena<br />

therinica, a tomporatura geral dos dous meies<br />

últimos do anno ongmentou slogolarineutc,<br />

Fm Novembro cicrdèu • luedia <strong>de</strong>4',2o otn<br />

Desemb/u a dr i',8,-<br />

' A estas teinperalilras anãiunaes sã <strong>de</strong>Ve'o<br />

ap;>arcciincnlu <strong>de</strong> temporaes .muito mais fre-<br />

quonte.s que nue annos anteriores. l)»r-»e-»fia,<br />

ajuiia no assumpto M. do Fonvi.-lk, que o<br />

recrddcscinienlo do calor nas regiões tempe­<br />

radas <strong>de</strong>terminou uma como luta anais vio­<br />

lenta eom o frio das zonas gtaciacs.<br />

Como assumpto cor relativo ahi vai o se­<br />

guinte :<br />

Conta o Pano.ro dc Mo.lona qne o recente<br />

tremor <strong>de</strong> terra que abalou ns arredores da­<br />

quella cida<strong>de</strong> foi notável c durmt muito.<br />

Quando pu<strong>de</strong>ra a seiencia prever esles horrí­<br />

veis phenouiepnf, é o que ainda não sabemos;<br />

ella não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> trabalhar: ns resultados du<br />

seu trabalho hão <strong>de</strong> vir, e não Ur<strong>de</strong> talvez.<br />

O director do observatório <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>na re­<br />

digi» no assumpto uma memória suei In no­<br />

tável , á qual algumas folhas da imprensa<br />

italiana tratam com alto elogio. Diz elle que<br />

os terremotos são o resultado <strong>de</strong> uma serio<br />

<strong>de</strong> com moções isoladas e simples, que se coo*<br />

centram, juntam, e cones tonam umas nas<br />

nutras, sondo a duração media <strong>de</strong>ssas com-<br />

moçiVs cerca <strong>de</strong> 15 segundos; a suo intcnsl- I<br />

da<strong>de</strong> o n seu caracter variam porém <strong>de</strong> une<br />

terremotos p»ra outros.<br />

Nu <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>na notou -so quo os primeiros<br />

saiões foi am ouduljUoios.ua direcção pre-<br />

ibumeanle <strong>de</strong> otienle para ecci<strong>de</strong>nte; alguns<br />

<strong>de</strong>sses movimentos ultearain o chã», e conti­<br />

nuaram <strong>de</strong>pois oa direcção inoncionada«<br />

Eni rola rito esse u rfar do terreno foi curto<br />

felizmente. A serem fortes os abalos, que j<br />

horrorosos não teria» sido os seus resultados! I<br />

aproiülmi*á sua onda quanto ellas são nontvos:<br />

o sen preparado é fritcto rie um trabalho atu-<br />

r.tdo, diz eiee, o <strong>de</strong> pv^j.itzas e tentativas<br />

muito perseverant-s.<br />

Vai ser jexanunadu pela commissão com­<br />

petente da aca<strong>de</strong>mia.<br />

Mas a verda<strong>de</strong> é, qne una cosméticos e em<br />

I Iodos esses auxiliarei da belisca feminina, que<br />

I sob títulos mais oo menos pomposos, • erii<br />

] frasqninhos meiseo menos elegjnles espalha<br />

I para toda a parto a mio <strong>de</strong> Pado parisiense o<br />

caprichosa chamada moda. se encontrão os-<br />

ermdldas, como o aspl<strong>de</strong> entre as flores, multas<br />

substancias venenosas o nocivas, <strong>de</strong> que, se<br />

appart cessem isoladas, todos fugiria» com hor-<br />

I ror : taes como o arsênico, o chumbo, o ni-<br />

i troto <strong>de</strong> prata, os cvouurelos, ele, etc.!!<br />

Isperèo-se este verso varias exposições <strong>de</strong><br />

industria e artes; mencionaremos algumas.<br />

Na Suissa ha <strong>de</strong> abrir-se uma especialincnlu<br />

! <strong>de</strong>stinada a maleriaes <strong>de</strong> construcção em brulo<br />

00 ma nufa durados. A sedo <strong>de</strong>sta festa indua-<br />

I Irial será em Olién, cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> activo commer-<br />

I cio, situada á beira du rio Aer, a conhecida<br />

l pela sua manufactura do chapéos. Terá prin­<br />

cipio a esposiçflo em IS du Agosto do 1884.<br />

As companhias dos caminhos da ferro subuos<br />

conce<strong>de</strong>m grntuítos aos expositores us tran»*<br />

porbe <strong>de</strong> ida • volta para os objectos e espé­<br />

cies que houveram <strong>de</strong> apresentar.<br />

Para o principio do annn que vem nutra te<br />

espere em Dunedlrn [Nova Zelândia). Será<br />

promiscuauienle para produclos agrícolas,<br />

indiiiiriaes e artísticos<br />

A exposiçãu achar se ha dividida em qua­<br />

tro secções: ina|erias primas, maehinas, objec­<br />

tos manufuclurados, e bulIaS- artes; es produc<br />

tos agrícolas pertencerão k) primeira secção.<br />

A rainha <strong>de</strong> Inglalerra encarregou os atua<br />

Gominissarius dn receberem oa objectos, uue<br />

<strong>de</strong>verão ser remetlldua até Outubro eu No--<br />

vembro proximo. Um jury conferirá oa prê­<br />

mios <strong>de</strong>pois' <strong>de</strong> maturadu exame. Para as<br />

obras du artu não ha premioa.<br />

No observatório <strong>de</strong> lloma, n erudito padre<br />

Secehi, physico muito distineto, continua a<br />

trabalhar e a registar. Bf Já bem conhecido<br />

pelos seus conhecimentos, petos seus traba­<br />

lhos sclenlificns. a pelo constante afinco coiq<br />

que procura gonoralisar a seiencia e as suus<br />

observações, correspon<strong>de</strong>ndo-se com todos os<br />

piais d irec tnr es <strong>de</strong> observatórios europeus.<br />

Couta numa nota enviada a um jornal scion-<br />

lifteo do frança, um avemierimeteto qoe nos<br />

dias 20 e 21 <strong>de</strong> Fevereiro ultimo causou a<br />

<strong>maio</strong>r sensaçãoeo <strong>maio</strong>r pasmo em lloma.<br />

Eis o caso :<br />

Forão esses dias os mais tempestuosos do<br />

mez. De noilo <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou se uma ventania<br />

furiosa o uma chuva copiosissima.<br />

Chuva <strong>de</strong> qué 1 — pergunto aos meus leito*<br />

res. — Du agua — respon<strong>de</strong>rão todos e um<br />

tempo. — Não. mm Pois dp vinho'? — Tam­<br />

bém não. — Então <strong>de</strong> rãs? — Nada disso:<br />

fui <strong>de</strong> areia ; <strong>de</strong> areia finíssima, dc areia quo nfto ó pouca. Ahi so encontrara um caro,<br />

amarella tiranle a vermelho. Servido da tudo quanto aa po<strong>de</strong> Imaginar,<br />

Calculando pola quantida<strong>de</strong> recolhida no disperso agora nos melhores botequins e nos<br />

fundo chalo <strong>de</strong> uma bacia da zinco polido, pritneiros restauranlns <strong>de</strong> Paris; su Ias do baile,<br />

avaliou-se em um quinto <strong>de</strong> mellimetro, I surapluosamenle mobiladas; orchostra per -<br />

pouco mais ou menos, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal | petua, a chover harmonias sobre<br />

E quo mo dizem « leitores é gran<strong>de</strong> expo­<br />

sição nermanepto do Auleuil, junto > paris,<br />

roja abertura <strong>de</strong>ve trt muilo breve? A serem<br />

verda<strong>de</strong>iras as maravilhas que <strong>de</strong>stes jardins<br />

<strong>de</strong> Ar o lida so relatão, tem dp levar as lâm­<br />

padas a exposição <strong>de</strong> Autcuil a tudo quanto<br />

nesse gênero so conhece.<br />

Conterá recreações pata todos us paladaros,<br />

| pasto para todas us veleida<strong>de</strong>s, enlreleni num tu<br />

para toda a ociosida<strong>de</strong> do mundo elegante.<br />

Oa caracteres que a distinguiflo erão os<br />

seguintes: observada com um microscópio<br />

<strong>de</strong> muito eus meu to achou-se formada <strong>de</strong><br />

fragmeiitinhes irregulares tenuissimos; al­<br />

guns pareciio restos <strong>de</strong> conchas *, outros da­<br />

va» ares <strong>de</strong> grãos do slllca, ora transparentes,<br />

ora <strong>de</strong> um amarello opaco e oncarnadiço.<br />

Era muito mais pesada que nm volume igual<br />

<strong>de</strong> agua. Fazia eifervescencla com os ácidos,<br />

mas uma grap<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>lia Soava Insoluvei.<br />

Sobro a origem o procedência <strong>de</strong>sta chuva<br />

singular, acerescenta o padre Secchl. não é<br />

difílcil dar-se unia opinião, coro certeza <strong>de</strong><br />

acerto. Proveio dos <strong>de</strong>sertos africanos do<br />

Saharah, trazida com as ventanias que ultima­<br />

mente soprarão daquellas paragens. Os carac­<br />

teres physico* o cl II micos, <strong>de</strong>sta poeira viajante<br />

*ã I Idênticos nos dn sref do gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>serto.<br />

O venlo soprava com violência na lUlia, o<br />

vinha da banda d» mar. Os boletins uu tcoro-<br />

Ipgicns <strong>de</strong> Paris d..vâ» uniu lurmoula a correr<br />

do sul paru o norte. O estado almospheríca<br />

finalmente # a direcção d.st as vagas enormes,<br />

>.dmias lá d» fundo escuro do <strong>de</strong>serto, tudo<br />

confirma a opiuiAo do >ubio italiano.<br />

E nlo procedo objrctar-se a distancia gran­<br />

díssima que sapara com oos braço do mar o<br />

cuntiuetito ufiicuiio da península hesperica.<br />

Maiores espaços sn tom vi»to atravessar do<br />

mesmo modo a poeira do dcsvrlu. Puucu mo­<br />

nos medida entro elle § Cabu*Ver<strong>de</strong> ; e não<br />

obstante em Ca lio Ver<strong>de</strong> lambem clmveu aréa.<br />

O pbjsico Maury não duvida anVmar quo<br />

estes tenuissimos corpusculos po<strong>de</strong>m atraves­<br />

sar o Ailintico.<br />

Na refluo astrononaUa pmica .ivultj a no­<br />

vida<strong>de</strong> qu« vou d,»- sim. flV.oebreauosteaeoftn<br />

<strong>de</strong> um nuto pUueta. Quom mtmseél J W.» es­<br />

pécie, o» mercado seienlilico, vai <strong>de</strong> dia para<br />

' dia diminuindo eu» seu volor, pela iovaaio da<br />

nãliTiiidcs quo |od»s ua diaa tem- cahir no<br />

campo dns telescópios.<br />

M. pii.'MUI, a>ironomíi. <strong>de</strong>se .brio em Ma­<br />

drasta um asleioi<strong>de</strong>, cujo numero é já SU ;<br />

d-•11-110' o àsome df Sapno,- a soa posição era<br />

visinh.i da t'»-ncin,t>u.<br />

\leeord&n se os bniores do que lhes dl%»e-<br />

uets o • cota pusaudu teme* et appai i-llm <strong>de</strong><br />

li.diltei | para unruiilhar ufl aviia. nu p nna-<br />

necei uno I »..-!•. d- |.-l< lla><br />

loiãi. u iu d./ II j irnal M II-nlilie I d'.nnle < \ IIM-<br />

ir.iclainos e»tu imliri,,; UMM I.K^-UI «|" •* fos-<br />

som, dimulii» o I-Uip-tib» do aul..r em nn-rl ir<br />

. um a |M>rhdç:i». e prI»vn» que. písr uinis prvi-<br />

tadia qoe seja «ima mactrion. m futuro, a per» i<br />

severiioça, e a bltelllsencia a torna*» a pouco e<br />

|Hiueo mais pr estadia e mai. fecunda.<br />

E* um n.V» ac,ibar. Até nn< r»u,i»9 pequ nas<br />

e miiiimas efie-a o ap-rf- içonuieut»<br />

mondo encantado; Bteeiru <strong>de</strong> dia; Jardlt<br />

<strong>de</strong> inverno coberto; salas da leitura ; bi-<br />

bliotheca (urnecida da tina núr dus Uvrpa<br />

fáceis e amenos cm todas as linauas ; oxposi-<br />

ção du qiMdros a estatuas; estufas illumína-<br />

das <strong>de</strong> noite; alamedas carregadus do bal<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cores; tudo movimento, tudo melodia,<br />

tudo riso, tudo festa, tudo Paris, n'uina pala­<br />

vra ! Será um sonho do poeta, mas um sonho<br />

realizado» palpável, luminoso; será um «puto<br />

das mil o uma nollcs, npis um souto elevada<br />

•> pruporções <strong>de</strong> um paraíso habita vai.<br />

Quem for a Paris verá. Oh I Faria ê 9}<br />

arando metainorphuiu pereuuu* Í'arU é o<br />

kalciduscopo <strong>de</strong> Europa, em cujo prisma pRr<br />

Hector corro o negaceia b.do um mundo du<br />

gnomos, du sylfos, <strong>de</strong> gênios, du fadas, <strong>de</strong> bor»<br />

bole Ias ; illiindna-u Indo o esplendui das civi-<br />

lisações antigas; iihndrr—pir hubllmeule<br />

tocado <strong>de</strong> um <strong>de</strong>do invisível e<br />

pirtto, a graça, a elogancia fácil quet<br />

a habitam sum rlvaes naquélla turre i<br />

iiaquetio g| Oosudo encantador. Im Paria<br />

VUI <strong>de</strong>ixo, leitor amigo. Alé a manha.<br />

Lisboa, 6 do Abi it <strong>de</strong> 1804.<br />

Jfi.ro na Castium.<br />

iiiuiio omciiL<br />

Bi», ii ir Bem ss 1884.<br />

na aumara dos Srs.<br />

uepui id..H |«»r falta <strong>de</strong> numero<br />

A ure>m do dia para **'jnnda feira ê u<br />

seguinte:<br />

I.* porta ( l' I hora;.—Cnutiuuação dn 2 *<br />

dhruoiu d» prujeclo ndalivu a estrada <strong>de</strong><br />

feri.» <strong>de</strong> D. IVdr» II;<br />

Dita da 2.* do do n. lofi, áerca dp cuu-<br />

p.inhia du lifavegação 0 vapuf llabiana ;<br />

3 * dita do d»- » 87, abrindo a nav^gação<br />

di- Mn.w.uii..> ás naçiM-s .imijía* ;<br />

3 • d U do <strong>de</strong> o. 130. approvando a mo-<br />

crsaaW ãVMa e Luta metBeté pare lavrar aaioas<br />

<strong>de</strong> carvão <strong>de</strong> pedra naa m.irtri na do Ja suo ao •<br />

I.' dil.i do <strong>de</strong> li I.» I. 1802, sutoii ando a<br />

gnteçmta mmtnf adutàtat na I.' rase**em<br />

exerc.il» II major reformado Luiz Xaxb-r<br />

l'i*r !•••>;<br />

2' dila d» <strong>de</strong> n 43<strong>de</strong> tSfiá.<br />

pauameoti. di- teiu-iiueutlf* di*vl<br />

d ido JTSJKM xiilaith» d" iturvalliJi.<br />

2*pe*fr.— tVmlinuaçã»» da<br />

r^|«*-ia 4 f^llíi do throno.<br />

nulnrisaipli* o<br />

Joj» ao EX-ST»l-<br />

UÍNCU .*ão <strong>de</strong><br />

Pa* mu hoje. etn terc ira discussão. n,i RO<br />

si uiliti-a pKMÍneial do ltio <strong>de</strong> Jjiieiru, o n/.<br />

fH-ovinrial. Amanhã i-ncorru su |<br />

i» extraordinária.<br />

Ou Io, pi.r exemplo, usjdflssue. Um iu*tor<br />

do tii'*alro <strong>de</strong> Bntte Bmnt Uanin em PnrH,<br />

por nome Honzin, riiuiu-unle» an Instituiu do<br />

França um iuvonb' S*^a surfcwr», princip.il-<br />

meute para »t atttttas ticutmúlctis, «• um*<br />

sa provar que é util, tiun <strong>de</strong> di^bioear bdalll-<br />

veluieule uma gran<strong>de</strong> parle dos ver mel i .ões,<br />

I-aruiius o asseÉdpjUse. do que usao os «• tores<br />

no* preparos secretos do camarim; para <strong>de</strong>­<br />

puta liariuoniioreui aa eamaSjuna com «»Inm<br />

das cores vivas e esplendidas dus seus trajo*<br />

lheulraes, e do que u-dki lambem iasdpe se-<br />

nlmras- do socieda<strong>de</strong>, ao cogilnrcm ao mys-<br />

terio do tmir-ador, os Ingredientes com qua<br />

<strong>de</strong>imia hão <strong>de</strong> Ostentar no mundo aa cdref |<br />

dolhio^as <strong>de</strong> oma nymplia ã hora da sestu do<br />

0 aetnr Ronzln, por lidar sem ss venenosas<br />

r prrtgositsiqiBf substancias, hoje rophrridn*,<br />

TlarUMM d t.is du S. Paul» Utè 19 do ror-<br />

rente.<br />

• p«l» prisi.liMite da província<br />

eunsi-lhii<br />

pura tenpiuer mt<br />

a» Setas luiiaç<strong>de</strong>s mdia id do<br />

corre?. íe<br />

t\dm soo» <strong>de</strong>ixada no assembléa provincial<br />

nele th-piitado do 2.* «tistrtclo, Dr. Américo<br />

IfraMln-ii.se <strong>de</strong> A In.rida Midi», 8|SU> ãpreseb<br />

lailo paru preenchei-a »Sr. Dr. Martin Fran­<br />

cisco Uibeirn do Andra<strong>de</strong>.<br />

Por <strong>de</strong>liberação dn presi<strong>de</strong>nte da província<br />

haviãu •.nio dispensados do serviço da guarda<br />

8f*»f>o4-«loffJ«. — Qbnarrsç<strong>de</strong>i «*i«>-<br />

foloulcus nas Imfiis<strong>de</strong> uiaiur variação da Utm*<br />

ppfnluru, em tl <strong>de</strong> Ma|o,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!