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24/02/00 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL<br />

Nome: CPI - Medicamentos<br />

Número: 0119/<strong>00</strong> Data: <strong>24</strong>/<strong>02</strong>/<strong>00</strong><br />

Primeiro, V.Sa. confirma a existência dessas práticas? Como a ALANAC avalia<br />

essas práticas? V.Sa. tem conhecimento da participação de alguma das suas<br />

associadas no processo ou não? E que instrumentos a ALANAC tem para interferir,<br />

disciplinar ou orientar suas associadas?<br />

O SR. FERNANDO DE CASTRO MARQUES - Veja bem. A ALANAC pauta<br />

como princípio aquilo que é ético e aquilo que é o correto, e orienta os seus<br />

associa<strong>dos</strong> a cumprir a legislação em vigor neste País. Esses tempos pra trás fui<br />

interpelado acho que por uma repórter: vem cá, vocês da ALANAC não vão<br />

defender o genérico? Eu falei: não. Genérico é lei. Lei não se defende, se cumpre.<br />

Ou então, se ela não é boa, temos que ir ao Congresso conversar com os<br />

representantes do povo, que lá estão e foram eleitos, mostrando que a lei não é boa<br />

e que a lei tem que ser mudada, entende? Então, nós pautamos pelo aquilo que é<br />

correto, pelas práticas corretas que existem no mercado. Agora, descontos<br />

comerciais são práticas corretas? São práticas corretas que existem no mercado.<br />

Isso é feito pela indústria nacional, talvez até um pouco maior do que a<br />

multinacional. Agora, eu tenho aqui, se o senhor me permite fazer uma<br />

transparência, pra mostrar um exemplo. (Pausa.) Nós temos aqui um exemplo<br />

muito claro disso. A Bayer, com o seu produto Cipro, ela vai junto à classe médica e<br />

mostra o preço que o produto está sendo comercializado, mais barato, ao médico<br />

— deixa essa lâmina que eu trouxe aí pros senhores —, falando que ela adotou<br />

uma política de desconto pra ser repassado para o cliente. Só que embaixo vocês<br />

podem observar: desconto nas farmácias conveniadas. Olha a diferença de preço: é<br />

50% o preço do BRASÍNDICE, do caderno de preço. Quer dizer, o médico acredita<br />

que o paciente dele vai tá pagando esse preço, quando preço é outro. É 50%.<br />

Quando a Bayer vai no mercado e faz uma situação dessa, como é que a gente vai<br />

concorrer com a Bayer? Nós temos que ser agressivos também, temos que dar<br />

desconto, não tem outra saída, senão não temos como competir. Agora, a Bayer —<br />

eu trouxe esse documento pra deixar com V.Sas. —, esse é um documento da<br />

Bayer que, no nosso entender, nesse documento ela devia discriminar que<br />

farmácias são essas conveniadas. Ela leva essa informação pro médico e o médico<br />

prescreve o produto. E onde o seu paciente vai achar isso pra comprar pelo preço<br />

da metade, pra falar que o preço da metade custa a metade, que é o preço que é<br />

praticado pela indústria nacional, de capital nacional? Eu tenho aí exemplos, e<br />

trouxe aí boletins de distribuidoras, com repasses de descontos de produtos de<br />

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