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f(x) - Campus Rio Pomba

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CAPÍTULO 6<br />

EDITORA<br />

MAKRON<br />

Books<br />

INTRODUÇÃO À INTEGRAÇÃO<br />

DAVFSt<br />

Neste capítulo introduziremos a integral. Em primeiro lugar, trataremos da<br />

integração indefinida, que consiste no processo inverso da derivação. Em seguida,<br />

veremos a integral definida, que é a integral propriamente dita, e sua relação com o<br />

problema de determinar a área de uma figura plana. Por fim, apresentaremos o Teorema<br />

Fundamental do Cálculo, que é a peça Chave de todo Cálculo Diferencial e Integral,<br />

pois estabelece a ligação entre as operações de derivação e integração.<br />

6.1 INTEGRAL INDEFINIDA<br />

6.1.1 Definição. Uma função F(x) é chamada uma primitiva da função f(x) em um<br />

intervalo 1 (ou simplesmente uma primitiva de .ftx)), se para todo x e 1, temos<br />

F ' (x) = f(x).<br />

Observamos que, de acordo com nossa definição, as primitivas de uma função<br />

f(x) estão sempre definidas sobre algum intervalo. Quando não explicitamos o intervalo<br />

e nos referimos a duas primitivas da mesma função f, entendemos que essas funções<br />

são primitivas de f no mesmo intervalo 1.<br />

329


330 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.1.2 Exemplos<br />

x3 \<br />

(i) F (x) = 3 é uma primitiva da função f(x) = x2, pois<br />

F ' (x) = 1/3 3x2 = x2 = f(x).<br />

(ii) As funções G(x) = x3/3 + 4, H(x) = 1/3 (x3 + 3) também são primitivas<br />

da função f(x) = x2, pois G ' (x) = H' (x) = f(x).<br />

(iii) A função F(x) = 1/2 sen 2x + c, onde c é uma constante, é primitiva da<br />

função f(x) = cos 2x.<br />

(iv) A função F(x) = 1/2x2 é uma primitiva da função f(x) = —1/x3 em<br />

qualquer intervalo que não contém a origem, pois para todo x O, temos F '(x) = fiz).<br />

Os exemplos anteriores nos mostram que uma mesma função f(x) admite mais<br />

que uma primitiva. Temos as seguintes proposições.<br />

6.1.3 Proposição. Seja F(x) uma primitiva da função f(x). Então, se c é uma constante<br />

qualquer, a função G(x) F(x) + c também é primitiva de f(x).<br />

Prova. Como F(x) é primitiva de f(x), temos que F '(x) = f(x). Assim,<br />

G ' (x) = (F(x) + = F ' (x) + O = f(x),<br />

o que prova que G(x) é uma primitiva de f(x).<br />

6.1.4 Proposição. Se f ' (x) se anula em todos os pontos de um intervalo I, então f é<br />

constante em<br />

Prova. Sejam x, y E I, x < y. Como f é derivável em I, f é contínua em [x, y] e derivável<br />

em (x, y). Pelo Teorema do Valor Médio, existe z E (x, y), tal que<br />

f (z) f(Y) - flx)<br />

y — x


Introdução à integração 331<br />

Como f '(z) = O, vem que f(y) — f(x) = O ou f( y) = f(x). Sendo x e y dois pontos<br />

quaisquer de I, concluímos que f é constante em I.<br />

6.1.5 Proposição. Se F(x) e G(x) são funções primitivas de f(x) no intervalo I, então<br />

existe uma constante c tal que G(x) — F(x) = c, para todo x E I.<br />

Prova. Seja H(x) = G(x) — F(x). Como F e G são primitivas de f(x) no intervalo I, temos<br />

F ' (x) = G ' (x) = f(x), para todo x E I. Assim,<br />

H ' (x) = G '(x) — F ' (x) = f(x) — f(x) = O, para todo x E<br />

Pela proposição 6.1.4, existe uma constante c, tal que H (x) = c, para todo<br />

x E I. Logo, para todo x E 1, temos<br />

G(x) — F(x) = c.<br />

Da proposição 6.1.5, concluímos que se F(x) é uma particular primitiva de f,<br />

então toda primitiva de f é da forma<br />

G(x) = F(x) + c,<br />

• onde c é uma constante. Assim o problema de determinar as primitivas de f, se resume<br />

em achar uma primitiva particular.<br />

6.1.6 Exemplo. Sabemos que (sen x)' = cos x. Assim, F(x) = sen x é uma primitiva<br />

da função flx) = cos x e toda primitiva de f(x) = cos x é da forma<br />

G(x) = sen x + c,<br />

para alguma constante c.<br />

6.1.7 Definição. Se F(x) é uma primitiva de f(x), a expressão F(x) + c é chamada<br />

integral indefinida da função f(x) e é denotada por<br />

f .ffx) dx = F(x) + c .


332 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

De acordo com esta notação o símbolo 1. é chamado sinal de integração, f(x)<br />

função integrando e f(x) dx integrando. O processo que permite achar a integral indefinida<br />

de uma função é chamado integração. O símbolo dx que aparece no integrando<br />

serve para identificar a variável de integração.<br />

Da definição da integral indefinida, decorre que:<br />

(i) f (x) dx = F (x) + c F ' (x) = f (x).<br />

(ii)f f (x) dx representa uma família de funções (a família de todas as<br />

primitivas da função integrando).<br />

Propriedades da Integral Indefinida<br />

6.1.8 Proposição. Sejam f, g: I —> R e K uma constante. Então:<br />

Prova.<br />

(i) J K f (x) dx = K J f (x) dx.<br />

(ii)f (f (x) + g (x)) dx = Jf (x) g (x) dx.<br />

(i) Seja F (x) uma primitiva de f (x). Então K F (x) é uma primitiva<br />

de K f(x), pois (K F(x))' = K F ' (x) = K flx). Desta forma, temos<br />

IKf(x)dx = KF(x)+c=KF(x)+Kc i<br />

= K [F(x) + c] = K Jf (x) dx.<br />

(ii) Sejam F(x) e G(x) funções primitivas de f(x) e g(x), respectivamente.<br />

Então, F (x) + G (x) é uma primitiva da função (f (x) + g (x)), pois [F(x) + G(x)]'<br />

= F '(x) + G '(x) = f(x) + g(x).


Portanto,<br />

J(f (x) +g(x))dx = [F (x) + G (x)] + c<br />

Introdução à integração 333<br />

= [F(x) + G(x)1 + c + c2 , onde c = c i + c2<br />

= [F(x) + c 1] + [G(x) + c2]<br />

= f (x) dx + S g (x) dx.<br />

O processo de integração exige muita intuição, pois conhecendo apenas a<br />

derivada de uma dada função nós queremos descobrir a função. Podemos obter uma<br />

tabela de integrais, chamadas imediatas, a partir das derivadas das funções elementares.<br />

6.1.9 Exemplos<br />

(i) Sabemos que (sen = cos x. Então cos x dx = sen x + c.<br />

(ii) Como (—cos = sen O, então sen 8 d6 = — cos 6 + c.<br />

(iii) J ex dx = eX + c, pois (e)' = ex.<br />

(iv) X2/3 dx = — 3 x5/3 + c, pois (3/5 x 5/3 )'= X213 .<br />

5<br />

(v) J dt = 2 ' + c, pois (2 Vi5' = 1/Nií .


334 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.1.10 Tabela de Integrais Imediatas<br />

(1)<br />

(2) — du = ln ru I + c<br />

c<br />

ua +1<br />

(3) ua du — + c (a é constante —1)<br />

J a + 1<br />

f u a"<br />

a du = a + c<br />

ln<br />

(5); e" du = e" + c<br />

(6) sen u du = — cos u + c<br />

(7) cos u du = sen u + c<br />

(8)<br />

(9) $<br />

sec2 u du = tg u + c<br />

cosec2 u du = — cotg u + c 5,..—<br />

„.K., k'<br />

(10) f sec c/ = sec u + c<br />

, >c d<br />

ct5)') x 1<br />

(11) cosec u cotg u du = — cosec u + c<br />

(12)<br />

du<br />

— arc sen u + c<br />

'■1 1 — u2<br />

(13) du - arc tg u + c<br />

.1 1 +<br />

s..


du<br />

(14) j.<br />

— are sec u + c<br />

u .\442 — 1<br />

4's (15) S senh u du = cosh u + c<br />

(16) J. cosh u du = senh u + c<br />

(17) S sech2 u du = tgh u + c<br />

(18) cosech2 u du = — cotgh u + c<br />

(19) sech u • tgh u du = — sech u + c<br />

At(20) f cosech u • cotgh u du = — cosech u + c<br />

(21)<br />

du<br />

J "\11 + u2<br />

(22) f du<br />

(23) du<br />

(24)<br />

— 1<br />

1 — u2<br />

du<br />

u —u2<br />

arg senh u + c = ln u + -5,/u2 + 1 + c<br />

— arg cosh u + c = ln I u + 'Vu2 — 1 +c<br />

1<br />

= — 2 ln<br />

arg tgh u + c , se lul < 1<br />

arg cotgh u + c , se lul > 1<br />

1 + u<br />

1 — u<br />

+ c<br />

— —arg sech lu I+ c<br />

(25) du<br />

— —arg cosech lu I + c .<br />

u + u2<br />

Introdução à integração 335


336 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Usando as propriedades da integral indefinida e a tabela de integrais, podemos<br />

calcular a integral indefinida de algumas funções.<br />

6.1.11 Exemplos. Calcular as integrais indefinidas.<br />

(i) 5 (3x2 +5+ -Cx) dx . 'NA<br />

Usando as propriedades da integral indefinida e a tabela de integrais;temos<br />

J<br />

3x2 + 5 + dx = 3 f x2 dx + 5 f dx + f x1/2 dz<br />

X3<br />

(ii) (3 sec x • tg x + cosec2 dx.<br />

Temos,<br />

x3/2<br />

= 3 — + 5x + + c<br />

3 3/2<br />

2<br />

= x3 + 5x + – 3 x3/2 + c .<br />

(3 sec x • tg x + cosec2 x) dx = 3 sec x tg x dx + cosec2 x dx<br />

sec2 x<br />

(iii) iii) dx .<br />

cosec x<br />

Neste caso, temos<br />

sec2 x dx = i• 1 sen x dx =<br />

cosec x J cos x cos x<br />

= 3 sec x – cotg x + c.<br />

tg x • sec x dx = sec x + c .


•<br />

(iv) ( 3 .•VX-2 + 1/3x) dx .<br />

Temos,<br />

f ( -‘172 +<br />

1/3x) j dx 3 x2 dx =I. + j 1/3x dx<br />

x4 + 3x 1/2 + 4<br />

( v )<br />

dx .<br />

?Cic<br />

Temos,<br />

J<br />

. x4 + 3x-<br />

f x2/3 dx + 1 dx<br />

3 x<br />

x5/31<br />

5/3 + — ln lx 1 + c<br />

3<br />

3 x5/3<br />

ln lx 1 + c<br />

5 3<br />

V<br />

x1/2 + 4<br />

( -1/2 x4<br />

4<br />

3 1— dx<br />

3<br />

dx<br />

• 1,,<br />

1r;<br />

(x111. + 3x-516 + 4x 9 dx<br />

x11/3 dx + 3 .1' x-5/6 dx + 4 j. x-1/3 dx<br />

x14/3 14/3<br />

Introdução à integração 337<br />

X 1/6 X2/3<br />

+ 3 • 1/6 + 4 • 2/3 + c<br />

= X1413 + 18x1/66X273 + c .<br />

14


338<br />

Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

1 \<br />

(vi) f 2 [ cosx + -,-<br />

Temos,<br />

( 1\<br />

2 cos x+ r-<br />

Nx<br />

(vii)<br />

Temos,<br />

f<br />

2 ex - 2<br />

Nx -- dx .<br />

dx f 2 cos x dx + _dx F-<br />

NX<br />

sen x2<br />

2 e - + — dx<br />

cos 2 x X7<br />

• 2 cos x dx + S x112 dx<br />

X1/2<br />

= 2 sen x + + c<br />

1/2<br />

= 2 sen x + + c.<br />

sen x2 sen x 2 dx<br />

+ dx J 2 e dx - S dx +<br />

2<br />

cos x X cos x x7<br />

• 21ex -I secx-tgxdx + 2<br />

= 2ex - sec x + 2 •+ c<br />

-6<br />

1<br />

= 2ex - sec x - + c.<br />

3x6<br />

sf x 7 dx


6.2 EXERCÍCIOS<br />

1'<br />

1.<br />

X3<br />

_ N<br />

—<br />

3. (ax4 + bx3 + 3c) dx<br />

5.<br />

7.<br />

(2x2 3)2 dx<br />

1<br />

.12y -<br />

'■/2y<br />

2. f<br />

4.<br />

6.<br />

dy 8.<br />

9. x3 dx 10.<br />

f x2 2+<br />

1 dx<br />

sen x<br />

2<br />

dx<br />

cos x<br />

)1- -N/<br />

J<br />

9t2 + 1-1<br />

Nt3<br />

1<br />

"\rx-<br />

dx2<br />

sen x<br />

'dt<br />

3/2 + 3<br />

± x<br />

3<br />

dt<br />

dx<br />

x5 + 2x2 - 1 dx<br />

X 4<br />

x2 ± 1 dx<br />

x2<br />

1 _ X2<br />

Introdução à integração 339<br />

Nos exercícios de 1 a 10, calcular a integral e, em seguida, derivar as respostas para conferir<br />

os resultados.<br />

Nos exercícios de 11 a 30, calcular as integrais indefinidas.<br />

J<br />

\4/<br />

4<br />

4<br />

7<br />

X X-<br />

(<br />

e<br />

t<br />

17. f — + "\it- + -<br />

2<br />

1 dt<br />

t<br />

19. - e-x) dx<br />

dx<br />

Á.8x4 - 9x3 + 6x2 - 2x + 1<br />

cos O • tg OdO<br />

x2<br />

dx<br />

20. f(t + dt


340 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

21. J<br />

25.<br />

f<br />

x-1/3 - 5 dx<br />

x<br />

sec2 x (cosa x + 1) dx<br />

x2 — 1<br />

d<br />

+ 1x<br />

J x2<br />

27. J (et - 4 16t + ) dt 28.<br />

22. — h et + cosh t) dt<br />

f (a,2 a2 ,<br />

a O, constante.<br />

26. '3N1 8 (t - 2)6 (t + ) 3 dt<br />

2<br />

ln x<br />

x ln x`- dx<br />

29. tg2 x cosec2 x dx 30: (x - 1)2 (x + 1)2 dx<br />

31.<br />

dt<br />

J - 1/2) t"<br />

onde n E z.<br />

32. Encontrar uma primitiva F, da função f(x) = x213 + x, que satisfaça F(1) = 1.<br />

33. Determinar a função f(x) tal que<br />

5 f(x)<br />

dx = x2 + 2 cos 2x + c .<br />

34. Encontrar uma primitiva da função f(x) = — + 1 que se anule no ponto x = 2.<br />

35. Sabendo que a função f(x) satisfaz a igualdade<br />

1<br />

f( x) dx = sen x - x cos x - + c , determinar f (n/4).<br />

36. Encontrar uma função f tal que f '(x) + sen x = O e ,ff0) = 2.


Introdução à integração 341<br />

6.3 MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO OU<br />

MUDANÇA DE VARIÁVEL PARA INTEGRAÇÃO<br />

Algumas vezes, é possível determinar a integral de uma dada função, aplicando<br />

uma das fórmulas básicas depois de ser feita uma mudança de variável. Este processo<br />

é análogo à regra da cadeia para derivação e pode ser justificad-o como segue.<br />

Sejam flx) e F(x) duas funções tais que F ' (x) = f(x). Suponhamos que g seja<br />

outra função derivável tal que a imagem de g esteja contida no domínio de F. Podemos<br />

considerar a função composta F o g.<br />

Pela regra da cadeia, temos<br />

[F(g(x))]' = F ' (g(x)) • g ' (x) = f(g(x)) • g '(x), isto é, F(g(x)) é uma primitiva<br />

de f(g(x)) • g ' (x).<br />

Temos, então<br />

f (g (x)) g' (x) dx = F (g (x)) + c . (1)<br />

Fazendo u = g(x), du =g '(x) dx e substituindo em (1), vem<br />

f (g (x)) g ' (x) dx = f (u) du = F (u) + c.<br />

Na prática, devemos então definir uma função u = g(x) conveniente, de tal<br />

forma que a integral obtida seja mais simples.<br />

6.3.1 Exemplos. Calcular as integrais:<br />

(i)<br />

\1-<br />

1 +2x x2dx,s<br />

Fazemos u = 1 x2. Então, du = 2x dx. Temos,<br />

du ,1 1 1 r<br />

1 + x2 dxu


342 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

= 111 114 + C<br />

(ii) sen2 x cos x dx.<br />

= ln (1 +x2)+ c.<br />

Se fizermos u = sen x, então du = cos x dx. Assim,<br />

sen2 x cos x dx = Ju2du<br />

(iii) sen (x + 7) dx.<br />

= -<br />

U3<br />

+ C<br />

3<br />

sena x<br />

3<br />

+ c<br />

Fazendo u = x + 7, temos du = dx. Então,<br />

J sen (x + 7) dx = J sen u du<br />

(iv) f tg x dx.<br />

= - COS U + C<br />

= - cos (x + 7) + c.<br />

Podemos escrever tg x dx = sen x dx<br />

cos x


Fazendo u = cos x, temos du = — sen x dx e então sen x dx = — du. Portanto,<br />

tg x dx = r — du<br />

u<br />

(v) I dx<br />

(3x — 5) 8<br />

= — ln I cos x 1 + c.<br />

du — — ln lu I + c<br />

Fazendo u = 3x — 5, temos du = 3 dx ou dx = 1/3 du. Portanto,<br />

(3x dx_ 5)8.1* 1/3 du 1 1 u - 7<br />

3 j . ir 8 du = 3 _ 7 + c<br />

u8<br />

(vi) (x + sec 2 3x) dx.<br />

Podemos escrever,<br />

f<br />

—1<br />

+ c .<br />

21 (3x — 5)7<br />

(x + sec2 3x) dx = f x dx + J sec2 3x dx<br />

Introdução à integração 343<br />

x2<br />

— 2 + f sec2 3x dx . (1 )<br />

Para resolver J sec2 3x dx fazemos a substituição u = 3x. Temos, então<br />

du = 3dx ou dx = 1/3 du Assim,


344 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

J 1 1<br />

sec2 3x dx = sec2 u • — 3 du = — 3 sec2 u du<br />

Substituindo em (I), obtemos<br />

1 1<br />

= — 3 tg u + c = — 3 tg 3x + c .<br />

X21<br />

(x + sec2 3x) dx = — — tg 3x + c .<br />

2 3<br />

du<br />

u2 , (a O). 2<br />

+ a<br />

Como a O, podemos escrever a integral dada na forma<br />

du1 f.<br />

u2 + u2 +<br />

a2<br />

du •<br />

+ 1<br />

a 2<br />

Fazemos a substituição v = u a. Temos então, dv = 1/a du ou du = a dv.<br />

Portanto,<br />

du1 f a dv<br />

u 2 + a 2 a2 J v2 + 1<br />

1f dv<br />

a -1 v2 1- 1<br />

1<br />

=— a arc tg v + c<br />

1<br />

= arc tg — + c .<br />

a<br />

a


Escrevemos,<br />

r2 + dx 6x + 13 •<br />

Introdução à integração<br />

Para resolver esta integral devemos completar o quadrado do denominador.<br />

x2 +6x+13 = x2 +2•3x+9-9+13<br />

Portanto,<br />

= (x + 3)2 + 4.<br />

dx dx<br />

x2 + 6x + 13 (x + 3)2 +<br />

Fazendo u = x + 3, du = dx e usando o exemplo anterior, obtemos<br />

dx du<br />

= — 12 arc tg + c<br />

/ .x2 + 6x + 13<br />

u.. ± 2<br />

2<br />

2<br />

(ix) — 2<br />

x + 1<br />

1 arc tg x + 3<br />

= — 2 2 + c .<br />

Neste caso, fazemos a substituição u = — 2 . Então, u2 = x — 2 ou x = u2 + 2,<br />

ou ainda, dx = 2 u du.<br />

Substituindo na integral, vem<br />

— 2<br />

x + 1 dx 2 u du<br />

u2 + 2 + 1<br />

2 u2 du 2 u2 du<br />

u2 + 3 u2 + 3<br />

345


346 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Efetuando a divisão dos polinômios, temos<br />

— 2<br />

x + 1<br />

(x) J .Nit2 - 2 t4 dt .<br />

Escrevemos,<br />

— 3<br />

dx 2 ( 1 + ) du<br />

u2 3<br />

2 [ du 3<br />

= 2 u — 6 J. du<br />

u2 + 3<br />

du<br />

u2 + 3<br />

6<br />

ar c= 2 u — tg + c<br />

.N13 '‘1 3<br />

6 x —<br />

= 2 -■ix — 2 — arc tg •Ni 2 + c .<br />

'Vt2 —2 t4 d = f t2 (1 — 2 t2) dt = J t — 2 t2 dt .<br />

—<br />

Fazendo u = 1 — 2t2, temos du = — 4t dt e então t dt = du Assim,<br />

.\it2 - 2 t4 dt<br />

u1/2 — du<br />

4<br />

1 u3/2— 1<br />

4 3/2 4- c<br />

1<br />

_ — 4 u 1/2 du<br />

— 2 t2)3/2 + C .


6.4 EXERCÍCIOS<br />

Calcular as integrais seguintes usando o método da substituição.<br />

Introdução à integração 347<br />

(2x2 + 2x — 3) 10 (2x + 1) dx (x3 — 2) 1/7 x2 dx<br />

f 5 x dx<br />

.\1X —<br />

1 1Ix2 + 2x4 dx f<br />

et dt<br />

u et + 4 1<br />

11.<br />

15. 1<br />

. 5x "‘/4 — 3x2 dx<br />

(e2t + 2) 1/3 e2t dt<br />

ei/x + 2<br />

tg x sec2 x dx 10. senil x cos x dx<br />

sen x dx<br />

COS 5 X<br />

ex cos 2 et dx<br />

5. sen (50 — 7t) de<br />

2 sec2 0 de<br />

a + b tg 0<br />

19( dy<br />

y` — 4y + 4<br />

1<br />

x2<br />

dx<br />

2 sen x — 5 cos x dx<br />

cos x<br />

cos X2 dx<br />

3i.arc sen y<br />

dy<br />

—y2<br />

18.<br />

( 16 dx + r2<br />

).‘./ S sen 0 cos g O de


348 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

21.<br />

23.<br />

25.<br />

27.<br />

29.<br />

31.<br />

33.<br />

35.<br />

37.<br />

39.<br />

41.<br />

43.<br />

ln x2\,<br />

dx 22.<br />

x<br />

f 'N/3 t4 + t2 dt 24.<br />

3 dx<br />

-I x2 - 4x + 1<br />

+ 3<br />

x - 1<br />

dx<br />

26.<br />

28.<br />

f (sen 4x + cos 27c) dx 30.<br />

f x e3x2 dx<br />

dt<br />

t ln t<br />

.f (e2x + 2)5 e2x dx<br />

cos x f dx<br />

3 - sen x<br />

5 x2 -V1 + x dx<br />

32.<br />

34.<br />

36.<br />

38.<br />

40.<br />

f t cos t2 dt 42.<br />

1 sen1/2 2 O cos 2 O dO 44.<br />

(e" + e-arf dx<br />

4 dx<br />

4 xa + 20x + 34<br />

est dx<br />

e2x + 16<br />

3 dx<br />

x lna 3x<br />

( 2x2 1- x dx<br />

dt<br />

(2 +<br />

8x \I1 - 2x2 dx<br />

ef 4 t dt<br />

'‘/4 t2 + 5<br />

l' dv<br />

i 'i-v- (1 + 'Nfv-)5<br />

f x4 e- x s dx<br />

5 8x2 16x3 + 5 dx<br />

5 seca (5x + 3) dx


45.<br />

sen O dO<br />

•/ (5 - cos 0) 3<br />

46. $<br />

Introdução à integração 349<br />

cotg u du<br />

47. f (1 + e-at)3/2 e-at dt , a > O 48. 1 cos<br />

x<br />

49. r ,Ft - 4 dt 50. x2 (sen 2x3 + 4x) dx<br />

$<br />

6.5 MÉTODO DE INTEGRAÇÃO POR PARTES<br />

ou,<br />

ou ainda,<br />

Sejam f(x) e g(x) funções deriváveis no intervalo I. Temos,<br />

[f(x) g(x)]' = f(x) - g ' (x) + g(x) • f ' (x)<br />

f(x) • g ' (x) = [f(x) g(x)]' - g(x) • f ' (x)•<br />

Integrando ambos os lados dessa equação, obtemos<br />

f (x) • g ' (x) dx = f [f (x) g (x)r dx - g (x) • f ' (x) dx,<br />

f (x) • g ' (x) dx = f (x) • g (x) -1 g (x) • f ' (x) dx. (1)<br />

Observamos que na expressão (1) deixamos de escrever a constante de integração,<br />

já que no decorrer do desenvolvimento aparecerão outras. Todas elas podem<br />

ser representadas por uma única constante c, que introduziremos no final do processo.<br />

Na prática, costumamos fazer<br />

u = f(x) du = f ' (x) dx<br />

dx


350 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

e<br />

v = g(x) dv = g '(x) dx.<br />

Substituindo em (1), vem<br />

que é a fórmula de integração por partes.<br />

6.5.1 Exemplos<br />

(i) Calcular j x e-2x dx.<br />

Antes de resolver esta integral, queremos salientar que a escolha de u e dv<br />

são feitas convenientemente.<br />

e obtemos<br />

Neste exemplo, escolhemos u = x e dv = e-2x dx. Temos,<br />

u= x du= dx<br />

dv = e-2x dx v= j e-2x dx = 2 1 e-2x .<br />

Aplicamos então a fórmula<br />

f udv=u•vivdu<br />

dx =<br />

— 1<br />

2<br />

e- 2x<br />

— 1<br />

2<br />

dx


Calculando a última integral, vem<br />

x • e-2x dx — 2<br />

1 1<br />

x e — — —4 e — + c .<br />

Introdução à integração 351<br />

Observamos que se tivéssemos escolhido u = C2x e dv = x dx, o processo nos<br />

levaria a uma integral mais complicada.<br />

(ii) Calcular ln x dx.<br />

Seja<br />

u x du = llx dx<br />

dv = dx v = dx = x.<br />

Integrando por partes, vem<br />

5 ln xdx = (ln x)• x — x• 1 dx<br />

= xlnx—f dx<br />

x ln x — x + c.<br />

(iii) Calcular x2 sen x dx.<br />

Neste exemplo, vamos aplicar o método duas vezes. Seja<br />

u = x2du=2xdx<br />

dv = sen x dx v = sen x dx = — cos x.


Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Integrando por partes, vem<br />

x2 •sen x dx = x2 (— cos x) — J(— cos x) 2x dx<br />

= —x2 cosx+2fxcosxdx.<br />

A integral x cos x dx deve ser resolvida também por partes. Fazemos,<br />

u = x du = dx<br />

dv = cos x dx v = J cos x dx = sen x.<br />

Temos,<br />

x cos x dx = x sen x — J sen xdx.<br />

Logo,<br />

. x2 sen j x dx = cos x + 2 [x sen x — sen x dx]<br />

(iv) Calcular eax sen x dx.<br />

—x2 cos x + 2x sen x + 2 cos x + c.<br />

Este exemplo ilustra um artifício para o cálculo, que envolve também duas<br />

aplicações da fórmula de integração por partes.<br />

Seja<br />

u = e2x du = 2 e2x dx<br />

dv = sen x dx v = J sen x dx = — cosi.


Aplicando a integração por partes, vem<br />

e21` sen x dx e2r (- cos x) - f (- cos x) 2e2x dx<br />

—e2x COS X 1- 2 e2x cos x dx.<br />

Introdução à integração 353<br />

Resolvendo .1 e2x cos x dx por partes, fazendo u = e2x e dv = cos x dx,<br />

encontramos<br />

S e2x<br />

sen x dx = -e2x cos x + 2 [e2x sen x - f sen x • 2 elt. dx]<br />

= -e2x cos x + 2 e2x sen x - 4 f ea' sen x dz. (2)<br />

Observamos que a integral do 2 membro é exatamente a integral que quere-<br />

mos calcular. Somando 4 f e2x sen x dx a ambos os lados de (2) , obtemos<br />

5 .1 e2x sen x dx = -e2x cos x + 2 e2x sen x.<br />

Logo,<br />

e2x sen x dx = 5 (2 e2x sen x - e2x cos x) + c .<br />

(v) Calcular f sena x dx.<br />

Neste caso, fazemos<br />

u = sen2 x du = 2 sen x cos x dx<br />

dv = sen x dx v = f sen x dx = - cos x.<br />

.r,<br />

, C' s<br />

ttik -<br />

V --


354 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Então,<br />

J<br />

sena x dx = sen2 x (- cos x) - - cos x • 2 sen x cos x dx<br />

6.6 EXERCÍCIOS<br />

- sen2 x cos x + 2 cos2 x sen x dx<br />

COS 3 X<br />

= - sen 2 X COS X — 2<br />

3 + c .<br />

Resolver as seguintes integrais usando a técnica de integração por partes.<br />

1. $ x sen 5x dx G 5 ln (1 — x) dx<br />

3. f t e4t dt 4. (x f + 1 ) cos 2 x dx<br />

5. f x ln 3 x dx 6. i cos3 x dx<br />

7. f ex cos ";, dx 8. 5 \rx ln x dx<br />

9. cosec3 x dx 10. $ x2 cos a x dx<br />

11. $ x cosec2 x dx 12. j. arc cotg 2x dx


13. f e" sen bx dx<br />

15. X3 — X2 dX<br />

14.<br />

Introdução à integração 355<br />

ln (ax + b)<br />

dx<br />

"■Iax + b<br />

16. J 1n3 2 x dx<br />

17. j. are tg a x dx 18. 5 x3 sen 4x dx<br />

19. f (x — 1) e' dx 20. f x2 ln x dx<br />

21. f x2 ex dx 22. i arc sen ; dx<br />

23. (x — 1) sec2 x dx J 24. e3x cos 4x dx<br />

25. x"- ln x dx , n E N 26. 5<br />

in(x2 +1)dx<br />

27. ln (x + 1 + x2 ) dx 28. x arc tg x dx<br />

29. dx 30. x cose x dx<br />

31. J (x+ 3)2 ex dx 32. J x + 1 dx<br />

33. cos (ln x) dx 34. arc cos x dx<br />

35. seca x dx 36.<br />

x3<br />

evx dx.


356 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.7 ÁREA<br />

Desde os tempos mais antigos os matemáticos se predcupam com o problema<br />

de determinar a área de uma figura plana. O procedimento mais usado foi o método da<br />

exaustão, que consiste em aproximar a figura dada por meio de outras, cujas áreas são<br />

conhecidas.<br />

Como exemplo, podemos citar o círculo. Para definir sua área, consideramos<br />

um polígono regular inscrito de n lados, que denotamos por Pn (Figura 6.1(a)).<br />

Seja An a área do polígono P n. Então, An = n AT , onde AT é a área do<br />

triângulo de base /n e altura hn (Figura 6.1(b)).<br />

(a) (b)<br />

Figura 6-1<br />

I •<br />

n n<br />

Como A<br />

T — e o perímetro do polígono Pn é dado por p n = nin,<br />

2<br />

vem<br />

h<br />

A n = n •<br />

In hn pn hn<br />

2 2<br />

Fazendo n crescer cada vez mais, isto é, n + co, o polígono Pn toma-se uma<br />

aproximação do círculo. O perímetro p n aproxima-se do comprimento do círculo 2nr e<br />

a altura hn aproxima-se do raio r.


Temos,<br />

2 icr r<br />

lim A =<br />

n — n r2 , que é a área do círculo.<br />

n --)<br />

2<br />

Introdução à integração 357<br />

Para definir a área de uma figura plana qualquer, procedemos de forma análoga.<br />

Aproximamos a figura por polígonos cujas áreas possam ser calculadas pelos<br />

métodos da geometria elementar.<br />

Consideremos agora o problema de definir a área de uma região plana S,<br />

delimitada pelo gráfico de uma função contínua não negativa f, pelo eixo dos x e por<br />

duas retas x = a e x = b (ver Figura 6.2).<br />

Figura 6-2<br />

Para isso, fazemos uma partição do intervalo [a, b], isto é, dividimos o intervalo<br />

[a, b] em n subintervalos, escolhendo os pontos<br />

a = x < x < < x. < x. < ...< x n = b .<br />

o 1-1<br />

Seja Axi = xi - xi_ 1 o comprimento do intervalo [x i_ 1 , xi].<br />

Em cada um destes intervalos [x i_ 1 , xi], escolhemos um ponto qualquer ci .<br />

Para cada i, i = 1, n, construímos um retângulo de base Ax i e altura f(ci)<br />

(ver Figura 6.3).


358 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Figura 6-3<br />

A Figura 6.4 ilustra esses retângulos nos casos n = 4 e n = 8.<br />

Figura 6-4<br />

A soma das áreas dos n retângulos, que representamos por Sn, é dada por:<br />

Sn = f(c 1) Axi +1(c2) &2 +... +.ficn) An<br />

= fici) Axi .<br />

i = 1<br />

Esta soma é chamada soma de Riemann da função f(x).


Introdução à integração 359<br />

Podemos observar que a medida que n cresce muito e cada Azi, i = 1, n,<br />

torna-se muito pequeno, a soma das áreas retangulares aproxima-se do que intuitivamente<br />

entendemos como a área de S.<br />

6.7.1 Definição. Seja y = f(x) uma função contínua, não negativa em [a, b]. A área<br />

sob a curva y =flx), de a até b, é definida por<br />

A = Hm<br />

n<br />

máx A x. —> O i = 1<br />

flc i) A xi,<br />

onde para cada i = 1, n, c i é um ponto arbitrário do intervalo<br />

É possível provar que o limite desta definição existe e é um<br />

negativo.<br />

6.8 INTEGRAL DEFINIDA<br />

[xi_i , xil.<br />

número não<br />

A integral definida está associada ao limite da definição 6.7.1. Ela nasceu com<br />

a formalização matemática dos problemas de áreas. De acordo com a terminologia<br />

introduzida na seção anterior, temos a seguinte definição.<br />

6.8.1 Definição. Seja f uma função definida no intervalo [a, b] e seja P uma<br />

partição qualquer de [a, b]. A integral definida de f de a até b, denotada por<br />

r f(x) dx ,<br />

a<br />

é dada por<br />

fb flx) dx = lim<br />

a máx Ari —> O<br />

desde que o limite do 2° membro exista.


360 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Se fb f(x) dx existe, dizemos que f é integrável em [a, b].<br />

a<br />

Na notação sb f(x) dx , os números a e b são chamados limites de integração<br />

a<br />

(a = limite inferior e b = limite superior).<br />

Se f é integrável em [a, b], então<br />

Sb f(x) dx = f(t) dt = fb f(s) ds ,<br />

a a a<br />

isto é, podemos usar qualquer símbolo para representar a variável independente.<br />

Quando a função f é contínua e não negativa em [a, b], a definição da integral<br />

definida coincide com a definição da área (Definição 6.7.1). Portanto, neste caso, a<br />

integral definida<br />

f(x) dx<br />

a<br />

é a área da região sob o gráfico de f de a até b.<br />

Sempre que utilizamos um intervalo [a, b], supomos a < b. Assim, em nossa<br />

definição não levamos em conta os casos em que o limite inferior é maior que o limite<br />

superior.<br />

6.8.2 Definição<br />

(a) Se a > b, então<br />

J(x) dx = — r f(x) dx ,<br />

se a integral à direita existir.<br />

(b) Se a = b e f(a) existe, então<br />

f f(x) dx = O .<br />

a


Introdução à integração 361<br />

É muito importante saber quais funções são integráveis. Uma ampla classe de<br />

funções usadas no Cálculo é a classe das funções contínuas. O teorema abaixo, cuja<br />

demonstração será omitida, garante que elas são integráveis.<br />

6.8.3 Teorema. Se f é contínua sobre [a, b], então f é integrável em [a, b].<br />

Propriedades da Integral Definida<br />

6.8.4 Proposição. Se f é integrável em [a, b] e k é um número real arbitrário, então<br />

k f é integrável em [a, b] e<br />

Sb k f(x) dx = k f f(x) dx<br />

a a<br />

Prova. Como f é integrável em [a, b], existe o<br />

lim<br />

máx Ax. O<br />

= 1<br />

f(c i) Axi ,<br />

e portanto, podemos escrever<br />

Sb k f(x) dx lim k f(c Axi<br />

a máx exiO =. 1<br />

k lim (c. Axi<br />

áx Az . O =<br />

= k t f(x) dx .<br />

a<br />

n


362 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.8.5 Proposição. Se f e g são funções integráveis em [a, b], então f + g é integrável<br />

em [a, b] e<br />

r „(x) ,g(x)1dx f(x) dx + g(x) dx.<br />

a a a<br />

Prova. Se f é integrável em [a, b] existe o limite<br />

lim fiC i) ,\x , que é a fb f(x) dx .<br />

máx Az. --> O i = 1 a<br />

Se g é integrável em [a, b] , existe o limite<br />

n<br />

lim E g(c i) Axi , que é a fb g(x) dx .<br />

máx Ax —> O = a<br />

Escrevemos então,<br />

fb+ g(x)1 dx = lim Cffci) + g(c) ) Axi<br />

a máxAxi-÷0 i=1<br />

lim f(c i) Axi + lim g(c i)<br />

máx O i = 1máx O i = 1<br />

Ç f(x) dx + g(x) dx<br />

a a<br />

Observamos que esta proposição pode ser estendida para um número finito de<br />

funções, ou seja,


[Ti (x) + f2(x) + + fn(x)] dx =<br />

a<br />

Introdução à integração 363<br />

fi (x) dx + Sb f2 (x) dx ...<br />

a<br />

+ fb fn (x)dx<br />

a<br />

Vale também para o caso de termos diferença de funções, isto é,<br />

fb [f(x) — g(x)] dx = r f(x) dx — g(x) dx .<br />

a a a<br />

6.8.6 Proposição. Se a


364 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Usando a definição de integral definida, vem<br />

fb flx) dx lim f(ci) Axi<br />

a máxhai -› o<br />

1<br />

lim<br />

máx Azi -> O<br />

( r<br />

i = 1<br />

fici)Axi + f(ci)Axi<br />

= r + 1<br />

llm f(ci)Axi + lim flc)Axi<br />

MáJC AXiO i MáX AXi -> O i=r+i<br />

f(x) dx + fb fix) dx<br />

a c<br />

Esta propriedade pode ser generalizada: "Se f é integrável em um intervalo<br />

fechado e se a, b, c são pontos quaisquer desse intervalo, então<br />

fb flx) dx = Sc f(x) dx + fb fix) dx ."<br />

a a c<br />

A Figura 6.5 ilustra a proposição 6.8.6, para o caso em que f(x) > O. A área<br />

do trapezóide ABCD adicionada à área do trapezóide BEFC é igual à área do trapezóide<br />

AEFD.<br />

Figura 6-5


Introdução à integração 365<br />

6.8.7 Proposição. Se f é integrável e se f(x) >_ O para todo x em [a, b], então<br />

Sb f(x) dx O .<br />

a<br />

Prova. Como .Aci ) O para todo ci em [xi_ 1 , xi], segue que<br />

Portanto,<br />

= 1<br />

f(ci) AxiO .<br />

n<br />

lim .Ac i)A ^. O<br />

MáXAXi -4 O = 1<br />

e dessa forma fb f(x) dx O .<br />

a<br />

6.8.8 Proposição. Se f e g são integráveis em [a, b] e f(x) g(x) para todo x em<br />

[a, b], então<br />

Prova. Fazemos<br />

.ftx) dx r g(x) dx .<br />

a a<br />

I = r f(x) dx — g(x) dx .<br />

a a


366 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Devemos mostrar que 1 _^ O. Usando a proposição 6.8.5, podemos escrever<br />

1 = Sb f(x) dx — jb g(x) dx<br />

a a<br />

= fb Ú(x) — g(x)) dx .<br />

a<br />

Como f(x) g(x) para todo x e [a, b] temos que f(x) — g(x) O, para todo<br />

x e [a, b].<br />

Usando a proposição 6.8.7, concluímos que I _^ O.<br />

6.8.9 Proposição. Se f é uma função contínua em [a, b], então<br />

fb f(x) dx<br />

a<br />

Sb I f(x) dx<br />

a<br />

Prova. Se f é contínua em [a, b], então<br />

a) f é integrável em [a, b];<br />

b) I f 1 é contínua em [a, b];<br />

c) I f 1 também é integrável em [a, b].<br />

Sabemos que<br />

— I f(x) I f(x) I f(x) I .<br />

Usando a proposição 6.8.8, escrevemos<br />

fb — ifix) dx fb f(x) dx r,fix)I dx .<br />

a a a


Pela proposição 6.8.4, vem<br />

— fb 1f(x) 1 dx 5 f(x) dx 5_ fb Igx) 1 dx .<br />

a a a<br />

Usando a propriedade 1.3.3(i), segue que<br />

f(x) dx<br />

a<br />

sb f(x) dx<br />

a<br />

Introdução à integração 367<br />

Na proposição a seguir, cuja demonstração será omitida, apresentamos o Teorema<br />

do Valor Médio para integrais.<br />

6.8.10 Proposição. Se f é uma função contínua em [a, b], existe um ponto c entre a<br />

e b tal que<br />

fb flx) dx = (b — a) f(c) .<br />

a<br />

Seflx) O, x e [a, b], podemos visualizar geometricamente esta proposição.<br />

Ela nos diz que a área abaixo da curva y =f(x), entre a e b, é igual à área de um retângulo<br />

de base b — a e altura f(c) (ver Figura 6.6).<br />

Figura 6-6


. 368 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.9 TEOREMA FUNDAMENTAL DO CÁLCULO<br />

O teorema fundamental do Cálculo nos permite relacionar as operações de<br />

derivação e integração. Ele nos diz que, conhecendo uma primitiva de uma função<br />

contínua f: [a, b] —> I?, podemos calcular a sua integral definida f(t) dt . Com<br />

a<br />

isso, obtemos uma maneira rápida e simples de resolver inúmeros problemas práticos<br />

que envolvem o cálculo da integral definida.<br />

Para apresentar formalmente o teorema, inicialmente vamos definir uma<br />

importante função auxiliar, como segue.<br />

Tomamos a integral definida<br />

ff(t)dt ,<br />

a<br />

fixamos o limite inferior a e fazemos variar o limite superior. Então, o valor da integral<br />

dependerá desse limite superior variável, que indicaremos por x. Fazendo x variar no<br />

intervalo [a, b], obtemos uma função G(x), dada por<br />

G(x) = r flt) dt .<br />

a<br />

Intuitivamente, podemoS compreender o significado de G(x), através de uma<br />

análise geométrica. Conforme vimos na seção 6.8, se f(t) _^ O, V t E [a, b], a integral<br />

f(t) dt<br />

a<br />

representa a área abaixo do gráfico de f entre a e b (ver Figura 6.7(a)).<br />

Da mesma forma,<br />

G(x) = f f(t) dt<br />

a<br />

nos dá a área abaixo do gráfico de f entre a e x (ver Figura 6.7(b)). Podemos observar<br />

que G(a) = O e G(b) nos dá a área da Figura 6.7(a).


lição.<br />

Introdução à integração 369<br />

Y = f(t) Y = f<br />

(a) (b)<br />

Figura 6-7<br />

Vamos agora, determinar a derivada da função G(x). Temos a seguinte propo-<br />

6.9.1 Proposição. Seja f uma função contínua num intervalo fechado [a, b]. Então<br />

a função G: [a, b] —> n definida por<br />

G(x) = f(t) dt ,<br />

a<br />

tem derivada em todos os pontos x E [a, b] que é dada por<br />

G ' (x) = f(x), ou seja,<br />

dx<br />

,fft) dt = f(x) .<br />

Prova. Vamos determinar a derivada G ' (x), usando a definição<br />

G '(x) = lim G(x + Ar) — G(x)<br />

Ax<br />

Ax —> O


370 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

e então,<br />

Temos,<br />

r G(x) = f(t) dt ;<br />

a<br />

+Ax<br />

G(x + Ax) = r ,f(t)dt ;<br />

a<br />

+Ax<br />

G(x + dx) — G(x) = J f(t) dt — J f(t) dt .<br />

a a<br />

Usando a proposição 6.8.6, podemos escrever<br />

ix+Ax<br />

r f(t) dt = f(t) dt + r+Ax f(t) dt<br />

j a a<br />

G(x + Az) — G(x) =<br />

+Ax<br />

f(t) dt + r f(t) dt — f<br />

a+Ax<br />

flt) dt<br />

x<br />

J<br />

,fit) dt<br />

a<br />

Como f é contínua em [x, x + Ax}, pela proposição 6.8.10, existe um ponto<br />

x entre x e x + Ax tal que<br />

rx+Ax<br />

f(t) dt = (x + A x — x) f( x )<br />

= f(x- ) Ax<br />


Portanto,<br />

lim G(x + A x) — G(x)lim f( ) A x<br />

Ar -4 0 Ax o Ax<br />

= ) .<br />

Az —> O<br />

Introdução à integração 371<br />

Como x está entre x e x + Ax, segue que x x quando Ax —> O. Como f é<br />

contínua, temos<br />

lim f(x ) = lim f( x ) = f(x).<br />

Ax —> X -) X<br />

Logo,<br />

G (. x + A x) — G(x)<br />

hm — f(x) , ou seja,<br />

Ax<br />

G '(x) = f(x).<br />

Observamos que quando x é um dos extremos do intervalo [a, b], os limites<br />

usados na demonstração serão limites laterais. G '(a) será uma derivada à direita e G' (b)<br />

uma derivada à esquerda.<br />

Uma importante conseqüência desta proposição é que toda função f(x) contínua<br />

num intervalo [a, b] possui uma primitiva que é dada por<br />

G(x) = r f(t) dt .<br />

a<br />

Outro resultado importante obtém-se da análise geométrica. Voltando à Figura<br />

6.7, podemos dizer que a taxa de variação da área da Figura 6.7(b) com relação a t é<br />

igual ao lado direito da região.<br />

Podemos agora, estabelecer formalmente' o Teorema Fundamental do Cálculo.


372 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.9.2 Teorema. Se f é contínua sobre [a, b] e se F é uma primitiva de f neste<br />

intervalo, então<br />

fb f(t) dt = F(b) — F(a) .<br />

a<br />

Prova. Como f é contínua sobre [a, b], pela proposição 6.9.1, segue que<br />

G(x) = r f(t) dt<br />

a<br />

é uma primitiva de f nesse intervalo.<br />

Seja F(x) uma primitiva qualquer de f sobre [a, b]. Pela proposição 6.1.5,<br />

temos que<br />

F(x) = G(x) + C, V x E [a, b].<br />

Como G(a) = ja f(t) dt = O e G(b) = Sb f(t) dt , calculando a diferença<br />

a a<br />

F(b) — F(a), obtemos<br />

F(t)<br />

b<br />

a<br />

F(b) — F(a) = (G(b) + c) — (G(a) + c)<br />

= G(b) — G(a)<br />

= fb f(t) dt — O<br />

a<br />

= r f(t) dt<br />

a<br />

Observamos que a diferença F(b) — F(a) usualmente é denotada por<br />

. Também escrevemos,<br />

fb f(x) dx = F(x)<br />

a<br />

b<br />

a<br />

= F(b) — F(a) .


6.9.3 Exemplos. Calcular as integrais definidas:<br />

(i) 53 x dx .<br />

Introdução à integração 373<br />

1<br />

Sabemos que F(x) =<br />

2 x2 é uma primitiva de f(x) = x. Portanto,<br />

x dx _ 1<br />

2 x2<br />

2<br />

(ii) cos t dt<br />

o<br />

3<br />

1<br />

— 32 - 2<br />

1<br />

2<br />

12 9 1 4<br />

2 2<br />

A função F(t) = sen t é uma primitiva de f(t) = cos t. Logo,<br />

J<br />

o<br />

cos t dt = sen t<br />

n/2<br />

(iii)<br />

o (x3 — 4x2 + 1) dx .<br />

o<br />

= sen —7t — sen O = 1.<br />

2<br />

Usando as propriedades da integral definida e o Teorema Fundamental do<br />

Cálculo, temos<br />

1<br />

(x3 — 4x2 + 1) dx = x3 dx — 4 x2 dx + dx<br />

O o o<br />

x4<br />

4<br />

—4<br />

x3<br />

3<br />

= ( — 4 — O) — ( — 4 — O) + (1 — O)<br />

3<br />

= —1/12.<br />

1<br />

+ x<br />

1<br />

o


374 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

1 x dx<br />

(iv) 10X2 ± 1<br />

Vamos primeiro, encontrar a integral indefinida<br />

/ x dx<br />

x2 + 1 •<br />

Para isso, fazemos a substituição u = x2 + 1. Temos então, du = 2x dx ou<br />

du<br />

x dx = — . Portanto,<br />

2<br />

du/2 1 du<br />

– 1<br />

J u 2 u 2<br />

ln lul + c<br />

1<br />

• – 2 ln (x2 + 1) + c .<br />

Logo, pelo Teorema Fundamental do Cálculo, temos<br />

1.1 x dx<br />

1<br />

• ln (x2<br />

J0<br />

+ 1)<br />

x2 + 1 2<br />

1<br />

= – 2 ln 2 – 1 ln 1<br />

2<br />

In 2 .<br />

Observamos que, para resolver esta integral, também podemos fazer a mudança<br />

de variáveis na integral definida, desde que façamos a correspondente mudança nos<br />

limites de integração.<br />

Ao efetuarmos a mudança de variável fazendo u = x2 + 1, vemos que:<br />

x = O u = 1;<br />

x = 1 u = 2.<br />

1<br />


Então,<br />

1 x dx<br />

-I o x2 ± 1 —<br />

(v) 12 x e -X.2 +1 dx .<br />

1<br />

2 du/21 2 du1 — ln I u I<br />

2 1 u 2<br />

= — 1 (ln 2 — ln 1) = — 1 ln 2 .<br />

2<br />

Calculamos primeiro a integral indefinida 1= x e<br />

Introdução à integração 375<br />

2<br />

1<br />

2<br />

x + 1<br />

Fazendo u = —x2 + 1, temos du = —2x dx ou x dx = -- du • Assim,<br />

2<br />

= S eu — du — 1 s — 1<br />

— eu du<br />

2<br />

2<br />

Logo,<br />

2 —<br />

x e-x + 1 dx — 1<br />

.1<br />

2<br />

6.10 EXERCÍCIOS<br />

x2 + 1<br />

2<br />

eu + c<br />

1 c_x2 + + c .<br />

2<br />

—14 + 1 1 - 1 + 1 — 1 e 3 +<br />

C + —<br />

2 2 2 2<br />

2 2 2<br />

1. Calculando as integrais / 1 = f x2 dx , 12 = x dx e 13 = dx ,<br />

obtemos // = 7/3, /2 = 3/2 e I3 = 1. Usando estes resultados, encontrar o valor de:


376 Cálculo A- Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

a) 12<br />

c-1) dx b) 2x (x + 1) dx<br />

c) 2 (x - 1) (x - 2) dx d) 52 (3x + 2) 2 dx<br />

1<br />

2. Sem calcular a integral, verificar as seguintes desigualdades:<br />

a) f 3<br />

(3X2 + 4) dx $ 3(2x2<br />

+ 5) dx<br />

1 1<br />

b)<br />

-1 dx <<br />

-2 X -2 2<br />

s3rc✓2<br />

c) sen x dx O<br />

- cos x dx O .<br />

o ni2<br />

3.<br />

1 5,---<br />

Se f Nx2 dx =<br />

O<br />

7 r calcular dt.<br />

4.<br />

r./ 2<br />

Se 9 cos2 t dt = 9 71 calcular<br />

o<br />

4 '<br />

- cos2 O dO.<br />

5. Verificar se o resultado das seguintes integrais é positivo, negativo ou zero, sem calculá-las.<br />

a) fo dx$2. n<br />

c)<br />

0 x + 2<br />

(2x + 1) dx<br />

2<br />

6. Determinar as seguintes derivadas:<br />

a) dx r 2 "\it 4 dt I L.<br />

c)<br />

d<br />

d 8 s 1<br />

t sen t dt<br />

b)<br />

o<br />

3<br />

1<br />

sen t dt<br />

(X2 — 2x - 3) dx<br />

m d 2x A_<br />

dy J 3 x2 + 9 `4-4


a) f(x) =<br />

2x + , — 1 x < O<br />

5 , 0 x


378 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

10. Se f(x) é contínua e m 5f(x) para todo x em [a, b], provar que<br />

m (b - a) fb f(x) dx . Ilustrar graficamente, supondo m > 0.<br />

a<br />

11. Aplicar os resultados dos exercícios 9 e 10, para encontrar o menor e o maior valor possível<br />

das integrais dadas a seguir:<br />

4<br />

a) r 5x dx b) 1 2x2 dX<br />

3 -2<br />

c) .14 I x - 11 dx 14 (x4 - 8,12 + 16) dx<br />

-1<br />

Nos exercícios de 12 a 34, calcular as integrais.<br />

12. x(1,_ x3) dx 13. r (x2_ 4x + 7) dx<br />

-1 - 3<br />

14. s2 dx<br />

6<br />

1 x<br />

16.<br />

18.<br />

20.<br />

22.<br />

dy<br />

o '13y + 1<br />

f1 x2 dx<br />

- 1<br />

,1x3 + 9<br />

4 dx<br />

r.,Ix2+ 9<br />

24. _ 'NI2x - 1 dx 25.<br />

15. r 2t dt<br />

4<br />

17. 7.<br />

19.<br />

$ 12t - 4 I dt 21.<br />

-2 5<br />

1 021c<br />

23. JJ o<br />

r/4<br />

n/4<br />

sen x cos x dx<br />

I sen xl dx<br />

1x2 - 3x + 2 dx<br />

v2 dv<br />

- 2 ( v 3 — 2)2<br />

dx<br />

,(,,,+,)3


26. x + x dx<br />

J o<br />

2<br />

cos x<br />

28.<br />

J7 (1 + sen x)5 dx<br />

27. ri2<br />

29. f<br />

Introdução à integração 379<br />

O<br />

O<br />

sen2 x dx<br />

(2x + 1)- 1 /2 dx<br />

r 5x3 7x2<br />

30. ecx dx<br />

31.<br />

- 5x + 2<br />

dx<br />

o<br />

1 x2 2 1 2<br />

32. 1.2 x ln x dx 33. s- (t — — ) dt<br />

*I 1 - 3 t<br />

s- 1 x3 8<br />

34.<br />

dx .<br />

o x + 2<br />

35. Seja f contínua em [-a, a]. Mostrar que:<br />

a) Se f é par então ia f(x) dx = 2 ia f(x) dx .<br />

-a O<br />

b) Se f é ímpar então f f(x) dx = O .<br />

-a<br />

36. Usar o resultado do exercício 35 para calcular:<br />

a) fn 2 sen x dx<br />

-rz<br />

c)<br />

fl<br />

- 1<br />

(x4 + x2) dx .<br />

6.11 CÁLCULO DE ÁREAS<br />

b)<br />

-<br />

cos x dx<br />

• 7t<br />

O cálculo de área de figuras planas pode ser feito por integração. Vejamos as<br />

situações que comumente ocorrem.


380 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.11.1 Caso I. Cálculo da área da figura plana limitada pelo gráfico de f, pelas retas<br />

x = a, x = b e o eixo dos x, ondef é contínua e.fix) O, V XE [a, b] (ver Figura<br />

6.8).<br />

Neste caso, a área é dada por<br />

fb f(x) dx .<br />

a<br />

Figura 6-8<br />

6.11.2 Exemplo. Encontre a área limitada pela curva y = 4 x 2 e o eixo dos x.<br />

A curva y = 4 — x2 intercepta o eixo dos x nos pontos de abscissa —2 e 2 (ver<br />

Figura 6.9).<br />

Figura 6-9


2<br />

A = (4 — x2) 1 dx<br />

-2<br />

2<br />

X3<br />

4x — —<br />

3<br />

/ -2<br />

N‘N<br />

y= f(x)<br />

Introdução à integração 381<br />

No intervalo [-2 , 2], y = 4 — x2 ^ 0. Assim, a área procurada é a área sob o<br />

gráfico de y = 4 — x2 de —2 até 2. Temos,<br />

[ (8 — 8/3) — 8 —<br />

Portanto, A = 32/3 u • a (32/3 unidades de área).<br />

2) 3 \ = 32<br />

3 — 3 '<br />

6.11.3 Caso II. Cálculo da área da figura plana limitada pelo gráfico de f, pelas retas<br />

x = a, x = b e o eixo dos x, ondef é contínua eflx) 0, V x E [a, b] (ver Figura<br />

6.10).<br />

É fácil constatar que neste caso basta tomar o módulo da integral<br />

r f(x) dx , ou seja,<br />

a<br />

A =<br />

jb f(x) dx<br />

a<br />

Figura 6-10


382 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

6.11.4 Exemplos.<br />

(i) Encontre a área limitada pela curva y = — 4 + x 2 e o eixo dos x.<br />

A curva y = x2 — 4 intercepta o eixo dos x nos pontos de abscissa —2 e 2 (ver<br />

Figura 6.11).<br />

Figura 6-11<br />

No intervalo [-2, 2], y = x 2 — 4 O. Assim,<br />

A =<br />

f2 (x2 — 4) dx<br />

- 2<br />

— 32<br />

3<br />

32 3 u.a.<br />

(ii) Encontre a área da região S, limitada pela curva y = sen x e pelo eixo<br />

dos x de O até 27c.<br />

Precisamos dividir a região S em duas subregiões S 1 e S2 (ver Figura 6.12).


Figura 6-12<br />

Introdução à integração 383<br />

No intervalo [O, n], y = sen x ^ O e no intervalo [n, 2n], y = sen x O. Portanto,<br />

se A l é a área de S 1 e A 2 é a área de S2, temos<br />

A = A i +A 2<br />

= sen x dx +<br />

o<br />

= — cos X<br />

1.27t sen x dx<br />

7C<br />

— cos x<br />

o 7t<br />

—cos n + cos O + I —cos 2n + cos TC I<br />

— (— 1) + 1 + j — 1 1- (— 1)<br />

= 4 u.a.<br />

6.11.5 Caso III. Cálculo da área da figura plana limitada pelos gráficos de f e g,<br />

pelas retas x = a ex= b, onde f e g são funções contínuas em [a, b]<br />

e f(x) ^ g(x), V x e [a, b].<br />

Neste caso pode ocorrer uma situação particular onde f e g assumem valores<br />

não negativos para todo x E [a, b] (ver Figura 6.13).


384 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Figura 6-13<br />

Então a área é calculada pela diferença entre a área sob o gráfico de f e a área<br />

sob o gráfico de g, ou ainda,<br />

A rf(x) dx — g(x) dx<br />

a a<br />

• fb (f(x) — g(x)) dx .<br />

a<br />

Para o caso geral, obtemos o mesmo resultado. Basta imaginar o eixo dos x<br />

deslocado de tal maneira que as funções se tornem não-negativas, V x e [a, b].<br />

Observando a Figura 6.14, concluímos que<br />

A' A fb (/ (x) — g 1 (x)) dx<br />

a<br />

• fb (f(x) — g(x)) dx .<br />

a<br />

f


6.11.6 Exemplos<br />

Figura 6-14<br />

(i) Encontre a área limitada por y = x 2 e y = x + 2.<br />

Introdução à integração 385<br />

As curvas y = x2 ey=x+ 2 interceptam-se nos pontos de abscissa -1 e 2 (ver<br />

Figura 6.15).<br />

No intervalo [-1, 2], temos x + 2 x2. Então,<br />

x2x3<br />

A = $2 (x ± 2- x2) dx = [-2- + 2x' - -3-<br />

= — 22<br />

2<br />

9<br />

= 2 u.a.<br />

2 3 \ ( (-- 1)2( 1) 3<br />

2 + 2 • (- 1) -<br />

3<br />

3<br />

)<br />

2


386 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

Figura 6-15<br />

(ii) Encontre a área limitada pelas curvas y = x 3 e y x.<br />

As curvas y = x 3 e y = x interceptam-se nos pontos de abscissa -1, O e 1 (ver<br />

Figura 6.16).<br />

t<br />

Figura 6-16<br />

No intervalo [-1, 0], x < x3 e no intervalo [0, 1], x > x3. Logo,<br />

A = J.° (x3 - x) dx + (x - x3) dx<br />

-1 O<br />

= 1 u.a.<br />

2<br />

o<br />

-1<br />

x2 x4<br />

( —2 —4<br />

1


Introdução à integração 387<br />

Observamos que poderíamos ter calculado a área da seguinte forma:<br />

1<br />

A = 2 (x - x3) dx = - u.a. ,<br />

O<br />

2<br />

pois a área à esquerda do eixo dos y é igual a que se encontra à sua direita.<br />

(iii) Encontre a área da região limitada pelas curvas y = x 2 - 1 e y = x + 1.<br />

As curvas y = x2 -1 e y = x + 1 interceptam-se nos pontos de abscissa -1 e<br />

2 (ver Figura 6.17).<br />

Figura 6-17<br />

No intervalo [-1, 2], x + 1 _^ x2 - 1. Logo,<br />

2<br />

A = [(x + 1) - (x2 - 1)] dx<br />

- 1<br />

f2<br />

- 1<br />

( x2<br />

2<br />

= 9/2 u.a.<br />

— X2 ± 2) dx<br />

+ 2x<br />

2


388 Cálculo A — Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

(iv) Encontre a área da região S limitada pelas curvas y - x = 6, y - x3 = O e<br />

2y + x = O.<br />

Devemos dividir a região em duas subregiões S 1 e S2 (ver Figura 6.18).<br />

Figura 6-18<br />

No intervalo [- 4, O], a região está compreendida entre os gráficos de<br />

x<br />

y= e y= 6+ x (região S i ).<br />

2<br />

A = A l + A 2'<br />

No intervalo [O, 2], está entre os gráficos de y = x 3 e y = x + 6 (região S2).<br />

Se A l é a área de S 1 e A2 é a área de S 2, então a área A procurada é dada por<br />

x<br />

Cálculo de A • No intervalo [- 4 , O] , 6 + x - -<br />

1- . Assim,<br />

2<br />

A = [(6 + x) - (-x/2)] dx<br />

- 4<br />

J t) ( 6 +<br />

-4 2<br />

dx


= 12 u.a.<br />

+ 3x2<br />

4<br />

o<br />

—4<br />

Cálculo de A 2: No intervalo [O, 2], 6 + x ?_ x3. Então,<br />

A = j.2 [(6 + x) — x3] dx<br />

2 O<br />

6x +<br />

= 10 u.a.<br />

x2 x4<br />

Portanto, A = A l + A 2 = 12 + 10 = 22 u.a.<br />

6.12 EXERCÍCIOS<br />

4<br />

)<br />

Introdução à integração 389<br />

Nos exercícios de 1 a 29 encontrar a área da região limitaria pelas curvas dadas.<br />

1. x=1/2, x= '■47 . e y= x+2 y2 = 2x e x2 = 2y<br />

3. y=5—x2 e y=x+3 4. y = x2 e y = 6<br />

5. y=1—x2 e y=-3 6. x+y=3 e y+x2 =3<br />

7. x=y2 , y—x=2 , y2 e y=3 8. y=x3 — x e y=0<br />

9. y=e' , x=0 , x=1 e y=0 10. x = y3 e x = y<br />

2<br />

o


390 Cálculo A - Funções, Limite, Derivação, Integração<br />

11. y=lnx , y=0 e x = 4 12. y=lnx , x=1 e y = 4<br />

13. y = sen x e y = - sen x , x E [O, 2n]<br />

14. y = cos x e y = -cos x, x e - - 1 7G 3n [ -<br />

2 2<br />

15. y = coshx , y=senhx , x=-1 e x=1 16. y = tgx , x=0 e y=1<br />

17. y=e-x , y=x+1 e x = -1 18. y=sen2x , y=x+2 , x=0 e x=7"c/2<br />

19. y=-1-x2 , y=-2x-4<br />

- 33 7t 4n<br />

20. y = cos x , y - x+<br />

5n 10 x E 2 3<br />

21. y - 1<br />

1<br />

- ,y= 2x+lex=-3<br />

x - 11 ,y= x<br />

1<br />

22. x = y2 e y = - - 2 x<br />

24. x=y2 +1 e x+y=7<br />

23. y=4 -x2 e y = x2 - 14<br />

25. y= x , y=rx e y=4<br />

26. y = arc sen x , y = na e x = O 27. y = 2cosh X2 , x=-2,x=-2ey=0<br />

28. y=lx- 2 I e y = 2 - (x- 2)229. y = - 1 , y= -x e x = 1.<br />

30. Encontrar a área das regiões S 1 e S2, vistas na figura a seguir


Introdução à integração 391

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