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690 Correspondei. cia.<br />
humildes, nao tera que envergonhar-sc da baixeza das suas acfoens.—As<br />
frazes vulgares foraõ dictadas pela verdade e<br />
pela experiencia ; e he bem natural expressão dizer-se, que<br />
degenerou aquelle que naõ corresponde ao seo nascimento.<br />
V. A. tt. mesmo quando por sua incomparável generozidade<br />
despacha o reprezentante de alguma antiga familia, quasi<br />
sempre uza da expressão ;—por esperar que me sirva como<br />
aquelles de quem vem —Eu fui, Senhor, hum destes : e animado<br />
do zelo dos meos Maiores e do que me inspiraõ os<br />
meos iguaes, dos quaes em amor e respeito á V. A. estimo<br />
naõ me poder distinguir, venho á beijar seos Reaes Pés, e<br />
dizer lhe com juramento, que a sua cauza he a nossa, a sua<br />
vida a nossa felicidade, e o nosso interesse a segurança da<br />
Monarquia.<br />
(Anno de 1806.)<br />
RESPOSTA<br />
A' Carta do Marquez de Penalva, por hum Portuguez amigo<br />
do seo Soberano. Traduzida do Original Francez.<br />
Tem-se feito publica huma carta do Marquez de Penalva,<br />
Grande de Portugal, á S. A R o Principe Regente, que<br />
tem por fim o> advertir este Principe virtuozo do perigo que<br />
corre a sua pessoa eo seo Jleino de elevar aos grandes empregos<br />
do Estado pessoas que naõ sejaõ da primeira nobreza.<br />
Esta carta, escripta na verdade com as palavras mais hipócritas,<br />
naõ he senaò hum libello insultante para a pessoa do<br />
Principe. para suas luzes e virtudes. O auctor mostra estar<br />
persuadido da insufficiencia do discernimento do Principe<br />
para escolher as pessoas que devem entrar na sua privança e<br />
concelho. Esta carta manifesta todo esse orgulho que forma<br />
a baze das qualidades primitivas de huma grande parte da<br />
alta nobreza Portugueza A pena rio auctor, taõ mesquinha<br />
em politica quanto pouco sensata e prudente, qualidades que<br />
deve ter todo o homem de Estado, todo o Juiz recto todo o<br />
conselheiro imparcial, e todo o bom escriptor, parece que<br />
taõbem adoptou todos os princípios contrários e destruidores<br />
da sociedade civil, e os mais funestos á segurança da Patria<br />
como a segurança do Soberano. As suas peruiciozas dou-