QUMRAN Exegese Histórica e Teologia de Salvação
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qumran: exegese histórica e teologia <strong>de</strong> salvação 73<br />
1, 22b-2, 6; 2, 16-25. Paleogràficamente, os fragmentos são do<br />
séc. i a. C. 20 .<br />
O texto difere profundamente do TM seguindo, duma maneira<br />
geral, uma reconstrução da recensão dos LXX(B), representada<br />
pelo códice Vaticano, mas incluindo também muitas adições 21 .<br />
Os autores divi<strong>de</strong>m-se acerca da solução do problema, julgando<br />
uns que as variantes dos LXX se <strong>de</strong>vem a razões estilísticas e a procedimentos<br />
exegéticos, e outros a recensões diferentes do texto massorético.<br />
F. M. CROSS conclui a sua análise afirmando que o fragmento<br />
<strong>de</strong> 4QSam. se situa na mesma tradição geral que o texto H que<br />
serviu <strong>de</strong> base aos LXX. As divergências entre 4Q e os LXX<br />
explicam-se fàcilmente aten<strong>de</strong>ndo aos 100 anos mais ou menos<br />
que me<strong>de</strong>ia entre a tradução <strong>de</strong> Sam. para grego e a cópia do nosso<br />
MS «during which time there was certainly some cross-fertilization<br />
between Hebrew textual traditions current in Palestine» 22 . Ainda<br />
segundo o mesmo autor, as activida<strong>de</strong>s recensionais dos LXX e<br />
do TM tinham em vista eliminar as variantes textuais, por vezes<br />
bastante extensas, como é o caso <strong>de</strong> 4QSam. 23 .<br />
Passamos à análise dos fragmentos, para po<strong>de</strong>rmos ajuizar obre<br />
o problema.<br />
a) 4Q1 Sam. 1, 22-28 24<br />
«Mas Hannah não subiu com ele, porque ela disse ao seu marido:<br />
«tão <strong>de</strong>pressa a criança seja <strong>de</strong>smamada, eu levá-la-ei para que ela<br />
possa aparecer na presença do Senhor, e habitará lá PERANTE<br />
O SENHOR para sempre. E FAREI DELE UM NAZIREU<br />
PARA SEMPRE, DURANTE TODA A EXTENSÃO DA<br />
SUA VIDA. (23) Elkanah, seu marido, disse-lhe: «Faz como te<br />
parece melhor, espera até que o tenhas <strong>de</strong>smamado; possa realmente<br />
o Senhor estabelecer segundo aquilo que proce<strong>de</strong> da tua boca*. Então<br />
a mulher permaneceu e aleitou o seu menino até ser <strong>de</strong>smamado.<br />
20 Ibid. p. 16 e nota (2). Na p. 16: «Basta dizer que graças à enorme quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
material da gruta 4 temos exemplos <strong>de</strong> todas as épocas sobre a evolução do carácter «aramaico»,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cir. 200 a. C. até 470 p. C.».<br />
« Ibid. p. 18.<br />
" Ibid. p. 23.<br />
33 Ib. p. 24: «As variantes sio adições profundas, por vezes tendo por origem aspectos<br />
<strong>de</strong> ditografia, com frequentes contactos com a leitura dos LXX. São estas adições maiores<br />
que as activida<strong>de</strong>s recencionais, a dos LXX e a do H, preten<strong>de</strong>m eliminar».<br />
24 A escrita em caracteres itálicos indica a concordância entre Q e os LXX; a escrita<br />
em maiúsculas indica o original <strong>de</strong> Q. Seguimos <strong>de</strong> perto a obra <strong>de</strong> BROWNLEE, The Metming<br />
of... o.c.