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Custo-efetividade do tratamento da infecção pelo vírus da hepatite ...

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3 - METODOLOGIA<br />

Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> de custo-utili<strong>da</strong>de, sen<strong>do</strong> construí<strong>do</strong> um modelo matemático<br />

para simulação de custos e resulta<strong>do</strong>s, com posterior análise <strong>do</strong> impacto orçamentário <strong>da</strong><br />

a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong> opção mais custo-efetiva. A perspectiva <strong>do</strong> Sistema Único de Saúde (SUS) foi<br />

escolhi<strong>da</strong> pela impossibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> a<strong>do</strong>ção <strong>da</strong> perspectiva <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. A condição <strong>do</strong> SUS,<br />

como principal agente de financiamento <strong>do</strong>s procedimentos envolvi<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong>, vali<strong>da</strong> a<br />

escolha.<br />

Da<strong>da</strong> a opção <strong>pelo</strong>s anos de vi<strong>da</strong> ajusta<strong>do</strong>s por quali<strong>da</strong>de (quality-adjusted life years<br />

– QALY) como medi<strong>da</strong> de resulta<strong>do</strong>s, cabe tecer alguns esclarecimentos. O impacto <strong>da</strong><br />

<strong>infecção</strong> <strong>pelo</strong> VHC na quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população infecta<strong>da</strong> foi confirma<strong>do</strong> por revisão<br />

sistemática empreendi<strong>da</strong> por Spiegel e colabora<strong>do</strong>res (2005). Com relação à insuficiência<br />

renal crônica, estes autores verificaram a diminuição <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> dessa população<br />

em diferentes formas de <strong>tratamento</strong>.<br />

A <strong>infecção</strong> <strong>pelo</strong> VHC em renais crônicos submeti<strong>do</strong>s a transplante renal tem impacto<br />

na mortali<strong>da</strong>de deste grupo, mas seu peso no aumento <strong>da</strong> morbi<strong>da</strong>de também deve ser<br />

considera<strong>do</strong>. Assim, o ajuste <strong>do</strong>s anos vivi<strong>do</strong>s por uma medi<strong>da</strong> de quali<strong>da</strong>de é desejável,<br />

funcionan<strong>do</strong> como medi<strong>da</strong> de avaliação de resulta<strong>do</strong>s de uma intervenção que pode,<br />

potencialmente, reduzir a morbi<strong>da</strong>de extra nesta população. Com isso, o significa<strong>do</strong><br />

subjacente a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> aqui mensura<strong>da</strong> implica na compreensão que uma menor carga<br />

de morbi<strong>da</strong>de produz uma vi<strong>da</strong> melhor e, portanto, mais útil. A expressão “quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>”<br />

é então utiliza<strong>da</strong> no desenvolvimento deste trabalho, salvo referência em contrário, com o<br />

senti<strong>do</strong> de preferência.<br />

A opção meto<strong>do</strong>lógica baseou-se nas características <strong>da</strong> situação-problema, delimita<strong>da</strong><br />

pela eleva<strong>da</strong> prevalência <strong>da</strong> <strong>infecção</strong> <strong>pelo</strong> VHC em candi<strong>da</strong>tos a transplante renal, condição<br />

cujo enfrentamento é cerca<strong>do</strong> por incertezas associa<strong>da</strong>s à evolução <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença hepática e sobre<br />

o impacto de seu <strong>tratamento</strong> na população estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

Os modelos basea<strong>do</strong>s na transição de esta<strong>do</strong>s de saúde 3 são indica<strong>do</strong>s para a análise<br />

<strong>da</strong> evolução de <strong>do</strong>enças crônicas e suas consequências ao longo <strong>do</strong> tempo (MANDELBLATT<br />

et al., 1996). Um modelo de Markov, onde as probabili<strong>da</strong>des de transição entre esta<strong>do</strong>s de<br />

saúde dependem apenas <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> corrente (MANDELBLATT et al., 1996 p. 152), foi<br />

3 Esta<strong>do</strong>s de saúde podem ser defini<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com o estágio <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença, fase <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> ou combinação<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is (Mandelblatt et al., 1996).

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